CAPÍTULO 17: Não Se Sinta Culpada.

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(S/n)

Já estava quase na hora do almoço, eu havia ido dormir tarde, pois fiquei conversando com Tom no telefone a noite toda, eu estava descendo a grande escadaria para ir até a sala de jantar, meu pai estava sentado na mesa já me esperando, ele me observa enquanto eu sento na sua frente –Filha que bom que está aqui, podemos conversar um pouco?
Ele dizia voltando toda sua atenção para mim.
–Sim, podemos. –Eu respondia, e debruçava os braços na mesa e apoiando meu rosto sob minhas mãos. –Eu me preocupo muito com seu bem estar, e quero que você se sinta bem aqui.
–Eu estou bem aqui pai.
–Que bom, eu fico feliz, mas você não se sente sozinha?
–Ah, bom, na verdade um pouco, sinto muita falta da companhia dos meus amigos.
–Eu entendo querida, eu não quero que você vá embora, eu quero você aqui comigo filha, sei como é difícil lidar com a sua mãe, e eu não quero que você passe por isso novamente, mas se você achar que não está se adaptando aqui eu converso com sua mãe e podemos definir a sua guarda definitiva, aqui ou lá, você quem decide.
–Eu gosto daqui pai, e não quero voltar a morar com a minha mãe, a única coisa que eu quero, é poder visitar meus amigos, não quero deixar a banda de lado.
–Que bom filha, eu me preocupo com as suas vontades, e fico feliz de você escolher ficar aqui, eu vou fazer o possível para ser presente na sua vida agora, e sempre que quiser ir visitar seus amigos, o motorista está a disposição, é claro que não durante a semana de aulas, mas você pode se programar um final de semana ou outro.
–Obrigada Pai! –Eu falava animada enquanto corria para abraçá-lo, eu dei a volta na mesa e o abracei, ele pareceu surpreso mas correspondeu ao meu abraço, e me abraçou de volta.
–Filha eu não quero te proibir de nada, e nem mandar em você é claro, mas me preocupo muito com você e agora você é minha responsabilidade, quando você quiser ir passar um fim de semana na casa dos seus amigos, me avise antes, e eu gostaria de falar com a mãe dos meninos, só para eu me tranquilizar mas, entende?
–Claro pai, eu te aviso, a Simone é um amor, deixa eu anotar o telefone da casa deles pra você.
Então ele entrega o seu aparelho na minha mão e eu marco o telefone da casa dos meninos na lista de contatos, salvo como "Casa dos Kaulitz" Enquanto eu anotava o número meu Pai continuava dizendo –Filha, eu tenho uma viagem de negócios, de última hora, então vou precisar ir hoje, mas não se preocupe eu volto a tempo para seu aniversário, a viagem leva 2 dias, e seu aniversário é em 2 dias, prometo chegar cedo, e então fazemos alguma coisa.
–Tudo bem pai, não se preocupe, eu vou ficar bem.

