Um, dói, três, quatro, cinco, seis, sete, oito, nove, dez, onze, doze, treze, quatorze, quinze, dezesseis, dezessete, dezoito, dezenove, vinte, vinte e um, vinte e dois, vinte e três, vinte e quatro, vinte e cinco, vinte e seis, vinte e sete.
Vinte e sete segundos respirando fundo, focando em cada número por vez, evitando... evitando que eu cause um desastre ainda maior.
Vinte e sete segundos, até Jungkook perceber que seu feitiço foi desfeito por alguém que não olha por onde anda.
Vinte e sete segundos até ele perceber os olhares em si, e seu corpo começar a tremer, seus olhos se arregalarem desesperados com todos os olhares. Pessoas tendo um medo irracional, e ele com o mesmo medo, dando passos para traz conforme os cochichos aumentavam a cada segundo, e as pessoas se aproximando. As pessoas o estão julgando, e meu coração se acelera sentindo a fúria percorrer minhas veias. Meus cristais formam garras em minhas mãos, e eu as cravo em minhas próprias mãos, contendo meus impulsos. Eles poderiam piorar a situação.
A mulher se afastou, e todos pensam que ela está apavorada, que ele a está deixando com medo. Mas na verdade, era completamente ao contrário.
Eu não sabia o que Jungkook teria passado para ficar assim, mas eu podia ver o quanto seu peito aumentava e diminuía dado a sua respiração acelerada. Suas mãos estão tremendo, e ele dá mais passos para traz a cada momento que os cidadãos de Alandia cravam seus olhares julgadores nele.
Ele está apavorado, e quando eu estou Prestes a explodir com todos, seus pés se movem, e ele sai correndo.
- Presta a atenção por onde anda! - o meu tom de voz faz a mulher engolir em seco. Minhas mãos formigam, e minha vontade de quebrar seus ossos, gargalha dentro de mim, implorando para ser liberta. Eu quero arrancar seus olhos para que nunca mais veja! Eu quero cortar seus pés para que ela nunca mais ande! E eu quero arrancar seu cérebro, por não o usar para acalmar a situação!
E quando estou Prestes a correr até Jungkook, para acha-lo... na verdade pois eu já o perdi de vista. A mulher segura meu pulso, proferindo:
- Eu sinto muito... Não era minha intenção, eu entendo meu erro, deixe-me conserta-lo, me permita pedir desculpas a ele - a mulher ainda segurando meu pulso se vira para a multidão, e começa a dizer em voz alta - me desculpem! Foi apenas um mal-entendido! Não havia filho algum da Rainha má! Meu dia está péssimo hoje, e estou sem meus remédios, e sem eles, não consigo raciocinar muito bem! Voltem a se divertir pessoal!
E por algum motivo, todos acreditaram. Todos voltaram para suas vidas, e suas atenções para o evento. E eu a permiti vir comigo, a procura de Jungkook.
👑
Não demorou muito para que eu o encontrasse em um beco isolado do evento. E eu sequer pude contatar Carrot e Seokjin. Eu me desfiz do meu Cristalphone. E a mulher continua me seguindo.
Eu o encontrei encolhido entre suas pernas, derramando lágrimas no chão, lágrimas tão silenciosas e sem qualquer murmúrio, que parece assustador até onde ele chega para não chamar atenção. Ao entrar no beco, tudo o que senti foi o cheiro horroroso de esgoto, o breu dado as circunstâncias de que tinha começado a escurecer, e o vento gelado percorrendo nossos corpos. A mulher que me acompanhava reclamando do frio que a noite trouxe, e eu só queria enforca-la.
Eu sabia que Jungkook era mais novo que eu, eu só não sabia quanto, e eu não pretendia perguntar nesse momento.
Mesmo derramando lágrimas sem parar, ele parece mais calmo.
Após a mulher amenizar a situação, eu perguntei se era verdade o que ela disse, sobre os remédios. E não, não era. E o mais estranho, é que ela sorria como se tivesse encontrado algo bem divertido. Não sei, mas eu não me sinto bem perto dela, mesmo ela demonstrando ser gentil.
Eu me agacho perto de Jungkook, e envolvo meus braços sobre ele. Seus braços me apertam e eu me sinto sufocado. Ele já havia parado de chorar, ele apenas me envolveu em seus braços, como se eu fosse a única pessoa que o aceitasse da forma que é. Minha única reação, foi acariciar seus cabelos sedosos, e esperar o momento certo para que pudéssemos nos levantar, e procurar os outros.
👑
- Me desculpa... - sussurrou Jungkook se recostando no mais profundo canto da parede.
