CAPÍTULO DOIS.
Capítulo por LENNON.
📍RIO DE JANEIRO — RJ.— Que loucura, irmão. — o Léo fala assim que eu termino de contar o que tinha acontecido.
— Muita coisa, Léo. A mina tava desnorteada, cara.
— Ainda bem que tu passou por ali. Se não fosse tu el... — assenti e ele nem terminou de falar.
— A mina perdeu o namorado e a vida dela virou de cabeça pra baixo, o mundo dela caiu e ela ainda não conseguiu levantar ele.
— Espero que ela consiga.
— Papo reto. Depois eu vou ver se eu procuro saber como que a mina tá.
— É mano, tu sabe onde ela mora. Dá pra ir lá e procurar saber.
Depois de um tempo ali, deixei ele no estúdio e fui deitar. Apaguei tudo, liguei o ar, fechei os olhos e a Júlia me veio na minha mente, lembrei dela lá na passarela, lembrei dela chorando no carro, lembrei dela com a família assim que chegou em casa, depois ela mais calma no quarto, nós dois conversando, os traços do rostos dela, e pô, a mina é linda, uma beleza encantadora.
Capítulo por JÚLIA.
📍RIO DE JANEIRO — RJ.— Meu amor, tô indo pra confeitaria. — minha mãe fala entrando no quarto.
— Tá bom, mãe. — ela vem até mim, beija minha cabeça e senta na beirada da cama perto de mim. — Como você tá hoje?
— Tentando está melhor que ontem.
— Me parte o coração ter que te deixar aqui.
Segurei a mão dela, e ela se aproximou me abraçando. E me deixava pior ainda ver ela desse jeito por minha causa.
Na vida sempre foi ela, nossa família e eu. Ela me adotou quando eu estava com três anos, e ela ter feito isso foi a melhor que coisa que aconteceu na minha vida. Com certeza eu nunca encontraria uma mãe, e uma família como a que eu tenho.
— Me dói te deixar com o coração partido, mãe. Desculpa.
— Não se desculpa, meu amor. Isso é uma fase, vai passar.
— Parece que nunca vai ter fim, às vezes dói tanto que parece que não vou aguentar.
— A gente não batalha numa guerra que não é capaz de vencer. — ela beija meu rosto. — Pensa nisso.
Eu estava deitada, olhando o quadro com uma foto minha e do Yago. Sinto tanta saudades, essa dor parece que nunca vai acabar.
— Ju, deixa eu te fal... — a Karina para de fala assim que entra no quarto e me olha.
Enxuguei meu rosto, e ela veio até mim, sentou na beirada da cama.
— Amiga, eu sei que é difícil. — ela segura minha mão. — Mas você precisa pelo menos tentar esquecer um pouco o Yago.
— Não dá pra esquecer, talvez eu até me acostume.
— Eu sei que tu tá encarando o luto, sei que tem horas que tu vai tá melhor, outras vai estar pior... — ela respira fundo. — Mas você precisa sair, conhecer gente nova...
— Não tô afim, Ka.
— Mas vai ficar, Júlia. — ela levanta. — Vamos levantar, tirar esse moletom, tomar um banho, se arrumar e eu vou mandar o Pedro buscar a gente aqui.
Ela puxou o edredom que eu estava tapada e segurou a minha mão me puxando da cama, e fui me empurrando até o banheiro do meu quarto.
— Vou separar uma roupa pra você, não demora.
Entrei no banheiro e antes e entrar no banho, eu me olhei no espelho, respirei fundo e me esforcei pra pelo menos hoje tentar me distrair.
Tomei banho, e quando sai a Karina foi. Vesti a roupa que ela tinha separado e fui fazer uma maquiagem levinha pelo menos pra disfarçar.
Quando terminei, a Ka saiu do banheiro.
— Meu Deus. — ela sorri e vem até a mim me abraçando. — Tá linda, amiga.
Ela foi se arrumar e não demorou pro Pedro chegar aqui.
— Tô entrando... — ele fala entrando no quarto e quando me ver, ele ri e abre os braços, vou até ele e ele me abraça. — Tu não sabe como é bom te ver assim.
Depois de alguns minutos a Ka acabou de se arrumar, e nós fomos para um restaurante super aconchegante, musiquinha ao vivo, e pouca gente.
— Gostou Ju? — o Pedro pergunta assim que a gente se sentou na mesa que dava vista para o mar.
— É lindo, eu gostei sim. — respondi e a Ka sorriu.
— Eu fico tão feliz de ver você fora daquela casa, juro, fico muito feliz mesmo.
— Papo reto mesmo.
Esses dois são incríveis, sou grata demais por ter eles comigo, e na minha vida.
— Obrigada por estarem do meu lado, eu amo vocês.
— Não precisa agradecer por nada Ju, cê sabe que a gente tá junto nessa.
— Estamos juntos pra tudo.
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