**
Nesse mesmo dia mais tarde, meu pai já havia saído para a tal viagem, e eu fiquei na enorme casa, somente com os empregados, eu tentava conversar com eles mas eles sequer me davam atenção, sempre estavam tão ocupados, mas o que é isso ? A idade média?  Até mesmo Amelia, ela sempre estava a disposição para qualquer coisa que eu precisasse exceto bater um papo, eu não conseguia falar com os meninos porque eles estavam ocupados com a banda, Bill e Tom, me contaram que receberam propostas de shows e estavam cuidando disso, mas não era nada certo ainda, então eu não tive outra opção a não ser mergulhar no tédio. Mas opa por que mergulhar no tédio, se tem uma piscina gigante lá fora? então eu corri para a janela e vi que estava um sol, não estava exatamente calor, mas estava sol, então eu peguei um biquíni preto nas coisas que havia comprado outro dia, eu coloquei e achei que ficou lindíssimo, então  desci, fui para area da piscina e me sentei na borda molhando os pés na água, ela não estava gelada, na verdade estava em uma ótima temperatura, mas eu realmente só queria uma companhia, não tem graça nadar na piscina sozinha, eu então me levantei e sentei em uma das espreguiçadeiras, logo me acomodei e me deitei no sol, sentir o sol bater na minha pele, e  pude relaxar, fiquei ali por alguns minutos, até que escuto uma voz. –Espero que não tenha esquecido o protetor solar.
–Merda o protetor! –Eu dizia me lembrando que esqueci de passar, eu iria ficar torrada ali.
Eu então me levanto e procuro ao redor, mas não vejo ninguém, então escuto a voz novamente. –Aqui em cima!
Eu então faço sombra em meus olhos com as mão sob minha testa, pois o sol estava me cegando, eu olho para cima e vejo Cedrick me observando da janela.  –Ola, eu realmente esqueci o protetor, obrigada por lembrar. eu dizia para ele com um sorriso sem graça.
–De nada! –Ele me respondeu animadinho.
–Mas acho que meu dia de aproveitar a piscina acaba por aqui, rsrs. –Eu dizia para ele enquanto pegava minhas coisas da espreguiçadeira.
–Mas por que? –Ele respondia de volta 
–Eu acabei de lembrar que não tenho protetor solar aqui.
–Mas isso não é problema, eu tenho um pra você.
–O que? Não precisa, eu já vou entrar.
–Não mesmo, eu faço questão, eu vou pegar pra você.
Então Cedrick some da janela e eu fico sem saber o que fazer, então eu apenas fico esperando ele voltar, mas tomo um susto quando vejo ele entrando pela porta de vidro da da área da piscina. –Como você conseguiu entrar? –Eu perguntava a ele, e ele se aproximava cada vez mais de mim com um protetor solar na mão.
–Conheço os funcionários desde que nasci, então digamos que eles tem um certo afeto por mim.
–Entendi.
Eu disse meio desconfiada dele, mas eu só estava brincando. –Posso? 
Ele dizia enquanto esticava a mão que segurava o frasco. –Ah, por favor! –Eu dizia enquanto virava de costas e colocava o cabelo de lado. Ele então se aproxima e começa a passar o produto nas minhas costas, eu estava confortável com isso até que sinto sua mão na minha cintura, e ele me virou fazendo eu ficar bem próxima de seu rosto, para mim isso se tornou muito desagradavel, ele estava o tempo todo dando investidas, mas eu não queria isso, então eu me afasto um pouco tentando melhorar o desconforto para mim, ele nota a minha desaprovação e tenta disfarçar. –Minha vez? –Ele perguntava sem graça.
–Sim, pode virar. Eu lava simpática tentando amenizar a situação, ele virá e eu espalho o produto por toda sua costa, quando termino eu coloco o frasco sob a mesa, e me sento na borda da piscina, ele então se aproxima da borda e dá um mergulho, fazendo espirrar água em mim –Qual é! –Eu grito enquanto ele volta pra superfície. –Qual é digo eu, você está em uma piscina e não quer se molhar?
–Eu vou me molhar mas...
Então ele começa a jogar água em mim, ele vem até mim, enquanto joga água pra todo lado, sinto ele segurar em minha cintura e me levantar me fazendo cair dentro da água, então, como eu não estava preparada para mergulhar eu volta para superfície tentando puxar o ar que me faltou e nisso eu engulo água, quando eu volto para cima tossindo por ter engolido água, vejo Cedrick rindo de toda a situação. –A seu... Você me paga! –Então eu começo a jogar água nele também, e quando me canso, olha para ele e ele diz. –Eu já estou molhado, isso não adiantou nada.
–Eu sei, mas foi só pra irritar.
Então começamos a rir, ficamos ali na piscina mais um tempinho, conversamos um pouco sobre nossas vidas, e em tudo, Cedrick parecia ser uma boa pessoa, então durante nosso papo, saimos da agua sentamos nas cadeiras na beira da piscina, eu pedi que Amélia trouxesse algo para bebermos, depois ela voltou com uma limonada deliciosa, e bem gelada, eu estava tão imersa na conversa com Cedrick que quando vi o dia já tinha passado as luzes do jardim já haviam acendido, e o sol ido embora, então sinto meu estômago roncar de fome. –O dia já foi embora, e eu estou morrendo de fome! –Eu digo e Cedrick concorda comigo. –Vamos entrar e comer alguma coisa? –Eu perguntava para ele.
–Ótima ideia, eu vou te mostrar os meus dotes culinários. –Ele falava em tom de brincadeira, então entramos para a cozinha, e Amélia nos perguntou se queríamos que ela pedisse que preparasse algo para a gente comer comer, Cedrick então a responde dizendo que dessa vez, os funcionários da cozinha poderiam sair mais cedo, pois ele prepararia algo, Amélia então olha para mim, buscando minha confirmação, e eu aceno com a cabeça  dando a ela a confirmação para dispensar os cozinheiros, ela assim o faz, então quando eu e Cedrick entramos na cozinha já não tinha mais ninguém. –Eu espero que você realmente saiba cozinhar, por que eu não tenho a minima ideia de como fazer isso! –Eu dizia para ele.
–Confia em mim, enquanto você pode subir e tomar um banho, eu me viro aqui. 
–Ta bem!
Então eu subo para meu quarto, e dessa fez tranco a porta, eu então vou e tomo um banho rápido e troco de roupa, quando volto para cozinha sinto um cheiro maravilhoso, e muito agradável. –O que você está fazendo? Porque o cheiro está muito bom! –Eu dizia para ele, enquanto me aproximava das panelas. –Isso é um Risotto Caprese, receita de família hein.
Ele me respondeu enquanto mexia a panela. –Bom, agora eu vou tomar um banho bem rápido, enquanto isso você está no comando, só precisa mexer e não deixar queimar, eu não vou demorar. –Ele dizia enquanto dava a colher na minha mão. –O que não eu não sei cozinhar! –Eu respondia com medo de estragar a receita. –É rápido, eu não demoro prometo, qualquer coisa grite para Amélia, ela ajuda você, mas não vai estragar minha receita em. –Ele dizia enquanto ia se afastando, e eu fiquei ali, mexendo a panela como ele havia dito, não demorou muito e ele já estava de volta. –Olha só, você se virou bem! –Ele dizia se aproximando e olhando a panela no fogo.

