CAPÍTULO 28: O Assustador Monstro.

405 30 2
                                    

(S/n)

Eu estava em casa, em dia normal, tinha acabado de chegar da escola, estava me preparando para os compromissos do dia, meu pai estava em viagem, então eu estava sozinha, e meu pai deixou Amélia responsável por mim, eu não sou nem uma criança, mas ela só está ali caso eu precise de alguma coisa, escuto meu telefone tocar, eu olho o número, era minha mãe, com toda essa loucura que está acontecendo, eu meio que me blindei pra não pensar nela, mas é difícil pra mim, lembrar de tudo o que aconteceu, desde sempre fui só eu e minha mãe, e as vezes eu sinto falta desse contato.
–Oi mãe.
–Filha, tudo bem?
– Sim, e com você?
–Eu vou bem, exceto pela saudade que estou de você.

Eu apenas fico em silêncio, do outro lado da linha, não sabia como responder, pois por mais que eu sentisse falta dela também, tudo o que conquistei hoje, não foi graças a ela, e é doloroso saber que ela nunca me apoiou, e a banda é muito importante pra mim hoje. 

–Filha, eu só quero que saiba, que eu me arrependo de ter errado tanto com você, e não estou passando por um bom momento.
–O que está havendo mãe? –Eu pergunto imediatamente, por mais que tudo que ela fez me machucasse, eu também não poderia não me preocupar com ela, é minha mãe.
–Nada querida, esqueça, eu não deveria ter falado nada.
–Mas, você pode me falar, eu vou te ouvir.
–Não, eu já disse que está tudo bem.
–Ok, você quem sabe, mas se precisar eu estou aqui.
–Eu sei, e obrigada por isso filha, até mais.
–Até.

Confesso que fiquei intrigada com essa ligação, por que falar só indícios de algo, e não completar? Pelo o que ela está passando? Eu não sei por que ela tem me procurado tanto agora, mas seja lá o motivo, eu não gostaria de ver minha mãe mal, independente de tudo.

Alguns dias se passaram e meu pai havia voltado de viagem, eu preferia quando ele estava em casa, pois eu tinha uma companhia, e meu pai é um tipo de pessoa muito eclética em diversos assuntos, eu poderia falar com ele sobre absolutamente tudo. As atividades da banda haviam cessado por um tempo, nossa equipe contratada está organizando tudo para o próximo evento que seria daqui alguns meses, então tínhamos ali um tempo para relaxar e não se envolver em polêmicas.
–Filha? –Eu ouvia a voz do meu pai chamar meu nome, enquanto ele entrava na sala de música.
–Oi pai? –Eu falava para ele, enquanto me virava de costas para o teclado. Ele parava encostando na porta.
–A família do Cedrick, vem jantar aqui hoje, só estou avisando, para você poder se preparar para o jantar ok? 
–Obrigada por avisar, e quantas pessoas são?
–Ele, o Pai e a Mãe apenas.
–Tudo bem.
–Certo querida, outra coisa,  agora eu tenho uma reunião, e não sei se vou chegar a tempo de recebê-los, será que você pode fazer isso pra mim?
–Claro pai, pode deixar que eu consigo.
–Tudo bem, obrigada filha, agora eu estou indo, até mais tarde.
–Até, e boa reunião.

Quando ele saiu da sala, eu volto para o teclado, mas minha atenção foi completamente tomada, ao ver os instrumentos dos garotos bem na minha frente. Eu comecei a pensar neles, eu me aproximei, da bateria, e me sentei, pegando as baquetas para tocar, mas eu não fazia ideia de como fazer isso, e muito menos me identifiquei com a bateria, tinha de se mexer demais, peguei o baixo de suporte e tentei apertar as cordas, mas eram grossas demais, e nem um som bonito saia, olhei para guitarra, e a tirei do suporte, comecei a tentar montar um acorde, com o pouco conhecimento que tinha, e de todos ali foi o único que saiu um som bonito, exceto o teclado é claro, mas logo a deixei de lado também, pois com o que eu sabia sobre guitarras, nunca sairia uma melodia sequer, melhor deixar isso para Tom, que tem um talento nato para esse instrumento.

As horas passaram e chegou a hora do jantar, eu havia me arrumado, e escolhi um vestido preto básico, com mangas longas, e complementei com o colar que havia ganhado de Cedrick.

Tokio Hotel - SBLAD Onde histórias criam vida. Descubra agora