(S/n)
Os médicos finalmente me tiraram do CTI e me colocaram em um quarto, onde eu ficaria em observação, até ser liberada, eu tinha bastante tempo pra conversar com o Bill, mas principalmente tempo pra entender o Tom.
Eu digo entender, por que era só disso que ele precisava de mim, com tudo o que aconteceu, e com o que ainda tá acontecendo entre o Georg, eu só preciso que o Tom saiba que eu compreendo ele, e independente de tudo, eu não tô aqui pra esclarecer o meu lado da história, mas sim pra conforta-lo, eu sei que ele passou por muita coisa.
Dês de que Georg me visitou no hospital, o Tom não tocou no assunto, e eu sei que em breve precisaremos conversar sobre isso, mas eu não sei muito bem o porquê o Tom acha que e melhor esperar até que eu possa ir pra casa.
**
Era um final de tarde, e eu teria alta no outro dia ou, pela primeira vez eu estava sozinha no quarto, Bill havia ido pra casa, buscar algumas roupas pra mim, ele voltaria no outro dia bem cedo.
Tom havia ido buscar alguma coisa pra comer, e eu estava sozinha ali sentada encarando médicos e enfermeiros andarem de um lado para o outro, estava só eu e meus pensamentos.
-S/n, querida? -Celina entra no quarto.
-Sim? -Eu sorrio para ela.
-Podemos conversar um instante?
-Claro!
-Eu sei que passou por muita coisa querida, eu sinto muito por tudo isso, e você realmente foi muito forte... -Celina falava com convicção.
-Não fui forte Celina, eu não consegui lidar com meus problemas sem ter uma overdose depois de tanto usar drogas. -Eu falo de forma amargurada.
-Não è bem assim S/n, você era muito nova quando tudo isso começou, pessoas que deviam te proteger, acabaram te empurrando para um abismo, e outras pessoas... -Ela tinha um olhar triste. -Bom, nós deixaram cedo de mais.
Acredito que ela se referia aí meu pai, bom, eu carrego comigo todos os dias a dor da perda, e carrego também todas as feridas abertas que adquiri durante minha vida, eu anseio o dia em que não terei mais dor ao pensar em tudo isso.
-S/n, eu só quero que saiba que agora tem pessoas ao seu lado, nunca saímos daqui, sei que é difícil, mas querida, você não pode e não consegue lidar com tudo isso sozinha. -Celina segura em minha mão.
-Sei que não, e eu prometo a você, que nunca mais vou usar drogas nem nada parecido, eu já prometi isso aí Bill e o Tom, e eu nunca mais quero provar a sensação de decepcionar aqueles que amo. -Eu falava apavorada para ter alguma compreensão de Celina.
-Sei disso, eu acredito em você S/n, nós estamos aqui pra te dar todo apoio do mundo, mas você precisa de mais do que isso. -Celina coloca um panfleto ao meu lado na cama.
-O que é isso? -Pergunto intrigada.
-È uma clínica de reabilitação, lá tem tudo do bom e do melhor, vai ser ótimo pra você e...
-Não Celina, por favor... - Eu estava implorando. -Me da mais uma chance.
-S/n, meu trabalho aqui nessa banda, em primeiro lugar é manter o bem estar de vocês, antes de qualquer coisa, e além disso eu realmente tenho um apego especial por cada um de vocês. Mas...
-Celina por favor me escuta... - Eu seguro na mão dela. -Eu só preciso de um tempo pra provar pra vocês que eu vou ficar bem, eu vou sair dessa, só preciso do apoio de vocês, prometo que se eu tiver qualquer recaída, você pode me internar onde quiser.
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Tokio Hotel - SBLAD
FanfictionDepois da tentativa falha de suicídio de Catrina ou S/n (como preferir), a única integrante feminina da banda Tokio Hotel. Ela começa a recordar sua historia, passando a lembrar de seus traumas e medos e ver o que a levou a tomar essa decisão, mas e...