 –Olha só, você se virou bem! –Ele dizia se aproximando e olhando a panela no fogo

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–Já está pronto, vamos comer? –Ele dizia sorrindo. –Vamos! Eu estou morta de fome. –Então eu ajudei ele a colocara a mesa, e fomos comer enquanto, jantávamos conversamos e rimos muito, e eu nem vi a hora passar, mas já estava muito tarde. –Caramba! Eu nem vi o tempo passar. –Eu dizia para ele. –Nossa é mesmo! Acho que já vou indo. –Ele dizia olhando o relógio em seu pulso.
–Eu te acompanho até a porta. –Eu dizia enquanto levantava da mesa, então caminhamos até a porta e eu estava tão cansada, só queria dormir. –Bom, boa noite e obrigada pelo jantar, estava muito bom mesmo. –Eu dizia para ele. Ele então se aproximava de mim, e aquilo me deixou nervosa. –Boa noite. –Ele dizia baixinho enquanto afastava o meu cabelo do rosto e se aproximava para me beijar. –Cedrick, eu não quero. Eu já tenho uma pessoa. –Eu dizia enquanto me afastava dele.
–Ah, eu sei que você quer sim.
–Acho melhor você ir. –Eu dizia enquanto abria pegava no trinco da porta para abri-la.
Cedrick então vem para cima de mim, segurando minha mão e me prensa contra a porta fechada. –Eu sei que você quer isso tanto quanto eu, para de se fazer de difícil.
–Sai de perto de mim! –Eu digo enquanto o empurro.
–Tá legal! Você nem é tudo isso mesmo. –  Ele dizia nervoso.
–Eu quero que você vá embora daqui agora! –Eu dizia abrindo a porta para ele sair. Ele então sai irritado e bate à porta com força.
Eu não sabia descrever o que estava sentindo naquele momento, se era nojo dele, ou raiva, acho que uma mistura dos dois, me senti mal, e muito culpada por tê-lo deixado entrar na minha casa, ele teve essa atitude por que eu demonstrei algum interesse? Mas eu não sinto nada por ele, na verdade agora sinto, um desprezo enorme, eu não sei o que fiz para que ele pensasse que poderia tentar algo comigo, eu senti minhas pernas bambas, eu só queria esquecer tudo o que acabava de acontecer ali, eu queria só me sentir segura de novo, então, eu corri e subi para meu quarto, tranquei a porta e as janelas, deitei na minha cama, e tentei assimilar meus sentimentos, eu não consegui dormir direito, eu estava com tanto peso na consciência, que isso me fez perder o sono, eu só queria um abraço do Tom e uma boa conversa com Bill,  pra me sentir um pouco melhor.

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