CAPÍTULO 32: O Jantar.

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(S/n)

Nas semanas seguintes todos só falavam da Turnê, e meio que o plano de Celina havia funcionado, em poucos dias ninguém mais falava do acontecido na festa, mas com o prazo apertado para o início da turnê, tínhamos muito a fazer, a equipe bolou toda uma programação para banda,antes da turnê iniciar iriamos lançar um álbum novo, e também gravar as músicas em uma nova versão em inglês, e no decorrer da turnê gravaremos os clipes. O tempo passou e tudo estava dando certo, Tokio Hotel era febre em todos os lugares, e as vendas dos ingressos estava disparadas, a banda estava indo bem, e até os meninos iriam se mudar de casa, uma bem mais pra perto da minha casa, então eu concerteza iria viver indo até a nova casa deles com muita mais frequência, e agora faltavam exatamente duas semanas para nossa viagem. Bom nesse meio tempo nós todos andamos tão ocupados com os compromissos da banda e com nossas vidas pessoais que quase não tivemos tempo para diversão ou só apenas ficar de bobeira, fizemos muitas divulgações da banda e isso fazia com que ficássemos cada vez mais conhecidos, então não conseguimos mais nem ir na esquina que já havia paparazzi tirando fotos nossas. Os meninos deram de presente para a mãe deles uma linda casa a duas quadras da minha, e eles se mudariam hoje, e é claro que eu marquei presença para ajudá-los.
Eu levantei bem cedo, e já fui correndo me arrumar para ir na nova casa dos Kaulitz, eu desci as escadas correndo e minha mãe estava tomando café da manhã. -Bom dia mãe! -Eu dizia empolgada, pegando uma maçã da fruteira e dando uma mordida, enquanto virava e saía apressada.
-Mas você nem lavou filha! -Minha mãe dizia descontente, me fazendo dar meia volta para lavar a fruta. -Está indo nos Kaulitz? -Ela pergunta. -Sim, vou ajudá-los na mudança.
-Ah que legal, o que acha de chamarmos eles para jantar algum dia desses?
-Sério? E quem vai cozinhar vai ser você? -Eu pergunto confusa e sarcástica.
-Sim, quero ser mais próxima de quem é importante para você -Ela dizia e isso me fazia sorrir, porque realmente Tom e Bill eram muito importantes para mim. -Posso chamar Gustav e Georg também? -Eu pergunto.
-Claro! Eu vou pensar no cardápio e preparar tudo. -Ela dizia animada.
-Tudo bem mãe, agora preciso ir, até mais. -Eu dizia vendo que já estava atrasada, e saia correndo para fora, caminhei por alguns minutos e cheguei até a casa deles, havia um grande caminhão na frente, e eu logo vi Gustav e Tom tirando uma poltrona para fora, e Bill vinha com uma caixa vazia, eu corria até ele. -Caramba achei que você não viria mais.
-Georg brincava passando pela gente com uma caixa enorme de papelão e entrava para dentro da casa.-Não poderia perder esse evento. -Eu brincava de volta.
-Eai no que eu ajudo? -Eu perguntava para Bill.
Tom e Gustav passavam bem ao nosso lado com a poltrona, e entravam para dentro da casa. -Você pode pegar minha coleção de bonés no caminhão.
-Tom falava sarcástico e ria, voltando para dentro do caminhão.
-Vamos Bill? -Eu falava e Bill e eu íamos até o caminhão, ele me ajudava com uma mala gigante. -Esses são os bonés do Tom. -Bill falava me ajudando a carregar a mala pesada, entrando na casa eu pude ver como era bonita, com piso de madeira clara, e uma sala
enorme, uma grande escada. -Vamos ter que subir tudo isso? -Eu perguntava para Bill, que me olhava com cara de sofrimento. -Nossos quartos estão lá em cima. -Ele falava desanimado, e nós dois começamos a subir com a mala pesada, quase morrendo no caminho, e logo Tom e Gustav passam pela gente com um enorme colchão de casal. -Dem espaço vocês dois. -Tom falava rindo enquanto passava pela gente debochando. -Estão indo bem, até o final do dia vocês chegam ao topo. -Georg passava carregando uma estrutura de madeira da cama. -Vamos logo! -Eu e Bill falávamos ao mesmo tempo enquanto subíamos rápido, e colocamos a mala no quarto de Tom. -Vem, o meu quarto é bem mais legal. -Bill falava me puxando para o quarto ao lado onde tinha uma janela com varanda e um banheiro. -Caramba! É enorme. -Eu falava admirando o cômodo.
-Bill, já falei que eu vou ficar com esse. -Tom falava entrando no quarto.
-Não, Tom esse é meu. -Bill falava brigando. Enquanto isso eu deixava os dois lá discutindo e ia para o quarto ao lado, que era exatamente igual o outro, eu via a mala aberta em cima da cama, e dentro havia vários bonés, eu pegava um e olhava, para o guarda roupa a frente onde Tom havia guardado alguns de seus bonés, Tom volta para o quarto onde eu estou e começa a rir. -Por que vocês estão brigando por aquele quarto? -Eu perguntava para Tom.
-Pra mim tanto faz em qual eu vou ficar, mas Bill quer aquele por conta do closet, esse aqui só tem o guarda roupa mas eu não ligo, eu fiz aquilo só para provocá-lo mesmo. -Mas esse guarda roupa é enorme.
-Sim, não vou usar nem metade. -Ele dizia se aproximando e pegando o boné da minha mão, e guardando junto com os outros.
-Pode terminar isso para mim? -Tom falava, e eu concordava.
-Eu vou terminar de colocar as coisas para dentro. -Ele dizia e saia para fora. Durante todo o dia eu ajudei os meninos a organizar as coisas mais fáceis e leves, ajudei
Bill com as mil peças de roupa que ele tinha e ajudei Tom a organizar todo o seu quarto.
Quando tudo acabou, nós cinco sentamos no chão do quarto de Tom, e estávamos exaustos, Simone entra com uma jarra de limonada e copos, e nós que estamos com sede tomamos tudo, e eu aproveito para falar do jantar, e convido Gustav, Georg e a familia
kaulitz, e todos confirmam presença.
Quando escurece, Gustav e Georg vão embora, e eu como morava perto da casa dos Kaulitz agora. resolvo ficar, e é claro que eu já havia combinado que dormiria lá. Eu estava no quarto com Bill, vendo o que falavam do Tokio Hotel, na internet. enquanto conversava com Bill sobre Tom. -Então ela terminou com ele? -Eu perguntava para Bill. -Sim, mas se ela não tivesse terminado, ele terminaria. -Bill explicava pela milésima vez.
-Mas por que ele terminaria, se ele a levou na festa aquele dia?
-A S/n, para de se fazer de sonsa, ele tava te fazendo ciúmes, e outra eu ouvi eles conversando e ela disse que sabia que ele iria escolher você.
-Ela disse isso? -Eu perguntava incrédula.
-Sim, e depois saiu, e nunca mais voltou.
-Então se ele realmente me escolheu, por que nunca veio falar comigo sobre isso?
-Ah, sei lá, talvez ele esteja esperando que você vá até ele. -Bill palavra me olhando com um olhar julgador, e eu não respondia por que isso me deixava pensativa, eu só tenho medo de estar desrespeitando o tempo de Tom, mas não custa tentar uma reaproximação como Bill havia sugerido.
-O que vamos fazer hoje? -Tom pergunta entrando no quarto.
-Não sei, que tal noite de jogos? -Eu sugeria.
-Pode ser, eu vou buscar. -Bill falava se levantando e indo para fora, deixando eu e Tom sozinhos. O silêncio constrangedor predomina e nós dois resolvemos quebrar o silêncio e falamos algo ao mesmo tempo, mas nem um de nós entende. -Pode falar. -Eu digo dando espaço para que ele falasse.
-Você primeiro. -Ele respondia.
-Bom, não é novidade o fim do seu relacionamento, mas o que eu venho me questionando é, se você terminou, por que não me procurou? -Eu falava sendo bem direta, em um certo
tempo aquela havia sido a primeira oportunidade de conversar com o Tom que eu tive.
-S/n, você disse que não estava pronta, eu só respeitei isso, meu relacionamento anterior não tem nada haver com nós dois.
-Eu sei disso, eu só não quis invadir seu espaço por isso não te procurei.
-Nós dois não estamos se encontrando aqui, ficamos tão distantes que não conversamos mais, e eu não gosto disso, eu  quero muito voltar a ser próximo de você de novo.
-Eu também quero isso Tom, eu  sinto muita falta sua.
-Eu também sinto, e quero você de volta. -Ele falava isso, e eu ficava envergonhada na hora.
-Eu também quero. -Eu dizia envergonhada. -Que bom que estamos sendo sinceros um com o outro, não quero mais lutar contra os meus sentimentos.
-Eu também não quero. -Ele fala isso e se aproxima para me beijar, e eu correspondo, eu não o beijava a tanto tempo que havia esquecido como o beijo dele era bom, eu senti
muitas saudades de ficar próxima dele dessa forma, quando terminamos ficamos nós
olhando um pouco feito bobos, e os olhos dele brilhavam e eu via a alegria em seu rosto.
-Estão preparados para perder? -Bill falava entrando no quarto com jogos de tabuleiro na mão.
Jogamos a noite toda até ficarmos exaustos o suficiente para dormimos um sob o outro e em cima dos jogos, nós três na cama do Bill.