Depois de alguns minutos permitindo que ele me abraçasse, eu peguei seu Cristalphone, e mandei mensagem para Carrot, pedindo para ela nos encontrar em uma lanchonete que era longe o bastante do evento. E infelizmente, a mulher ainda nos acompanhava.
- Não! - ela bateu as mãos na mesa da lanchonete, ainda estando de pé ao meu lado, olhando para Jungkook que estava com seus olhos arregalados dado a forma como ela se dirigiu. Eu respirei fundo, tentando não surtar, e Carrot parecia fazer o mesmo. A batida que ela deu na mesa a deixou agoniada - Eu que devo pedir desculpas! Foi tudo culpa minha, não tenho intenção alguma de crucifica-lo por meus erros. Eu sei que você é filho da Rainha má, mas isso não quer dizer que seja igual a ela.
Jungkook parecia encantado com suas palavras, e eu ainda sentia algo de errado com essa mulher.
- Me desculpa por tudo, eu devia ter prestado mais atenção por onde andava.
- Tudo bem... Não foi nada...
E eu surtei.
- Olha aqui, eu não sei quem você é, ou o real motivo de ter nos seguido até aqui. Admiro seu pedido de desculpas, e isso não é o suficiente dado ao estrago que causou...
- Jimin... Tudo bem, deixa para lá... - sussurrava Jungkook pegando em meu pulso. Mas eu não podia deixar para lá.
- Não! Acha que só isso resolve o que aconteceu? Não! - eu bato com os punhos na mesa - não está tudo bem, não, não está! Ela sabia exatamente o que estava...
- Me chamo Odile. Muito prazer príncipe Jimin Encantado - disse a mulher se curvando - eu realmente sinto muito por tudo o que aconteceu, eu sei que não posso reverter o que eu fiz, e não posso curar o que está prejudicando seu amigo. Meus atos foram imperdoáveis dado ao alarde que eu causei pelo reino, e tudo o que posso fazer nesse momento, é lhe pedir perdão Sr. Grimhilde.
Jungkook continuou a dizer "Tudo bem, deixa para lá", e eu me contive. Ele já a havia perdoado, e eu não podia discutir com ele, até porque, hoje está sendo muito difícil para ele. Então eu maneirei, e me sentei recostando na poltrona.
Depois desse pequeno show que eu dei, ela não demorou muito para ir embora, e deu seu número pra Jungkook, que depois, não fez questão de salvar até o momento em que:
- Obrigado Mine... - sussurrou ele enquanto esperávamos os lanches que pedimos, escutamos Carrot reclamar de sono e Seokjin no telefone com Namjoon, informando que nós não havíamos encontrado o mapa.
- Por...
- Por continuar ao meu lado... Por me confortar... Por me proteger... Por ser quem é!
- Jungkook. Eu sempre irei protege-lo. Está nítido desde o nosso primeiro contato visual - minha pele formigou, e eu me senti quente ao querer correr atrás daquela mulher, e arrancar sua cabeça fora do corpo. Minha barriga roncando na mesma intensidade que a vontade que eu tinha em explodir todos aqueles que cochichavam sobre Jungkook.
Ele pode não entender. Ele pode não perceber agora. Mas se for preciso, eu cortarei o pescoço de todos que o machucarem!
- E tem mais uma coisa. Ela estava ocultando sua aparência, ela não é humana, posso sentir isso - laçou ele a nós, botando essa questão na mesa, e confirmando que eu estava certo ao desconfiar dela.
E nossa noite... ela acabou exatamente assim. Com a dúvida de quem Odile realmente seria, enquanto comemos lanche, e apreciávamos o momento no restaurante, aproveitando que tinha apenas nos quatro.
👑
oiii Maliarcana, que bom que chegou até aqui. Espero que tenha gostado do capítulo♥♥ não se esqueça de deixar o votinho para ajudar esse autor a ter mais reconhecimento.Votar nos ajuda a prosseguir com a história.Ja divulgaram a fanfic? não? então poderia ajudar essa autora a divulgar seu doce trabalho? por favor! agradeço a todos que me ajudarem.E me siga no insta: @autororynfaerieEspero vocês no próximo capítulo🦋
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Faeria {Jikook/Hiatos}
Fanfiction{A temporada 1 será reescrita após a 2°} #1 em Paísdasmaravilhas #1 em Contosdefadas 1° Temporada | Jikook(concluída) 2° Temporada | Jikook(⏳) Em um romance entre os filhos dos contos de fadas. Em uma história, onde a vingança é prato principal. Ond...