CAPÍTULO 51: Você tem a Mim. - PARTE 2

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Shine bright like a diamond. (SBLAD)

PARTE 2

Três semanas depois da viagem para LA.

(S/n)

Era mais um dia normal, já era tarde, eu estava no telefone com Tom, acertando alguns detalhes da nossa viagem, eu estava feliz, seria só eu e ele. Até que escuto alguém bater na porta, eu me levanto e vou abrir.

-Oi filha, eu esqueci uma documentação muito importante que preciso apresenta amanhã para os diretores, na viagem, estou indo lá buscar, não demoro tá bem. - Ele da um beijo na minha testa.

-Espera eu vou com você. -Eu falava enquanto fechava a porta. -Vou trocar de roupa.

**
(Alerta gatilho)

A última coisa que me lembro, era de algo engraçado que eu disse, e meu pai me olhou e riu, mas agora eu não conseguia ver mais nada, eu só ouvia um longo e alto zumbido no meu ouvido.

Abri os olhos lentamente, e vi cacos de vidro espalhados encima de mim, eu, e um flesche de memória invadiu minha mente, lembrei do caminhão que veio de encontro com nosso carro, e do meu pai jogando seu carro para tentar desviar. E então um apagão.

Olhei para o lado, e meu pai estava completamente prensado pelas ferragens, ele estava com os olhos abertos agonizando, seus olhos arregalados me encaravam, e nesse momento meu coração acelerou.

Me debati tentando me mover para ajuda-lo, mas foi inútil, minhas pernas estavam prensadas pelas ferragens, eu não podia fazer nada, só olhar ele sangrando pelas extremidades.

Não podia aceitar isso, eu comecei a gritar, gritar desesperadamente por ajuda, enquanto me batia de um lado para o outro, e sentia os vidros quebrados entrarem mais fundo na minha pele, mas parei de me mover quando ouvi gemidos de dor que meu pai fazia.

Ele começou a vomitar sangue, e nesse momento eu não sabia o que fazer, eu não podia fazer nada, então começei a falar com ele.

-Por favor, aguenta mais um pouco, a ajuda já tá chegando. -Eu falava enquanto chorava, mas ele nem parecia que estava me ouvindo.

-Por favor não me deixa sozinha, eu não posso te perder pai. -Eu chorava descontroladamente, até que ele para de se mover, e seu olhar ficava imóvel.

Nesse momento eu senti calafrios, minha pele se arrepiou.

Um homem coloca a mão pelo vidro quebrado, e começa a checar o pulso do meu pai.

-Tem pulso! -Ele grita. -Temos outra vítima consciente no banco do passageiro. -Ele fala, e outras pessoas correm em minha direção e começam a falar comigo.

-Ele está vivo!? -Meu pai está vivo? -Eu gritava desesperada.

- Sim, ele tem pulso, precisamos, tira-lo e levá-lo para o hospital, antes que seja tarde. -Uma mulher me explica.

Depois de um tempo a equipe finalmente consegue tirar o meu pai, eu estava apavorada para ver se ele estava bem, com toda essa adrenalina eu não estava sentindo nem uma dor.

Quando a equipe me tira para fora, eu imediatamente procuro com os olhos por meu pai, mas não o encontro, eu não havia me ferido gravemente, somente alguns arranhões, mas mesmo assim a equipe queria me estabilizar.

-Onde ele está, eu quero ve-lo. -Eu gritava, enquanto me levantava.

-Pode ter sofrido alguma lesão interna, sente aqui. -A moça insistia.

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