Quer um cafezinho aí? 🤯
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Passei a noite inteira me remexendo na cama, em meio a tantos pensamentos que atormentavam a minha mente, pensamentos esses os quais eu sempre fazia questão de apagar com o uso de bebidas.
Eram tantas preocupações que meu peito parecia querer rasgar a cada batida do meu coração, a pressão em meus ouvidos e os tremores gélidas que assombravam meu corpo tornava tudo pior.
Sanzu dormia ao meu lado com uma expressão calma e serena, e eu me perguntava se realmente tinha feito a escolha correta. Diferente das outras vezes, aquela eu conseguia me lembrar com clareza de todas as partes do ato e com uma leve pitada de certeza, ele foi o mais carinhoso entre todos.
— Mas ainda assim eu quero te matar, Haruchiyo. – murmurei tocando a ponta do nariz dele. — Você é bonito e dói admitir isso.
Sanzu apenas passou a mão no local em que eu toquei e murmurou alguma coisa sem sentido e virou-se para o outro lado.
Peguei o celular e fui em um dos joguinhos aleatórios, já eram quase quatro da manhã e eu sequer tinha dormido de tanto nervosismo, apesar da sensação diferente, o terror era quase o mesmo que me assolou no dia da primeira vez.
Fiquei ali, apenas vagando entre aplicativos e redes sociais enquanto esperava calmamente o dia amanhecer.
Quando Haru acordou, se espreguiçou sentado na cama e olhou para mim com um de seus típicos olhares de julgamento.
— Acordou cedo, Cup. –disse esboçando um sorriso. — Dormiu bem?
— Na verdade, eu não dormi. – Respondi deixando o celular de lado.
— Aconteceu alguma coisa? – Ele questionou preocupado, com as sobrancelhas arqueadas.
— Não, não aconteceu nada. – menti o encarando. — Só fiquei jogando e perdi o horário, nada com o que se preocupar.
— Sabe [Nome], se tem uma coisa que eu sou bom é em reconhecer mentiras. – Haruchiyo disse simplista e ficou de pé. — Eu sou um ótimo mentiroso e reconheço um bom mentiroso quando vejo um. E você minha querida, mente muito bem.
As palavras de Sanzu me fizeram repensar em tantas coisas que ao mesmo tempo minha cabeça parecia estar vazia.
— Eu não estou mentindo. – Falei o encarando com o olhar semicerrado.
— Sim, você está. – ele disse me encarando com desdém. — Mas isso não diz respeito a mim, mas se um dia você quiser tentar falar a verdade eu vou ouvir.
— Se um dia eu te falar a verdade, quem garante que você vai confiar nas minhas palavras? – Perguntei o encarando séria.
— Bom, só vai descobrir se tentar falar. – ele deu de ombros e caminhou até a porta do banheiro. — Lembre-se de que nunca é tarde pra tentar mudar. Digo isso por experiência própria, já que reconheço que não sou flor que se cheire…
A porta se fechou e novamente eu estava perdida em tantos pensamentos. Era difícil ter que pensar em tudo e ao mesmo tempo não pensar em absolutamente nada. Era exaustivo e torturante.
Sanzu saiu em silêncio do banheiro, ele estava com uma expressão totalmente renovada. Caminhou pelo quarto em direção a mochila e pegou uma muda de roupas, onde ali mesmo começou a se trocar.
— Você é exibido, sabia disso? – Perguntei o encarando quando ele ficou apenas com uma cueca box na cor vinho.
— Não tem nada aqui que você não tenha visto na noite passada. – Respondeu com um sorriso completamente sacana estampado nos lábios.
— Tá vendo porque eu te ignoro? – falei virando para o outro lado. — Você é chato.
— Posso ser chato, mas pelo menos eu não menti. – Respondeu dando risada.
— Idiota.
Sanzu continuou dando risada e fazendo suas típicas piadinhas de duplo sentido. Mas a essa altura, minha cabeça já estava doendo de uma maneira completamente infernal, talvez a falta de sono e a preocupação excessiva tinham uma boa parcela de culpa por aquilo.
— Pelo visto, você não vai descer não é? –ele perguntou sentando-se na cama. — Se quiser, posso pedir nosso café aqui no quarto.
— Não Sanzu, não quero te incomodar. – falei esboçando um sorriso leve. — Sei que hoje você vai se encontrar com o diretor de marketing aqui do resort e eu realmente não quero atrapalhar você ou o seu trabalho.
— Ei, já não te falei que você nunca vai me atrapalhar? – ele disse ríspido. — Para de achar que vai atrapalhar minhas coisas, porque você não vai e eu nunca vou preferir deixar você sozinha para ir fazer qualquer outra coisa.
— Own, que lindinho. – falei dando uma risadinha. — Nem parece que me maltrata.
— Eu te maltrato?! – ele repetiu incrédulo. — Eu te maltrato? Cupcake! Você que me faz de cachorro a todo instante e vem me dizer que eu te maltrato?
Sanzu tinha uma expressão tão indignada no rosto que me fez dar risada, já ele continuou com suas típicas birras de criança mimada.
— Bom, já que você vai virar meu empregado hoje…
— Eu nunca disse isso!
— Disse sim, agora começa pegando um remédio pra dor de cabeça e depois pede nosso café da manhã. – Falei sentando na cama.
— Saiba que só vou fazer isso porque você está doente. – falou mostrando a língua e indo em busca da medicação. — Ela querendo mandar em mim, olha o tamanho da audácia dela. Achando que manda em mim, já imaginou? Haruchiyo Sanzu sendo mandado pela mulher. Haha.
— E sem reclamar. – falei dando risada. — Se você ficar de reclamação ou resmungando por aí, eu te expulso do quarto!
— Me expulsa do quarto pra ver se eu não volto com uma certidão de casamento nossa.
— Não vai adiantar de nada. – falei debochada. — Eu nunca assinaria um documento pra me casar com você.
— E quem disse que você vai assinar? – Perguntou com o tom ainda mais debochado que o meu.
— E como vai fazer uma certidão de casamento ser válida sem a minha assinatura? – Rebati no mesmo tom.
— É fácil. – ele disse simplista. — Tenho dinheiro e influência, ou seja, eu posso muito bem falsificar a sua assinatura e assim você ficaria casada comigo.
— Sanzu… Às vezes você dá medo. – Falei e ele começou a rir.
— De qualquer forma, eu posso estar brincando ou não. – ele disse e caminhou até o telefone fixo no canto do quarto. — Vou pedir nosso café, quer alguma coisa em particular ou posso fazer o pedido?
— Pode pedir chá de camomila pra mim? – perguntei expressando um mínimo sorriso. — Ando precisando me acalmar.
— Tudo bem. – Ele disse e discou o número referente a recepção.
Sanzu fez o pedido e anunciaram que no máximo em vinte minutos o serviço de quarto seria entregue e até lá só restava esperar. Ficamos conversando coisas aleatórias até que ele sentou no canto da cama, próximo a mim.
— Ah, quero massagem nos pés. – falei esticando a perna para ele. — Por favor.
— O que você me pede que que não faço, hein? – Haru disse sorrindo brevemente e se endireitando para que ambos ficassemos confortáveis.
— Bom saber que você é capaz de fazer coisas que eu te peço.
— Quase tudo, também não exagera, Cup. – Ele corrigiu fazendo bico.
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• Minha internet tá um lixo e eu tô insegura com minha escrita (de novo).
• Até o próximo ❤️
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Look at the Camera • Sanzu Haruchiyo | Tokyo Revengers
FanficDe um lado: Haruchiyo Sanzu, um fenômeno na internet desde que criou um canal no YouTube. Com fãs por todo o país e até mesmo pelo mundo, ele arranca suspiros por onde passa. Do outro: [Nome], uma simples garota com um sonho, se tornar reconhecida p...