25 | (anti)herói (extra)ordinário.

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Morrer para salvar os outros nunca esteve nos planos de Felix. Na verdade, em toda a sua vida milimetricamente planejada, ele nunca planejou encontrar amigos de verdade longe de casa em tão pouco tempo, muito menos ganhar poderes e tampouco viver uma aventura digna de uma história muito meia-boca e com o roteiro preguiçoso que só uma escritora de qualidade bem duvidosa poderia escrever.

Ele só queria um emprego de contador e não ganhou isso (ainda bem, convenhamos), mas ganhou uma família que o protegeu da forma que pôde. Isso era precioso, valioso, incrível.

Porém não havia como contrariar o destino, era o que era e por mais que ser um herói não fosse sua ideia original, foi assim que Felix passou a ser lembrado.

Após seu ato de heroísmo, quando todos recuperaram sua consciência de volta e decidiram que não dava mais para ser escravo de empresas que não prestavam nenhum tipo de apoio aos seus funcionários e ainda por cima não os reconheciam como pessoas e sim como mercadorias, foi fundado um sindicato que cuidava de toda a burocracia de grupos de heróis e vilões e protegia seus interesses. Foi feita uma estátua em homenagem a Felix.

E com a criação do Sindicato, foi-se criada uma lei de proteção aos trainees, a qual Chan foi o relator. A lei teria protegido, não apenas Yoorim de seus próprios poderes, bem como a maioria dos heróis e vilões, e aquilo foi considerado um enorme avanço.

Fragmentos do caos que Aisha levava consigo foram expelidos assim que o poder de absorção temporária do organismo de Felix tentou dissolvê-las, e elas tiveram que ser localizadas uma por uma para serem mantidas em segurança. Com a ajuda de Han e de Jennie, ambos portadores de poderes derivados da Magia do Caos, foi criada uma espécie de baú pequeno que mantinha aqueles fragmentos em segurança.

E por falar em Aisha, ela se recuperou bem de tudo. Bem, até onde todos ficaram sabendo, pois a garota sumiu alguns dias após a batalha, assim como o restante das garotas de seu grupo, que também sumiram. O quadrante Everglow desapareceu definitivamente.

Todos os heróis e vilões recuperaram suas consciências, bem como seus poderes também, em parte confusos, em parte contentes de reencontrarem seus amigos e aliviados ao saberem que aquele pesadelo havia se encerrado.

E dentre as coisas boas que Yongbok deixou a todos em sua jornada heróica, a principal era que sempre havia um "extra" esperando para completar cada "ordinário".

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Um ano depois.

- ... eu não me lembro de nada, mas o Jisung me contou que eu fiquei alguns meses em coma. - Felix contava com calma deitado no divã. Apesar de estar contando sobre sua experiência de quase-morte, ele não poderia se sentir mais relaxado do que naquele momento. - e sabe que eu achei engraçado que eu nem morri, mas fui tão homenageado quanto a rainha Elizabeth quando perdeu no jogo de xadrez pra vida. Tipo no Sindicato de Monitoramento Temerário tem uma estátua minha contando brevemente sobre o que aconteceu um ano atrás. Assim, um puta exagero, na minha opinião.

Lee parou por um momento, abrindo um sorriso ao pensar em como as coisas mudaram drasticamente para melhor desde que ele acordou de seu coma.

Ele se lembra da alegria de ver Hyunjin segurando sua mão enquanto cochilava (o que ele descobriu ser um costume do rapaz que passava boa parte de seu tempo o observando), do alívio de Chan e do restante dos rapazes em o ver bem, de todas as fofocas que Hwang anotou em um caderninho para lhe contar quando acordasse, incluindo o fora que Chan levou de Yeji; Seungmin e Changbin finalmente começando a namorar; Jisung e Minho estavam em um relacionamento sem rótulos que progredia muito bem; Hongjoong e Seonghwa tendo uma aproximação muito mais do que apenas amigável com Soobin. Hwang também comentou da irmã de Felix, Lily, que ligou procurando por ele alguns dias depois de ter entrado em coma, e desde então Hyunjin a mantinha informada.

ORDINARY | hyunlixOnde histórias criam vida. Descubra agora