Capítulo 9

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CAROL

Não nego que estou morrendo de medo, eu sou um pouco insegura com esse tipo de coisa, quero que todos gostem de mim, por isso tenho medo, fico imaginando o que eles devem pensar de mim e achar de mim depois que me conhecerem.

Mas ao mesmo tempo estou louca para conhecer a família dela, todas as histórias que ela me conta me fazem morrer de rir.

__ Pronta?__ Priscila me pergunta enquanto passamos pelo portão de desembarque.

__ Sim.

Dou um sorriso e ela me retribui, mas meu coração já está quase saindo pela boca, a mãe dela vai buscar a gente no aeroporto.

Não sei o que esperar, não sei como ela vai reagir, lógico que ela não vai me menosprezar, mas o que ela pensa de mim? Eu sei que fiz mal a Priscila no passado e a mãe dela passou tudo isso ao lado dela.

Não é primeira vez que nos vemos, à vi uma vez pessoalmente na sede da chango, na época eu e Priscila estávamos afastadas, Amanda nós apresentou rapidamente e ela foi muito gentil.

Já falei com ela algumas vezes por telefone depois que eu e Priscila começamos a namorar, mas era muito rápido e pessoalmente é diferente, passarei dois dias na casa dela e conhecerei todo mundo, minha família é pequena, já a família da Priscila é enorme, o que me deixa nervosa.

__ Não se preocupa tá?__ Priscila fala ao vermos sua mãe, respiro fundo para esconder o nervosismo.

Adriana abre um sorriso ao nós ver e eu sorrio também, quero passar uma boa impressão.

__ Tava morrendo de Saudades!__ Priscila a abraça e ela, elas trocam muitos beijos.

Depois de um momento fofo entre as duas, a atenção é voltada a mim e nessa hora eu fico sem chão.

__ Tudo bem Carol?__ Ela me pergunta sorrindo.

__ Sim e a senhora?__ Acho que saiu um pouco atrapalhado pelo nervosismo, mas compreensível.

__ Estou bem.__ O seu rosto é amigável e me sinto mais aliviada.__ Não mereço um abraço?

__ Sim sim...__ Respondo em desespero.

Ela me abraça, confortável eu diria.

__ Vamos?

Priscila quebra o momento meio constrangedor que acabou que acontecer.

Adriana e Priscila foram o caminho inteiro conversando, Priscila me incluía na conversa sempre e a mãe dela de certa forma também, me fazendo perguntas, me sinto um pouco mais leve agora.

Ao chegamos na casa, me surpreende pelo fato dela ter cozinhado as minhas comidas preferidas para o almoço.

O meu sorriso não saia do rosto e era notório minha felicidade.

__ Está gostoso?__ Adriana me pergunta.

__ Maravilhoso!!__ Respondo empolgada.

Comida está mais que maravilhosa.

Priscila rir.

__ Te disse que ela ia gostar.__ Priscila olha para a mãe ao falar.

__ Que bom que gostou, pode comer mais e tem sobremesa depois.

Isso é música para os meus ouvidos.

__ A Senhora nem precisa mandar!

A Dona Adriana sorrir satisfeita.

__ Não precisa me chamar de senhora, pode ser Adriana ou sogra se cê preferir.

Sorrio e confirmo com a cabeça, já que minha boca está cheia de comida.

Geralmente eu não sou de comer demais nas casas das pessoas, principalmente quando é a primeira vez que vou, mas puta que pariu, está tudo muito bom e eu estava morrendo de fome, casou direitinho, minha fome de leão com essa comida maravilhosa!

Depois do almoço eu me prontifiquei a lavar toda a louça, mas ela não deixou, falou que era para mim tomar um banho que Priscila lavava tudo.

__ Tem certeza?__ Pergunto, mas uma vez.

__ Vai me ajudar sim!__ A Priscila não gostou da ideia.__ Ôooo mãeee! Carolyna foi a quem mais comeu e eu que fico com a louça?!

__ Priscila! Carol é visita, a primeira vez que ela vem em nossa casa e é assim que ocê que ela seja tratada?? Deixa a menina descansar!

Foi até engraçado dona Adriana com cara de brava com a Priscila e sorrindo para mim e a Priscila já extrapolou os níveis de indignação pelo sua cara.

__ Estou cansada mesmo.__ Faço uma cara de cansada para dona Adriana e Priscila solta ar em indignação.

Quando é com ela é ruim, não é mesmo Priscila? Seu passa tempo preferido é me irritar, só estou dando o troco.

__ Pode ir minha filha, o Banheiro é naquela direção.__ Ela aponta para onde tenho que ir e eu vou, mas antes pisco o olho para Priscila e ela me mostra o dedo do meio, tudo isso sem sua mãe vê.

[...]

Agora deitada e depois de um banho, estou me arrependendo de ter comido tanto, estou cheia, literalmente.

Priscila entra no quarto me tirando dos meus pensamentos.

__ Que imagem linda, ocê descansando e eu sofrendo, zero consideração com alguém que cê diz amar.

Dou risada com seu comentário.

__ Sou visita.

__Me poupe Carolyna.

Ela realmente está brava?

Me aproximo dela, que ela sentada na beira da cama.

__ Ficou brava?__ Pergunto e beijo seu ombro.

__ Não.

Pelo seu tom de voz na resposta, é claro que sim e isso me faz rir.

__ Para você ver como é ruim.__ Abraço ela e a envolvo com as minhas pernas.

Ela me empura, mas eu a seguro.

__ Ha ha ha, minha brincadeiras são inofensivas.

__ Vou nem listar.

Priscila rir.

__ Tudo bem.__ Se diz por vencida, ela inclina a cabeça e junta nossos lábios em um selinho.__ Vou tomar um banho.

Ela levanta, mas volta depois de um tempinho e se deita ao meu lado.
Priscila passa a perna em cima de minha e ja é automático a gente se junta como se fosse uma só.

Soninho da tarde, abraçada com o meu amor era tudo que eu precisava, antes de enfrentar meus medos e paranoias.

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