Eu estava terminando de colocar a mesa até que escuto alguém tocar a campainha. -Eles
chegaram. -Eu dizia olhando para minha mãe e corria para abrir a porta.
-Entrem, fiquem a vontade. -Eu dizia cumprimentando Simone e Gordon, que entravam, e logo atrás já estavam os quatro membros da banda, eu os abraçava enquanto eles me faziam cócegas e bagunçaram meu cabelo. -Espera... parem. -Eu falava entre gargalhadas. -Suas pragas -Eu falava conseguindo me afastar. Eles entraram, e logo o jantar já ficava pronto, e íamos comer, estava tudo muito agradável, e a conversa foi boa, minha mãe parecia ter apreciado muito a companhia de Simone e Gordon, quando terminamos de comer eu e os meninos saímos da mesa e ficamos na sala bagunçando, por
um tempo mas logo depois todos foram embora, e minha mãe sentou na sala junto comigo.
-E aí o que achou deles? -Eu perguntava meio insegura.
-Eu gostei muito da mãe dos meninos, ela é muito agradável, e seus amigos são muito divertidos. -Ela respondia alegre, e isso me deixava muito feliz, porque sei como minha mãe é difícil de agradar.
-Filha, mas agora eu preciso falar de outra coisa com você. -Minha mãe falava ficando séria e mudando seu semblante, me deixando completamente apreensiva. -Pode falar mãe. -Eu respondia ansiosa.
-Eu quero que você conheça uma pessoa. -Ela dizia sem enrolação.
-O que? Quem ? -Eu perguntava confusa.
-O nome dele é Marcel Finiore, eu estou saindo com ele há algum tempo e queremos dar um passo maior na relação, e apresentar nossas famílias, e eu acho muito importante que ele conheça você. O que me diz de sairmos para jantar semana que vem?
-Claro, mãe vai ser um prazer.

