Vinte e dois. Quer que eu solte?!

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Uma semana se passou desde que voltamos para Hamburgo. Georg não parava mais em casa, sempre com Violet, ainda não estavam oficialmente juntos, mas sei que não vai demorar até que enfim comecem a namorar. Tom e Anelise no entanto não saiam do quarto. 

Andando sentindo a areia beliscar meus pés à beira-mar chutando um pouco a água ao lado de Bill, que caminhava segurando uma garrafa de cerveja. De vez em quando nossas mãos de encostavam, e toda vez era como se cruzasse um pequeno fio de eletricidade entre nós.

O tal silêncio confortável que sempre nos rodeava, mas dessa vez era como se algo precisasse ser dito, mas nenhuma palavra era pronunciada.

— Então... — Iniciei. — Amanhã vai ter a festa de reencontro do elenco do espetáculo, Vi vai levar Georg, queria saber, quer me acompanhar?

— Hum, não sei se quero aparecer perto de você. — Fiz uma expressão indignada.

— Vai a merda, imbecil! — Disse e ele então riu.

— É claro que eu vou, sua idiota! — Disse e então novamente, silêncio. — Senti falta desses momentos com você! — Afirmou, permanecendo olhando para frente.

— Não foi o único! — Admiti.

— Ah então mesmo você negando você realmente sentiu saudade. — Falou em provocação. — Vamos admita!

— Nunca! — Falei o empurrando na água.

O mesmo caiu desajeitado, limpou o rosto e levantou rápido com um sorriso correndo atrás de mim.

— Não! Sai! — Falei chutando um pouco da água nele.

Ele enfim se aproximou me pondo no colo e me levando em direção a água.

— Kaulitz! Não! Me ponha no chão agora! — Falei me debatendo.

— Você quem manda! — Disse me largando na água, estando já um pouco mais fundo.

— Eu te odeio! — Falei o puxando para água junto a mim.

— Odeia nada! — Falou rindo quase encima de mim.

Agarrou minha cintura para que ambos não caíssemos na água, nosso contato visual não era quebrado por nada. Meus 1.75 não eram nada perto do seu 1.92 de altura, a água batia em meu peito enquanto nele ficava um pouco acima da cintura.

Usava uma camisa branca que deixava meu biquíni preto completamente visível quando molhada, Bill em momento algum baixou o olhar, era sempre para os meus olhos onde olhava, algumas vezes variando entre eles e minha boca.

— Bibo? Já pode me soltar. — Falei pondo uma de minhas mãos em seu peito nu.

— Só quando você admitir! — Falou então se aproximou do meu ouvido o cochicho, me fazendo arrepiar por completo. — Admita Schneider! — Disse então voltou a me encarar, mas dessa vez bem mais próximo.

Alternava minha visão entre seus olhos castanhos, sentindo seu hálito quente próximo ao meu rosto. Aqueles olhos, sempre tão expressivos, era uma das coisas que mais adorava no rapaz, eles eram amedrontadores, assustadores, mas ao mesmo tempo acolhedores e protetores, literalmente o significado de paradoxos em um olhar.

Puta merda, o que você faz comigo Kaulitz?!

— Eu senti sua falta! — Falei fraco com a respiração um tanto descompassada.

— Que bom! — Um pequeno sorriso de canto surgiu em seus lábios.

— Não vai mais me soltar? — Perguntei ainda baixo.

Ele me deixava completamente vulnerável, não sei se gosto deste sentimento, não quero compará-lo nunca a Jack, afinal, Jack nunca fez nem metade do que Bill faz por mim, sera que esse tamanho apavoro seja porque, possivelmente, eu possa estar começando a me apaixonar por Bill Kaulitz?

Não sei se queria aceitar isso, afinal, adorava a amizade de Bill, valorizava o suficiente para por meus sentimentos de lado para que em nenhum momento acabássemos nos afastando, valorizava demais o rapaz para por nossa amizade assim em jogo.

Sua pele tomava um tom avermelhado pela luz causada pelo crepúsculo a praia. Soltou minha cintura levando uma de suas mãos a meu rosto afastando uma mecha de meu rosto.

— Quer que eu solte?!

Sua voz baixa e rouca fez com que quase me derretesse em seus braços. Com um movimento quase contraditório balancei a cabeça em negação, ele sorriu, e bom, não era como o sorriso "arranca-calcinha" de Tom, mas apenas um sorriso meigo que podia variar entre algo provocativo e o sorriso de uma criança inocente.

Pós uma de suas mãos em meu rosto, foi o suficiente pro ar parar de vir, minha visão alternava involuntariamente entre sua boca e seus olhos, eu queria beija-lo, não era de hoje, mas tinha medo, não tinha mais repulsa a seu toque mas não sei se já estava preparava pra... bom, isso.

— Dodo... — Iniciou com a voz arrastada. — Eu... posso? — Indagou, me fazendo estremecer.

Num movimento quase involuntário assenti, então enfim quebrou a distância que havia entre nós, fechando seus lábios nos meus. Deus, que sensação louca. Era lento e calmo, sem pressa, como se apenas estivéssemos curtindo o momento. Eu estava desfrutando ao máximo, pois não tinha certeza se isso voltaria a acontecer.

Sinto a ponta de sua língua tocar meus lábios uma ou duas vezes, e então repito, quando nossas línguas se tocaram pela primeira vez foi uma sensação incrível, era eletrizante, estimulante. O piercing gelado na língua do rapaz passeava em minha boca, fazendo o beijo se tornar cada vez melhor.

Um pequeno sorriso se forma no canto de minha boca mas continuamos. Quando finalmente nos afastamos por falta de ar, encostamos nossas testas uma na outra sincronizando nossas respirações, ele da um pequeno selar em minha testa e eu sorrio.

— Você não existe Kaulitz! — Digo baixo ainda próximo a ele, que em resposta sorri dando um selinho rápido em meus lábios.

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Chegaste ao final do capítulo!
Peço que perdoem minha demora, mas queria deixar este capítulo perfeito, e bom espero que tenha valido a pena.
Amo vcs e o próximo capítulo sai na domingo!!!
Bons surtos!  😘

You Dream Of The End - Bill KaulitzOnde histórias criam vida. Descubra agora