Look at the Camera • Sanzu Haruchiyo | Tokyo Revengers

Capitulo 42

Bom dia princesa 🫡

~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~

Aquela teria sido a melhor viagem da vida, se Sanzu e Senju não trocassem farpas a cada cinco minutos. Eu só queria entender como aqueles dois brigavam tanto e logo depois estavam unidos como se nada tivesse acontecido.

Haruchiyo seguia segurando em mim como se eu fosse seu porto seguro. Quando o avião pousou e chegamos ao nosso apartamento, ele estava tão feliz e radiante que parecia uma criança.

Talvez, Sanzu assim como eu, era uma doce criança que se perdeu e precisou amadurecer rápido demais. E era isso que na maioria das vezes me deixava triste, ele era um amor de pessoa, com um leve desvio de caráter, mas ainda assim era um amor.

Naquele mesmo dia, tiveram algumas reuniões e fiquei sozinha no Hotel. Aproveitei o tempo livre para experimentar as delícias do menu e colocar algumas séries em dia, dei uma volta na ala das piscinas, conheci os espaços e cheguei à conclusão de que se aquilo era simples, o que seria exagerado para Sanzu?

— Me sinto tão sozinha. — reclamei jogada na cama. — Já são quase seis da noite e nada deles chegarem.

Estiquei meu braço e tateei a enorme cama em busca do celular, mas não tinha nenhuma notificação importante o bastante para que eu me distraísse. Tudo estava tão quieto e assustador.

— INFERNO! — Haruchiyo disse batendo a porta. — Mas que merda.

— Haru?! O que houve? — Perguntei assustada me sentando na cama.

Ele estava em silêncio, usando sua máscara preta e seguiu para o banheiro. Depois de longos minutos de chuveiro ligado e xingamentos altos, ele enfim saiu, com o semblante confuso e chateado.

— Desculpa. — ele murmurou baixo. — Me desculpa por não falar com você quando cheguei.

— Está tudo bem, querido. — respondi esboçando um sorriso. — Como foi seu dia?

— Cansativo e estressante, eu realmente não queria que tivesse me visto da maneira que eu entrei. — disse cabisbaixo. — Eu não quero que tenha impressões ruins de mim.

— Eu nunca tive boas impressões de você, isso é um fato. — respondi dando risada. — Mas não se preocupe com isso, você pode ser você mesmo perto de mim.

— Se eu for eu mesmo, você vai ligar pra polícia.

— Haru?!

— Brincadeira, ou não, um dia você descobre. — ele riu. — Quer dar uma volta pela cidade?

— Você quer? — perguntei o encarando. — Se você não quiser ir, não precisa se forçar a ir por minha causa.

— É óbvio que eu quero. Eu sempre vou querer estar onde você estiver. — ele disse e sentou-se ao meu lado. — Você é meu porto seguro, cupcake. Eu amo você.

— Eu também te amo.

Passamos um tempo em silêncio, apenas aproveitando a presença um do outro. Haruchiyo parecia tão frágil e dependente que foi impossível para mim não abraçá-lo e fazer carinho naqueles fios rosados.

— Você parece um axolotinho feio. — falei e depositei um beijo suave em suas bochechas. — Me dá quinze minutos que estarei pronta pra sair.

— Pode levar o tempo que quiser, minha rainha.

Levantei com uma certa pressa e caminhei para as malas, nada parecia perfeito, pelo menos até eu achar um vestido preto com estampa de caveirinhas fofas e um sapato para combinar.