CAPITULO 58: Esfriar a cabeça

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(S/n)

Nada melhorou com o passar dos dias, o tempo todo havia uma tensão no ar, tudo era tão melancólico, isso por que a pessoa que sempre alegrava nosso dia, estava passando por um momento difícil, Bill que era sempre tão alegre e sorridente, parecia ter perdido seu brilho, ele passava o tempo todo se preocupando com a Becca, e checando se estava tudo bem com ela, embora ela demonstrasse que estava bem, acho que pra ele isso não era suficiente.

Era tão doloroso ver o Bill desse jeito,  ele estava descontado tudo no cigarro e fumava a todo tempo, isso me preocupava muito, Tom não era muito diferente, os dois passavam horas na varanda fumando, mas Tom sempre foi assim, e Bill não fumava com tanta frequência, mas depois do que aconteceu isso mudou, ele tem fumado tanto que me preocupa.

Eu estava parada em frente a porta da varanda olhando os dois, mas estava longe, e eles estavam de costas para mim, os dois estavam conversando, mas não parecia ser sobre algo sério.

Meus amigos e meu namorado sempre cuidaram de mim, sempre que eu estava mal, ou sentia aquela dor no peito, eles ficaram ao meu lado até melhorar, e agora era minha vez de retribuir.

Ninguém nessa casa se alimentava direito a dias, principalmente os dois, Tom trocou água, por vodca, e Bill trocou o café da manha por seus cigarros matinais, a saude deles estava sendo prejudicada por isso.

Precisávamos de uma cozinheira com urgência, para que comessasemos a nós alimentar corretamente, na verdade já estava na hora de contratar funcionários para essa casa, dês de quando chegamos, ficou só nos quatro aqui então claramente precisamos de mais pessoas.

Logicamente com tudo o que aconteceu, nem um de nós teve cabeça pra pensar nisso, e nesse momento todos estão vulneráveis e fragilizados, então eu preciso cuidar de tudo e segurar as pontas, e quando tivermos pessoas para cuidar de todas as coisas necessárias da casa, teremos mais tempo uns para os outros e, mais tempo pra banda pra nossa carreira e relacionamentos.

**
-O dia tá lindo né! -Eu falo animada me aproximando dos dois que estavam encostados na varanda, eles somente me encarando e não dizem nada.

-Eu pedi comida, vamos comer? -Eu eu sorria para Bill, mas ele não disse absolutamente nada.

Encarei Tom com um olhar de socorro, ele somente sorriu sem graça para mim, minha cara de decepção foi perceptível na hora, na verdade era mais uma tristeza profunda por velos mal desse jeito, Bill por conta de Becca, e Tom por conta de Bill, quando eu estava na pior eles tinham que se mostrar fortes na minha frente mas sei que estavam tão mal quando agora, mas era contrário, Tom por minha causa e Bill por conta de Tom.

-Pessoal, vocês não comem a dias, só fumam e bebem, eu tô preocupada. -Eu falo de forma desesperada, mas não obtenho atenção.

-Nao sei o que eu faria se perdesse algum de vocês, eu não conseguiria suportar isso novamente. -Finalmente consigo a a tenção deles, me encaram assustados. -Então por favor vamos comer.

Eu viro as costas e saio, os posso ouvir os passos dos dois atrás de mim, um leve sorriso de alívio paira no meu rosto.

Os dois caminham para cozinha, e eu vou chamar Becca, ela está no quarto deitada na cama, assim que entro ela se levanta e limpa o rosto, como se tivesse secando as lágrimas.

-Eu já estava descendo. -Ela fala recuperando o fôlego, e com uma voz de choro.

Geralmente Becca sempre se mostra forte, e confiante, é estranho ver ela chorar, esse papel é meu com mais frequência do que dela, mas ninguém é de ferro.

Eu me aproximo dela e me sento aí seu lado na cama, ela se senta e coloca os pés no chão, me olha e engole o choro.

-Vamos descer? -Ela fala sem cerimônia.

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