Capítulo XII: Dissolução (Amaya)

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Eu sabia que a vida não era um conto de fadas, tive muitas provas disso durante a vida mas eu nunca pensei que fosse possível viver num completo pesadelo. Depois de ver tudo que tinha naquele envelope eu encarei todos os pesadelos possíveis, e percebi que eu sempre fui ingênua demais, eu sempre me escondi das coisas que me assustavam e deixei todos esses medos se tornarem monstros com mais controle sobre mim do que eu mesma. Como eu fui estúpida... Como eu pude deixar chegar a esse ponto.
Quando Yoru voltou deu de cara comigo comigo sentada no chão encostada na cama ainda olhando aquelas fotos. Ela parou um instante, fechou a porta e seguiu até o armário. Enquanto pegava um copo e puxava uma cadeira sentado na minha frente começou a falar:

Yoru: E ai? Leitura interessante não é?..

Amaya: Porque você é assim, não precisa disfarçar que está triste.
Ela serviu uma dose de whisky e acendeu um cigarro.
Amaya: Você mudou bastante... (Ela sorriu e tomou um pouco da bebida antes de responder):

Yoru: Você nem imagina. Mas vamos voltar ao assunto mais importante aqui. Pelo que eu descobri foi um acerto de contas mesmo. Essa tal gangue queria ganhar respeito, trabalhavam com as mesmas pessoas pra quem aquele homem que a nossa tia chamava de marido trabalhava, e fizeram oque fizeram pra intimidar qualquer um que pudesse pensar em enfrentá-los. Não deixaram ninguém pra contar história. Eles cresceram bastante nos últimos anos, e como eu disse antes, hoje são uma das organizações criminosas mais perigosas: A Bonten. Mas como toda organização deve ter falhas, só que no caso deles vamos precisar nos aproximar bastante para conseguir encontrar uma brecha.

Amaya: Brecha para que?

Yoru: Vingança Amaya! Eu quero saber quem deu a ordem, quero saber quem foi o desgraçado que fez tudo aquilo.

Amaya: E depois?

Yoru: Tenho muitas ideias mas em todas elas, eles acabam mortos... Mas enfim, quanto a eles: eu ainda não tenho certeza de quem deu a ordem, tenho dois palpites mas independente disso nada acontece sem o aval do líder então já sabemos que ele tinha pleno conhecimento. Não consegui muitas informações como eu te disse eles são bem rigorosos com os informantes, são uma organização relativamente grande, mas alguns membros têm mais influência é neles que nós temos que concentrar nossa atenção.
Temos os executivos: Ran e Rindou Haitani os irmãos carismáticos e influentes que agem feito dois cães de caça, vivem pelas casas noturnas e outros negócios que a Bonten comanda, fazem as regras serem cumpridas; o outro executivo responsável por todo dinheiro que eles movimentam é Kokonoi Hajime, pelo jeito esse cara não era ninguém mas a habilidade dele de multiplicar dinheiro fez ele se tornar importante em outras Gangues também se tem dinheiro envolvido ele com certeza está a par do que está acontecendo. Depois nós subimos de nível e temos Kakucho, já foi muito importante em outras Gangues, várias histórias, o cara é um tanque de Guerra e pelo que parece é o mais sensato deles, se é que isso é possível, oque também pode ser um problema para nós, mas se soubermos como agir conseguimos contornar. Um nível acima temos o cara que me preocupa, na cadeia alimentar deles ele é o número dois, sempre com o líder, porta voz, braço direito e influenciador direto da mente que comanda, mas completamente descontrolado Sanzu Haruchiyo. O cara é um caos, conhecido pelos métodos nada ortodoxos de tortura e um grande filho da mãe. Ninguém chega perto do número um sem passar por ele.
E antes do líder temos uma dupla digna de uma descrição detalhada, pra mim eles são um ponto de interrogação não tem cargo nenhum na organização mas estão no topo ao lado chefe, sussurrando no ouvido dele oque eles quiserem, fazem oque bem entendem e influenciam em tudo, respeitados por todos apenas por serem quem são: Izana e Emma Sano.
(Quando ela disse esse nome, todas as chances de eu ter me enganado quando li oque tinha envelope sumiram. Eu sabia exatamente oque eu tinha lido, mas ainda sim eu pedia a deus que existisse qualquer mínima chance daquilo estar errado, de não ser real, mas ouvi-la pronunciar o sobrenome dele acabou com todas as chances. Era ele e eu não podia fazer nada para mudar aquela realidade, talvez um dia eu pudesse ter feito mas agora só restou ouvir, enquanto cada detalhe da pessoa que eu conheci e que amei deixavam de existir)

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