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Menina nem te conto 👁️👄👁️

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O dia amanheceu na mais pura e bela paz do mundo, nem se quer parecia que no dia anterior eu tive a infeliz sorte de ter que presenciar Haruchiyo na minha casa. Nunca em toda a minha vida, achei que alguém poderia se tornar mais irritante ainda, mas o infeliz conseguiu me levar ao limite me apelidando de “cupcake” com a desculpa esfarrapada de que os pobres bolinhos são irritantes.

— Na minha cabeça eu acho que ele é meio doido. – Murmurei sonolenta enquanto terminava meu banho.

Hoje na faculdade seria um dia bastante corrido, algumas apresentações e por fim ir comprar meu celular. Se fosse em outros tempos eu aceitaria de bom grado que meus pais me dessem, mas não seria muito justo da minha parte visto que tenho algumas fontes de renda, então, prefiro que eles apenas arquem com parte do valor dos meus estudos assim como foi combinado.

Começo a cantarolar partes de uma música que tanto gosto e vou recolhendo minhas roupas que nada mais é que uma calça de um tecido confortável e preta, uma blusa em um tom acinzentado e calço meu querido all star.

Um café da manhã e um pouco de carinho foi o suficiente para que eu fosse em direção à universidade aproveitando um pouco o clima ameno que estava fazendo na cidade. Cumprimentei alguns conhecidos durante o trajeto para o metrô e me acomodei em um banco, notei que havia um pequeno grupo de adolescentes, irritantes já que ficavam com suas vozes esganiçadas chamando a atenção das outras pessoas que esperavam em paz pelo transporte.

Durante uma fração de tempo, achei que os cochichos e olhares de julgamento estavam direcionados à mim, mas resolvi ignorar aquilo por completo. Se nem adolescente suporta adolescente, imagina eu que tenho mais com o que me preocupar.

Não demorou muito para que eu já estivesse quase na faculdade, os olhares de julgamento continuavam presentes em algumas pessoas pelo meu trajeto, tanto que parei em uma cafeteria para checar se alguma parte de mim estava suja ou desgrenhada o bastante para chamar atenção e como esperado não tinha nada. E no pouco tempo que fiquei, ouvi os famosos programas de TV que focavam em fofocas fazendo mais vítimas.

“ Antes do intervalo queríamos dar uma notícia importante, mas vocês vão precisar continuar aqui com a gente. – Disse uma das apresentadoras.”

“ Se bem que a notícia não vai agradar a todo mundo, ainda mais por se tratar de uma pessoa totalmente anônima e bum aparece namorando alguém tão famoso! – disse outra apresentadora.”

— Coitada dessa pessoa. – murmurei saindo do estabelecimento. — Vai ter que viver no inferno por uns dias, imagina ter a cara estampada em vários sites de fofoca e pior ainda em programas de TV? Coitada da pessoa.

Continuei o meu caminho totalmente entediada por não ter um celular para passar o tempo jogando ou ouvindo músicas, era realmente algo chato de se conviver e que logo logo ia acabar. Como esperado Vyctoria estava parada na frente da universidade, provavelmente me esperando.

— Amiga! Como está se sentindo depois de voltar ao período das cavernas novamente? – Ela pergunta dando risada assim que me aproximei dela.

— Acredita que ontem mesmo tivemos que caçar alguns mamutes para o jantes e fazer fogo com pedras? – Respondi em um tom sarcástico.

— Uau, você quase me fez acreditar misso. – ela disse dando risada. — Quais os planos de hoje?

— Depois de sair aqui da prisão vou dar uma volta no shopping para arrumar um celular novinho em folha. – respondi arqueando as sobrancelhas. — A propósito, você avisou aos meninos que eu estou sem celular, certo?

Look at the Camera • Sanzu Haruchiyo | Tokyo RevengersOnde histórias criam vida. Descubra agora