CAPÍTULO 11: Algumas Pessoas se Importam Comigo.

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(S/n)

Eu estava a caminho, da casa dos meninos, e meu pai estava me ligando, eu tentava recusar as chamadas que enchiam a minha caixa postal, eu estava desnorteada, não sabia como reagir ou o que fazer, eu finalmente havia encontrado um lar, amigos e a minha paixão que era a música e a banda, e saber que eu teria que abandonar tudo isso, me apavorava muito, meus pensamentos voam longe pensando em tudo que eu poderia perder, pensando em Tom, então eu volta para a realidade com o taxista me chamando.

–Moça? Ei? Chegamos!

Eu olho para ele e agradeço, e saio do caro parando em frente a casa dos gêmeos, mas não tenho coragem de dar mais nem um passo, e ter que contar para eles que e eu não vou mais fazer parte disso, eu não queria ter que tocar nesse assunto, mas também não conseguiria fingir que está tudo bem, então retorno uma das ligações do meu pai, eu não queria lidar com isso, não queria falar com ele, nem com os meninos e nem com minha mãe, eu queria só ir embora, para um lugar sem destinto, mas a opção menos pior agora era falar com meu pai, e buscar explicação para toda essa loucura, então meu telefone estava chamando, e meu pai logo atende.

–Alô, filha?  

–Pai, eu preciso conversar com você.

–Onde você está? Eu cheguei para te buscar e sua mãe está aqui arrasada, disse que você falou coisas horríveis para ela.

Eu não podia acreditar que ela estava sendo tão cínica e vitimista a esse ponto, ela me falou coisas horríveis, e estava se fazendo de vítima, eu não quero falar com ela e nem ter que lidar com ela.

–Podemos conversar, mas em outro lugar, não quero voltar para casa.

–Onde você está? Estou indo te buscar. 

Então eu passo o endereço da casa dos meninos, e fico esperando sentada na calçada, do outro lado da rua e torcendo para ir embora antes que qualquer um deles me visse ali.

Passam alguns minutos e então o que eu temia acontece, eu vejo a dupla, indo em direção a garagem, no caminho eles se provocavam com socos um no outro, eu tento ir para longe, mas escuto a voz de Bill me chamando, então eu não tenho outra opção a não ser ir em direção a eles e Tom logo me olha com um sorrisinho tímido, parece que olhar para ele faz os meus problemas se afastarem.

–Não sabia que viria tão cedo, por que não avisou? -Bill pergunta enquanto se aproxima.

–Eu cheguei a pouco, já iria te ligar. -Eu disse forçando um sorriso no rosto, então Tom olha para mim, e imediatamente ele já havia notado que eu estava mentindo.

–E está tudo bem com você? -Ele pergunta preocupado.

–Está sim, tudo perfeitamente bem. -Eu respondia com entusiasmos e novamente forçando um sorriso no rosto, eu realmente sou péssima mentindo, pois Tom estava me olhando com um olhar de desconfiado.

–S/n, Eu te conheço o suficiente para saber quando você está mentindo, o que sua mãe fez dessa vez? -Ele pergunta com convicção.

Eu não o respondi, apenas tento manter meus pensamentos longe, mas é inevitável, e quando eu olho para ele sinto uma lagrima escorrer em minhas bochechas, logo Tom se aproxima de mim, segura em meus ombros.

–Ei, Ei... Calma eu to aqui, vamos lá pra dentro e você me conta o que ta acontecendo. -Ele fala isso enquanto limpa minhas lágrimas com suas mãos, e se aproxima me puxando para um abraço.

Então eu o abraço e vejo por cima de seu ombro um carro preto aparentemente muito chique e caro, ele para em frente a casa dos gêmeos, e logo volta a andar parando bem na nossa frente, então eu me solto do abraço e enxugo minhas lágrimas com a manga da minha blusa, tentando me recompor.

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