1°|Capítulo 3 - Jimin

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Preciso sair. Preciso sair antes que meus irmãos consigam me pegar nesse maldito castelo.

Tento correr sem fazer muito barulho por esses corredores de mármore branco cheio de enormes bandeiras azul com os sapatinhos de cristal de minha mãe, e centenas de candelabros de parede prateados. O que mais me impede de fazer silêncio, é o barulho das minhas botas de cristal a cada corrida que eu faço com elas. Só espero não as perder como minha mãe fez logo depois de conhecer meu pai.

Tento correr pelos fundos, mas sou cercado pelos guardas do castelo com suas belas armaduras de prata. Eu poderia me passar por um deles roubando a de qualquer um que eu ver primeiro. Mas a experiência deles em batalha corpo a corpo é muito melhor do que a minha - e com peso que elas devem ter, eu cairia fácil. Eu seria pego fácil.

Decido pegar um atalho por uma das passagens secretas por dentro da biblioteca real, e por sorte, eu parei na porta.

Adentro a bela biblioteca, e caminho o mais silencioso possível para que ninguém ali dentro, me veja ou me escute. Confesso que parei em um corredor todo empoeirado, detesto poeira, irá sujar toda a minha roupa. Mas fazer o que, é o preço que terei que pagar por estar fugindo. Isso se eu conseguir. Eu estou simplesmente com um tipo de jaqueta de príncipe na cor azul meia-noite por dentro das calças brancas coladas em minha coxas. Na jaqueta tem seis botões em formas de rosas prateadas de cada lado, na posição dos mamilos desce e seguindo descendo. Há fivelas prateadas conectando os dois lados, todos os doze botões, deixando-os retos e conectados deixando o zíper invisível a olhos observadores. A jaqueta é praticamente grudada no meu corpo e sua gola vem subindo até minha garganta parando um pouco antes do meu queixo. No começo isso me sufocava, mas já me acostumei. As mangas da jaqueta são curtas, e formam tipo uma cortininha com três camadas, tendo cada uma delas menor que a de baixo me deixando tão belo como já sou.

Minha bota sendo completamente feita de cristal, tendo um belo cano alto e saltos de treze centímetros, combinando com a coroa prateada de pedras safiras no topo de minha cabeça. Minha roupa deixa meus cabelos loiros completamente destacados e belos. E por mais que a bota pareça pesada, ela não é, é superconfortável e ótima para correr.

Me esgueiro entre os carrinhos de livros da biblioteca até estar em uma escada perto do corredor sete do primeiro andar, a escada leva aos andares de baixo, os andares onde raramente os funcionários da biblioteca se aventuram. É onde a maioria dos livros mofam, e não tem um pingo de luz sequer. já pensei em reclamar com meus pais sobre ela, mas estragaria minha ida até a passagem secreta.

Eu já estava completamente sem visão alguma para onde eu estava indo. Por sorte a história de minha mãe está em uma era onde existe Cristalphones - telefones feitos de cristal. A mais nova das minhas irmãs, sendo cinco anos mais velha do que eu, ela tem esperança de ser a nova Cinderela depois que mamãe morrer, e passar por toda aquela história novamente, como gata borralheira e sendo praticamente escrava de sua madrasta e de suas irmãs postiças. Mas sinceramente, eu não acredito que a próxima geração da Cinderela seja com ela, temos irmãos de mais, e nenhum deles permitiria nossa mãe ser trocada depois de morta, por uma madrasta que só pensa no seu dinheiro.

Tenho no total quatro irmãos e quatro irmãs, e eu sendo o nono filho da cinderela, e o mais novo, com vinte anos nas costas e fugindo de um casamento arranjado com o príncipe Rei Encantado - o filho da Branca de Neve, e dois anos mais novo que eu. Eu certamente acredito que até mesmo ele está indo contra esse casamento. E voltando ao assunto da nova Cinderela, meus quatro irmãos podem ser uns babacas, mas eles não aceitariam uma madrasta, eles amam a mamãe, mas tem um certo rancor com nosso pai, e eles provavelmente arranjariam uma forma de matar ele para Benjamin - meu irmão mais velho - subir ao trono.

Faeria {Jikook/Hiatos}Onde histórias criam vida. Descubra agora