1°|Capítulo 48 - Jimin

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 Sinto o ouro faiscar em meus dedos. Eles sussurram, me dando a permissão de enforcar todas aquelas que debocham da cara de meu príncipe. E para o azar delas, elas decidiram prestigiar essa data tão especial para minha irmã, usando ouro. Elas são suicidas.

Eu não os criei, ou os moldei, mas sinto que posso controlá-los ao meu favor; usar seus colares para enforcá-las como as garras de um lobo, e em seguida rasgar suas gargantas. Elas poderiam estar usando diamantes ou qualquer outra pedra... E nesse exato momento, me dei conta de que esqueci da parte em que eu tenho a capacidade de criar qualquer mineral. Infelizmente para elas, não terão salvação se me encherem.

A cada pessoa que aparece me perguntando onde eu estive todo esse tempo, ou aquelas em que eu escuto sussurrando por perto sobre como eu tive coragem de ficar com o filho da rainha má; sinto uma imensa vontade de ter o prazer de escutar seus crânios se racharem nesse belo chão de quartzo, mancha-lo de vermelho e usá-lo para desenhar mandalas.

Arrogantes do caralho, ostentam riqueza, mas do que adianta se não tem nada pelo que lutar, apenas dinheiro e mais dinheiro. É claro que dinheiro é bom, só não chega aos pés de lutar por uma pessoa, e protegê-la a qualquer custo. Todos já olham para mim cochichando sobre como eu mudei, e para falar a verdade, eu não mudei nem um pouco, apenas passei a amar alguém que sempre foi destinado a mim.

Vejo seus olhares vazios; a frieza transbordando pela forma como se expressam, e a arrogância em seus movimentos. Muitas nesse palácio, estão casadas apenas pelo dinheiro.

Forço sorrisos e converso como uma pessoa gentil e bondosa, afastando meu lado obscuro. Por mais que Viviane e eu não nos damos bem, esse lugar está perfeito, e eu detestaria estragar algo tão belo feito para uma pessoa tão horrível. Ela se esgueirou mais cedo até nós com um sorriso gentil de Cinderela - mas falso - até o momento em que viu os anéis escarlates em nossos dedos.

Não preciso nem dizer o que se estampou na cara dela. Inveja.

Giro meu corpo, ignorando por completo o que um lorde está falando - não fiz questão de aprender seu nome - e procuro por Jungkook, que sumiu sem eu perceber. Acho estranho, ele disse que não sairia do meu lado, mesmo que ele estivesse apavorado com toda essa atenção.

Bom, se ele sentiu que deveria se esconder, então está tudo bem. Posso acha-lo.

É tão engraçado e fofo, um homem de um e noventa de altura; uma pele perfeita; um abdome que eu babo, com peitos que adoro enfiar meu rosto; que muda de personalidade quando está prestes a me foder; dedos grossos que me fazem delirar; e um pau que me fez gritar por mais; se sentir apavorado por estar no meio de uma multidão em que todos estão focados nele. Mas eu entendo que é difícil, ele passou por muita coisa, há traumas nele que ainda estão no início do processo de vencê-los, e esse é um deles.

E sinceramente, eu estou orgulhoso de meu gemini; desde Alandia, ele não tem tido mais aqueles ataques de pânico.

Meu Gemini é fofo, seu sorriso é sincero ao contrário dos muitos que estou dando aqui nesse evento tedioso. Tirando todo seu corpo sexy, quando ele está coberto, ele se torna alguém inocente, e às vezes eu esqueço que ele tem apenas dezoito anos.

- Com licença - peço me afastando do lorde que eu não estava dando a mínima, apenas concordando com tudo o que ele falava.

Me esgueiro entre os convidados de minha irmã, passando até mesmo por ela e ignorando seu olhar arrogante em mim. Ela comenta sobre sua nova casa e isso leva meus pensamentos ao meu futuro com Jungkook.

Algum dia nessa vida, nós teremos nosso próprio lugar? Não ficaremos o resto de nossa vida naquele apartamento, eu certamente não ficarei, e o levarei junto pois ele é meu. Eu amo meus amigos, mas eu quero um lugar onde Jungkook e eu possamos ficar sozinhos, construir algo que seja somente nosso; um lugar longe do mundo, onde possamos ficar em paz. E quem sabe um dia, alguém mais aparecer em nossas vidas.

Faeria {Jikook/Hiatos}Onde histórias criam vida. Descubra agora