Capítulo 22

566 97 72
                                    

Dê uma voadora na cabeça do capeta 💃🎶

~~~~~~~~~~~~~~~~~~~

Haruchiyo Sanzu

Por mais que eu tenha tentado dormir, foi uma tarefa difícil, ainda mais depois daquele beijo tão intenso.

Fiquei a noite quase toda a observando dormir, mas algumas vezes eu percebia que ela acordava e demorava um pouco para adormecer novamente. Típica característica de pessoas ansiosas.

Quando o dia amanheceu, ela continuava dormindo com uma expressão calma e tranquila, completamente diferente do diabo da Tasmânia que ela costumava ser no dia a dia.

— Por que você sempre tenta afastar as pessoas? – murmurei tocando levemente o rosto dela. — Você aparenta ser uma coisa mas seus olhos dizem outra…

Ela se mexeu e resolvi fingir que estava dormindo, como esperado ela acordou e se espreguiçou na cama e provavelmente me olhou fazendo alguma careta antes de levantar.

O tempo que ela passou no banheiro foi o suficiente para que eu fingisse ter acordado naquele instante e coincidentemente ela também saía do local em que estava.

— Bom dia. –ela murmurou cabisbaixa. — Dormiu bem?

— Demais. – menti esboçando um sorriso. — Só estou com um pouco de dor de cabeça, e você?

— Tirando a parte em que eu tive alguns pesadelos, até que dormi bem. – ela respondeu tentando sorrir. — Bom, eu tenho alguns remédios na bolsa, quer algum?

— Por favor…

Ela apenas acenou positivamente e caminhou para junto de uma mochila e começou a remexer nas coisas, e uma das coisas me chamou a atenção, um caderno um tanto peculiar de aparência velha e surrada.

— O que é isso? – perguntei apontando para o objeto. — Seu caderninho de segredos?

— Não, seu imbecil. – ela respondeu malcriada. — É um caderno de anotações, mas eu costumo anotar inspirações e coisas que eu não quero ou que não consigo esquecer.

— Nesse caso, é algo pra aliviar a mente… – Sugeri e ela confirmou.

— Você não tem alergia a nenhum remédio, não é? – Ela pergunta preocupada.

— Não, pode ficar tranquila.

— Droga, achei que ia conseguir te matar. –ela disse chateada.

— Eu vou passar a levar a sério essas suas ameaças…

— É bom mesmo. – ela disse risonha. — Assim aprende a não vacilar comigo.

Observei ela mexendo em algumas coisas e separando um comprimido, em seguida recolocando tudo novamente em seu devido lugar.

— Toma, bebe isso. – ela diz estendendo a mão. — Vai te fazer se sentir melhor.

— Nossa, você falou tão bem que agora tô te imaginando com uma roupa de médica. – Falei dando risada.

— Ah, eu acho que realmente ficarei bem dentro de um jaleco. – respondeu sorridente na frente do espelho. — O que me diz?

— Jaleco?! – pergunto confuso e vejo que ela não entendeu a brincadeira. — Eu estava falando daquelas roupas que vendem em sex shops.

— SANZU!!!

Ela caminhou enfurecida até mim e tomou o remédio de minhas mãos, antes que eu conseguisse me defender ela apertou os cantos de minha boca a abrindo e enfiou com força o comprimido.

Look at the Camera • Sanzu Haruchiyo | Tokyo RevengersOnde histórias criam vida. Descubra agora