três

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CAPÍTULO TRÊS.
Capítulo por LENNON.
📍 RIO DE JANEIRO — RJ.
UNS DIAS DEPOIS...

Cheguei de São Paulo, e durante esse tempo lá, virava e mexia minha mente parava na Júlia. Preocupação batia, mesmo sem ter qualquer tipo de intimidade eu não conseguia não me preocupar.

Tomei um banho, peguei a chave do carro, e sai de casa. Entrei no elevador, desci no estacionamento, peguei meu carro e peguei o caminho pra casa dela.

Fui o caminho todo pensando no que eu ia falar quando chegasse lá mas idéia nenhuma se formava. Quando parei na frente do portão, tinha duas senhoras na rua.

Desci do carro, e fui até o portão. As duas senhoras estavam olhando quando parei no portão, toquei a campainha, e olhei para as senhoras que agora estavam cochichando e acenei.

— Boa tarde. — falo.

— Boa tarde, meu filho. — elas respondem acenando.

Depois que elas responderam, o portão foi aberto pela mãe dela.

— Oi, boa tarde. — falo e ela sorrir.

— Oi meu filho, boa tarde.

— É... — cocei a nuca sem jeito, e muito sem graça, papo reto. — Eu vim pra saber da Júlia, saber como ela tá, fiquei preocupadão com ela.

— Ah sim... — ela solta o portão e dá passagem. — A Júlia não tá em casa, mas já deve está chegando, entra e aguarda.

— Pô, não quero incomodar a senhora, não.

— Que mané senhora, meu nome é Marly, e não me incomoda em nada não. Vem, entra.

— Pô, licença aqui então. — entro, fecho o portão, e sigo ela.

Entramos na casa dela e ela me chamou pra cozinha, chegou lá e mandou eu sentar.

— Quer um pedaço de bolo? — antes de eu responder ela já colocou na minha frente. — Nesses dias eu vi um cartaz com uma foto sua, anunciando um show. — me entregou um copo de suco.

— É? — ele assente. — Foi por aqui?

— Não, eu fui na casa de uma amiga em Nova Iguaçu e vi o cartaz. Cheguei em casa falando com a Júlia, e só aí ela me falou que você é cantor. — ri junto dela. — Eu sou muito desligada nessas coisas, meu filho.

Ela me entrega uma colher.

— Obrigado. — pego uma colher do bolo. — Caraca, muito bom tia.

— Gostou? É de nutella com calda de morango.

— Muito bom, cara. Eu me amarro demais em bolo, e vou te falar sem mentira, esse virou meu favorito.

— Os clientes lá da confeitaria também gostam muito desse.

— A senhora tem confeitaria? Que maneiro.

— Tenho, tem uns quatro anos. É aqui em São Conrado mesmo.

— Qualquer dia desses vou aparecer por lá, depois me passa o endereço.

— Pode deixar. — ele concorda, e pega o celular. — Vou mandar mensagem pra Júlia pra saber onde ela t...

Antes dela terminar de falar a porta da casa abriu e daqui vi a Júlia e o Pedro. A mina tava com um semblante triste, o rosto vermelho, e aparentemente tinha chorado.

— Chegaram. — a mãe dela fala.

Ela foi pra sala, e eu levantei indo também. Quando cheguei vi a Júlia abraçando a mãe, e ela começou a chorar. O Pedro veio até mim, fez um toque comigo e parou do meu lado.

— Só vim saber como ela tá. — falo baixo com ele.

— Sem problemas. Hoje foi dia de psicóloga, ela fica assim.

— Acho melhor eu ir e deixar ela com vocês, não é maneiro invad...

— Não, relaxa. A Júlia não pensa assim, e nem a gente. Fica suave. — ele fala e eu assenti.

Olhei pra ela e a mãe, ela já estava mais calma, e conversava um pouco com a mãe, que olhou. Só então a Júlia me olhou pela primeira vez, ela nem tinha notado minha presença.

— Vem cá, Lennon. — me chamou com a mão e eu fui até lá. — Ele veio saber como você tá. — a Júlia me olhou e eu dei um sorrisinho pra ela.

— Oi. — ela fala e desvia o olhar.

— Eu vou lá no meu quarto, e já tô voltando. — a mãe dela fala, e a gente concorda.

O Pedro já não tava por ali, então só nós dois ali na sala. Sentei próximo da onde a mãe dela estava, de frente pra ela que não me olhou, continuou olhando para as mãos e mexendo os dedos.

— Como você tá? — pergunto quebrando o silêncio e ela me olha.

— Não sei. — ela dá os ombros.

— Eu fiquei preocupado contigo, queria saber como você est...

— Não preciso de mais uma pessoa com pena de mim. — ela fala séria, mas depois de uns segundos ela suspira pesado. — Desculpa, desculpa a grosseria...

— Tudo bem. E não é pena, só tô preocupado.

— Não precisa se preocupar comigo, você deve ter milhares de coisas pra resolver, com a sua vida corrida... sério, não precisa. Não é porque você me ajudou que você tem...

— Não é nada disso. — não deixo ela terminar de falar. — Eu não sei o motivo, mas eu me preocupo.

— Agradeço, mas repetindo, não precisa.

Assenti, e o silêncio ficou por uns segundos.

— Olha, eu imagino a barra que tá sendo, sei que não é fácil. Tô ligado que a gente não se conhece, mas se tu quiser, pode contar comigo pro que você precisar.

Ela ficou me olhando por um bom tempo, até soltar um sorrisinho.

— Obrigada. — ela agradeceu e logo ouvi alguém descendo a escada.

Olhei e vi o Pedro e a mãe dela. Levantei, e eles se aproximaram.

— Bom, eu já tô indo. — faço um toque com o Pedro, e abraço a mãe dela de lado. — Obrigado pelo bolo, tava bom demais.

— De nada meu filho, vai com Deus.

— Eu te levo lá portão, cara. — o Pedro fala e eu assenti.

Virei pra Júlia e ela estava me olhando.

— Se cuida, tá? — ela assente e eu sigo o Pedro.

Quando sai da casa o Pedro também saiu, fechando o portão.

— Aí, valeu por esse contato com a Júlia.

— Que isso, precisa agradecer não.

— A Júlia precisa conhecer pessoas novas, tenho certeza que isso vai fazer bem pra ela.

— A Júlia precisa conhecer pessoas novas, tenho certeza que isso vai fazer bem pra ela

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