CAPÍTULO TREZE.
Capítulo por LENNON.
📍RIO DE JANEIRO — RJ.
UNS DIAS DEPOIS...Combinei de levar a Júlia na psicóloga, e assim que ela foi liberada, ela avisou que ia passar no mercado, por conta do mercado estar cheio, eu fiquei esperando ela no carro mesmo. Quando ela voltou, ela entrou no carro e eu dei partida pra casa dela. Assim que chegamos ajudei ela com as bolsas e quando entramos na casa a chuva caiu firme.
Colocamos as bolsas na cozinha, e voltamos pra sala.
— Cara, tá chovendo muito. — a Júlia fala olhando pela janela.
— Tá mermo... — falei ajeitando minha touca. — Vou adiantar meu lado, tá?
— Tá louco? Você não vai dirigir nesse temporal. — ela fala me olhando. — Fica e quando amenizar, tu vai.
— Tá bom, senhorita.
Capítulo por JÚLIA.
📍RIO DE JANEIRO — RJ.Deixo ele ali na sala, e vou até a cozinha pegar um pedaço de bolo, e refrigerante pra gente. Coloquei na bandeja e fui pra sala, ele me olhou e eu coloquei a bandeja na mesinha de centro.
— Vem. — chamo ele que senta do outro lado da mesinha, ficando de frente pra mim. — Você deve tá cansado de comer bolo, né? — pergunto querendo rir, e ele dá risada negando.
— A tia dá aula no bolo, tem nem como cansar de comer.
— Oa clientes dela lá da confeitaria, também adora esse mesmo bolo que tu gosta.
Ele pegou o pratinho com o bolo, peguei o meu, e ficamos conversando sobre assuntos aleatórios. O silêncio se faz presente em um certo momento, e eu percebi que ele estava olhando pra uma direção atrás de mim.
— É o Yago? — ele pergunta apontando pra direção, olhei e vi que ele estava apontando pro quadro que eu tinha deixado ali mais cedo.
Uma foto minha com o Yago, no dia viajamos juntos nas nossas férias.
— É... — respondi e ele deu um sorriso ladino.
— Ele parecia ser um cara do bem.
— Ele era muito especial, uma pessoa feliz que te contagiava... — desviei meu olhar e foquei em mexer no pedaço de bolo com a colher. — Sabe quando a pessoa é tipo, o ar que você respira?
— Ele era muito especial mesmo, pra você tá apaixonada assim até hoje...
— Ele vai tá comigo pra sempre... — respiro fundo prendendo a vontade de chorar.
— Não fica assim.
— Eu também também era uma pessoa feliz, sabia? Mas depois que o Yago morreu e eu me tornei a pessoa mais triste do mundo. — minha voz embarga, e eu seco meu rosto por conta das lágrimas que caíram.
— Mas você não pode ficar assim o resto da tua vida. — o Lennon fala segurando minha mão, e levou o olhar na aliança. — Você não tira, né?
Meu corpo arrepiou pelo toque e eu me afastei. Eu estava cansada de tá sentindo essas coisas, não estava aguentando mais.
— Com ela eu senti ele perto de mim, me sint... — olho pra ele que estava me olhando. — Ai Lennon... — seco meu rosto e faço um coque no meu cabelo. — Eu tô cansada de falar dele com você. — ele abaixou a cabeça rápido, e voltou a me olhar assentindo.
— Tudo bem... olha, a chuva parou. — ele fala levantando e eu levanto em seguida. — Tô indo, tá?
— Tá bom.
Ele pegou as coisas dele, saiu em direção a porta, fui atrás, ele abriu a porta e me olhou.
— Obrigado. — olhei confusa.
— Pelo o que?
— Por ter falado dele comigo. — ele estica a mão e faz um carinho no meu rosto. — Beijo, se cuida e qualquer coisa me liga. — ele sai fechando a porta.
Depois que o Lennon foi embora, eu guardei as comprinhas que tinha feito, tomei um banho e fiquei no meu quarto.
Ouvi minha mãe avisando que tinha chegado mas não desci. Liguei a TV, e coloquei um filme qualquer que estava sendo recomendado.
A porta do meu quarto abriu uns minutos depois, e minha mãe entrou.
— Oi, cheguei há um tempo e você não saiu do quarto. — ela senta na cama. — Tá tudo bem? — dou os ombros. — Precisando de um colo?
— Muito. — respondo e minha voz sai embargada.
Ela abre os braços e eu me aconchego nela.
— Não sei o que está acontecendo, mas você pode conversar comigo.
— Nem eu sei o que tá acontecendo, mãe.
— Tá confusa... perdida?
— É... acho que sim. — ela solta uma risadinha baixa. — Não sei o que eu tô sentindo, nem o que está acontecendo.
— Você vai saber como resolver essa situação, eu sei que vai.
— Você acredita tanto em mim, né?
— Sim, muito. Eu sei que você é capaz de tudo aquilo que quer.
— Aprendi isso com você. Tudo o que eu sou hoje, a mulher, a pessoa que eu me tornei foi por conta da tua criação.
— E do seu carácter também, meu amor.
— Eu te amo, muito. Obrigada por ter me escolhido.
— Eu te amo minha Julinha, e não me agradece por isso, eu sempre te disse, e sempre vou dizer, nós nos escolhemos.
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