Capítulo 28

907 76 14
                                    

PRI

Por mais que a conversa com a Luiza não tenha me dado esperanças de nada, eu não podia ficar de braços cruzados e esperar um milagre, fui atrás da Carol.

Não vou descansar até conseguir fazer ela enxergar tudo e dessa vez serei sincera.

Mas antes atendo a ligaçõe da Amanda.

__Finalmente!__ Ela fala assim que atendo.

__ Oi Amanda, estou no trânsito.

__ Priscila pelo amor de tudo que seja mais sagrado, me explicar o que está acontecendo!

__ Amanda depois eu te falo.__ Desligo assim que falo.

Não estou com cabeça para me explicar para ninguém que não seja a Carol.

Ao chegar em seu prédio, vou em direção a portaria.

__ Boa tarde.__ Falo ao porteiro ao chegar no portão.

__ Boa tarde.__ Ele responde.

__ Vou subir.__ Aviso para que ele abra o portão, o que é estranho, nunca preciso avisar.

__Priscila desculpas, mas Carol pediu para não deixar você subir.

Ah não! Não pode ser!

__ Não, eu preciso subir!__ Falo.

__ Mas não posso deixar!

Meu coração começa a bater uma sensação de desespero.

__ Por favor, eu juro que não vai acontecer nada demais, só precisamos conversar, deixa eu subir?__ Imploro.

__ Priscila mil desculpas, mas é meu trabalho, não posso, ontem dona Fernanda já recebeu diversas reclamações por conta do barulho, então se a Carol pediu para não deixar você subir é para evitar que mais confusões sejam geradas.

__ Mas não vai ocorrer confusões, eu prometo!

Meu coração já não aguenta mais, ela não quer me ver!

Mando mensagem para ela, sei que ela não vai me responder, mas quero pelo menos tentar.

Mensagem

Me deixa subir__
Por favor__
Meu amor__
Não faz assim__
Precisamos conversar__
Carolyna, por favor!__
...

Mando dezenas de mensagens, mas todas não foram respondidas.

__ Por favor deixa eu subir!__ Peço mais uma vez ao porteiro.

__ Não posso!

Tento não chorar mais é inevitável, porquê Carolyna, Porquê não quer me ver?

__ Por favor...

__ ô menina não chora, só estou fazendo isso porque é meu trabalho, se ela pediu eu não posso deixar.__ Ele diz.

__ Deixa ela subir.__ Escuto uma voz distante, Malu? Me viro e realmente é ela, Malu Neves.__ Pode deixar ela subir.__ Ela repete se aproximando da portaria.

__ A Carol pediu para que...

__ Eu sei o que a Carol pediu, mas deixa ela subir, não tem problema, eu falo para a Carol que foi eu pediu para o senhor deixar.__ Malu fala.

__ Malu não acho que seja uma boa ideia__ O porteiro diz.

__ Confia em mim, eu prometo que não vai haver reclamações, então deixa ela subir.__ Malu fala mais uma vez.

Tento me acalmar e respiro fundo para segurar o choro.

__ Tudo bem.__ Ele diz aí da meio receoso.__ Se vou ligar antes para dona Fernanda.

Danda, não sei o que ela está pensando de mim, possa ser que ela sinta que estou certa, mas também pode está me odiando.

__ Ela vão deixar.__ Malu me diz.

Assim desejo.

Em questão de minutos o porteiro aparece na janela da portaria.

__ Ela disse que você pode subir.

Obrigada Danda! Meu coração se enche de esperanças.

__ Obrigada, obrigada!__ Falo agradecida a ele, me viro e falo a Malu__ Obrigada Malu, muito obrigada!

Malu segura minhas mãos.

__ Conversa com ela, mas calma, pode ser que não seja agora que tudo vai ser resolvido, mas pelo menos deixe tudo claro e não esconda nada, seja franca Priscila.__ Malu me diz.

Faço sinal de positivo com a cabeça e a ela sorrir me encorajando.

Não perco mais tempo e me direciono ao apartamento dela.

CAROL

Não sei se estou preparada para enfrentar tudo isso, eu sei que estou sendo covarde.

Evitei olhar no celular, porque sabia que teria mensagens dela e o que não fosse mensagens dela, seriam relacionadas a ela.

A campanhinha da porta toca, Malu, é a única pessoa que estou esperando.
Levanto e vou em direção a porta, a campanhinha toca mais uma vez.

__ Calma.__ Falo abrindo a porta.__ Não precisa... Priscila?

Meu coração acelerou forte quando a vi, não esperava, além do mais pedi para que o porteiro não deixasse ela subir.

__ Deixa eu entrar?

Seu semblante é péssimo, dá para perceber as marcas que foram deixadas em seu rosto por conta de ontem. Se ao vê-la meu coração acelerou, agora ele está apertado.

__ Priscila...

__ Carolyna só vamos conversar, eu juro que te explicarei até o último detalhe.__ Ela diz.

Eu não tenho escolha, uma hora ou outra essa conversa teria que acontecer.

__ Entra.

Priscila faz o que eu digo, fecho a porta e um silêncio reina, o clima é pesado, ela parece que criar forças para falar e eu preciso de forças para escutar.

__ Desculpas...__ Ela quebra o silêncio.

Desculpas? Ela já me pediu desculpas ontem, preciso de respostas e não de desculpas.

Preciso entender os motivos que levaram a tudo isso acontecer.

__ Priscila preciso que você vá ao ponto.

Não quero ser rispida, mas não consigo, porque ao mesmo tempo que sinto sua falta quero resolver tudo e abraça-lá, sinto raiva e não quero mais ter contato.

__ Amor...__Ela ponhe a mão no rosto.__ Eu vou te explicar, mas parece que não tenho forças para falar.

__ Então porque veio Priscila?! Se não tem forças para falar, era a melhor não ter vindo! e melhor, quem deixou você subir?__ Não sei como estou conseguindo falar essas coisas sem chorar.

Priscila tira as mãos dos rosto, seus olhos já estão cheios de água, olhos para os lados para não me a bater em vê-la nesse estado é difícil encará-la assim.

__ Malu...

Era de se esperar.

__ Agora não importa mais, se veio até aqui fale o que tem para falar!

Priscila respira fundo e eu engulo todo choro que vem vindo em minha garganta.

__ Carolyna, não sei se cê vai acreditar em mim, espero que sim, mas tudo que vou contar é a mais pura verdade, te contarei tudo desdo início para que cê entenda que meu problema com Luiza era maior do quê eu te contei.

Dopamina² Onde histórias criam vida. Descubra agora