Capítulo Vinte e Oito: Maldito

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Por motivos óbvios, deixamos de fora a parte que plantamos informações para Apolo

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Por motivos óbvios, deixamos de fora a parte que plantamos informações para Apolo. Afinal, acho que Dionísio não gostaria nada de saber disso.

Enfim, contamos que suspeitamos de Roger ao ver ele saindo para o lado contrário de onde a festa acontecia, e ao perceber um carro estranho parado logo próximo ao portão de trás onde Roger tentava abrir. Contamos que o homem soltou o plano inteiro quando pressionado, que acreditamos que ele iria para o carro pegar o veneno, já que ele foi revistado para entrar na festa, e voltaria na surdina para executar seu plano, falamos até da parte de levar Sienna e Kiara para o cativeiro para Apolo fazer Deus sabe lá o quê.

— Esse filho da puta queria nos matar e pegar minhas filhas! — diz Elias com um ódio que eu presenciei poucas vezes.

— Nunca imaginei que ele fosse chegar a esse ponto. — diz Dionísio visivelmente abalado.

O silêncio se instaura no ambiente e todos estão perdidos em seus próprios pensamentos, até que Dionísio quebra o silêncio limpando a garganta.

— Eu sei que fizemos um acordo, e sei que eu não tenho o direito de pedir isso, mas eu preciso tentar mesmo assim... minha mãe nunca me perdoaria se eu não tentasse...

Eu sabia que vinha alguma coisa que eu racionalmente não gostaria de ouvir, e que a parte sanguinária do meu cérebro odiaria. Mas eu precisava ouvir o que ele tinha a dizer, afinal, ele era irmão de Apolo, e era ele que lidaria com a repercussão dessa morte entre seus familiares.

— A vida dele não é negociável — diz Elias com um tom sombrio.

Kiara se levanta e encara o rosto do pai, assim como vejo que Sienna fez o mesmo. Talvez as meninas nunca tenham visto o pai desse jeito. Nunca tivessem visto o capo por trás do pai delas.

— Papai, mas... — Sienna fala tentando intervir.

— Não Sienna! — ele responde olhando para a filha mais nova — Ele teve a audácia de pisar em nosso território e ia tentar nos matar! Ele levaria você e sua irmã! E dessa vez, não teria ninguém para salvá-las.

Eu ouço o corpo de Kiara estremecer sobre o meu ao ouvir a declaração do pai, e eu aliso suas costas tentando passar tranquilidade. Talvez para elas duas, que não vivem o dia a dia da máfia como nós, esse tipo de coisa não precisaria ser resolvido dessa maneira. Mas elas felizmente não sabem os tipos de coisas que mulheres como elas poderiam sofrer nas mãos dele. Ou coisas que ele seria capaz de fazer com nossas mulheres e crianças, e conosco também, por puro despeito.

— Seu pai tem razão, agápi mou. — concorda Dionísio com os olhos cheios de lágrimas contidas — Apolo procurou por isso, e mesmo que ele seja meu irmão, e eu não possa dizer que estou feliz por isso, ele mexeu com pessoas poderosas quando incluiu os Ferraro e os Págamo nessa história. — ele limpa a garganta enquanto entrelaça suas mãos com as de Sienna e continua a dizer — Eu sei que ele precisa morrer, eu entendo. Mas eu gostaria de pedir que fosse rápido, e que fosse eu quem fizesse isso.

Mia Bella, SurpresaOnde histórias criam vida. Descubra agora