Em poucos dias seria nossa viagem e hoje eu tinha um jantar marcado com minha mãe e seu novo namorado, nos arrumamos e fomos logo para o local de encontro, era um restaurante requisitado da região, chegamos e Marcel já estava sentado nós esperando, ele nos vê se aproximando e levanta me cumprimentando e logo sentamos, eu podia ver nos olhos da minha mãe como ela estava feliz, eu ficava mais feliz ainda por ela e feliz por tudo estar dando tão certo, pedimos nossa comida, e durante o jantar conversamos muito, Marcel era uma pessoa agradável de conversar, era inteligente e intelectual. Até que chegamos no assunto da banda, ele parecia muito interessado em saber, ele disse que ficou impressionado quando soube que a filha da sua namorada era membro da banda mais em alta do momento, ele era engraçado e fazia piadas otimas me fazendo rir o tempo todo, e eu logo notei o incômodo da minha mãe, eu não sabia dizer exatamente pelo o que mas eu estava ficando desconfortável com essa situação já, a conversa que estava agradável, logo se tornou pesada, e a situação já estava saindo do controle. -Quando vi sua mãe fiquei admirado com a beleza dela, e a filha também é muito bonita, assim como a mãe. -Marcel dizia, disparando elogios para nós duas, mas minha mãe pareceu não ter
gostado. -Vamos embora S/n. -Ela dizia se levantando e cortando completamente o assunto.
-Espera mais... -Eu dizia mas era interrompida por ela que me puxava para fora do restaurante. -Espera, para com isso. -Eu parava no meio do salão a repreendendo. -O que você está fazendo? -Eu perguntava indignada. -Acha que eu não vi o que você fez? -Ela
falava irritada. -Do que você tá falando? -Eu perguntava, e olhava para minha mãe que parecia uma louca. -Ah S/n não se faça de boba... -Ela falava gritando.
-Para o escândalo, vamos conversar em casa. -Eu a cortava e ia até o balcão pagar a conta.
Chegamos em casa e minha mãe estava muito irritada. -Agora me diz, o que foi que eu fiz?
-Eu perguntava dando abertura para que ela me explicasse o que aconteceu.
-Você acha que eu não vi, você rindo feito boba das piadas dele, e em todo momento fazia questão de falar da sua banda só para impressioná-lo.
-Espera, você está com ciúmes, da sua própria filha é isso? -Eu perguntava sem acreditar no que ela havia acabado de falar.
-Você me deu muitos motivos essa noite, pensa que eu não vi voc...-Ela falava
aumentando o tom de voz. E eu a cortava.
-Espera, pode parar de falar, não quero ouvir mais nada, você tá muito louca. -Eu falava indignada e saia de casa, aproveitando que os Kaulitz moravam perto, eu fui para casa deles, eu não conseguia digerir tudo o que eu tinha acabado de ouvir, minha mãe era tão narcisista ao ponto de falar essas besteiras pra própria filha depois de tudo, eu achei que estava bem, mas agora, eu não consigo acreditar que ela falou e pensou isso de mim, eu sei que não teve nem uma conversa fora do normal naquele jantar, ela realmente enlouqueceu.

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