Amon é o terceiro filho de Matteo Ferraro, e foi criado por seu pai sabendo quais eram os seus deveres para com sua família. Amor, respeito e lealdade era tudo que os Ferraro devem honrar. E era por isso que ele tinha como objetivo pessoal não mistu...
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Eu acho que é verdade aquela máxima de que entendemos mais as pessoas quando passamos pelas mesmas situações que elas.
Obviamente, eu nunca tinha sido pai, e muito menos tido a experiência de ter a mulher que eu amo grávida. E agora, mais que nunca, eu entendo porque Magnum ficava louco, e muito chato, quando Fiorela estava grávida.
Meu Deus. É tão estranho, e enlouquecedor, a sensação de saber que tudo de mais importante e precioso da sua vida está concentrado em uma mulher e dois serzinhos minúsculos que estão crescendo dentro dela, sim, são dois bebês. Se eu não sou o homem mais sortudo desse mundo, eu nem sei o que eu sou. A vontade de cuidar de Kiara e protegê-la de tudo e todos é algo quase incontrolável.
E por mais que nós tenhamos ido numa consulta assim que descobrimos a gravidez e a médica tenha dito que Kiara já estava de 10 semanas, ou seja 2 meses e meio, e que os sangramentos anteriores eram escape e não menstruação como nós achamos, e que mamãe e bebês estão perfeitos, disse ainda que provavelmente na volta da viagem já consigamos descobrir o sexo dos bebês. E meu Deus, eu não consigo pensar em nada além de poupá-los e protegê-los de tudo ao redor.
— Amon! Pelo amor de Deus, eu estou grávida e não morta! — Kiara diz brigando comigo por que eu não quero que ela fique muito tempo de pé, enquanto estamos esperando o jato que nos levará até o nosso primeiro ponto de viagem, Sássari.
— Mas você tem que descansar, está carregando duas crianças! — eu digo.
— Amon, eu vim sentada no carro até aqui, e andei trezentos metros para chegar até essa sala. Não preciso sentar, e eles estão ótimos! — ela diz irritada, o que para a sorte, ou azar dela, a deixava extremamente sexy.
— Você fica tão linda brigando comigo... — implico.
Ela tenta segurar a cara de brava mas logo deixa escapar um sorrisinho quando eu a puxo contra meu peito.
— Você é um patife, um grande cara de pau! — ela diz sorrindo.
Logo o jatinho chega e seguimos viagem. Eu já estava a tempos querendo viajar somente eu e ela. E apareceu essa oportunidade. Além disso, eu gostaria de surpreendê-la de um jeito que ela nunca esqueceria, então combinei com a nossa família algo que ela nem imagina. Estou a levando na verdade para o nosso casamento junto com a lua de mel e a tal da baby moon que é a lua de mel antes dos filhos chegarem, tudo ao mesmo tempo.
Devido a gestação, eu não posso fazer a surpresa do jeito que eu imaginava, vou ter que contar para ela antes mesmo de chegarmos até o local, até porque não seria bom nem para ela nem para os bebês uma surpresa desse porte, não saberia sua reação, ou se talvez ela poderia passar mal por algum motivo, enfim, melhor não arriscar. Então, eu tomo coragem, e digo:
— Pequena, o que você acharia de casarmos logo?
Ela me olha com os olhos brilhantes, e passando as mãos pela barriga que agora está começando a aparecer, diz:
