Capítulo Oito: Mais tarde nós conversamos. A sós.

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Eu não sabia o que estava acontecendo e isso era a pior coisa do mundo para mim nesse momento

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Eu não sabia o que estava acontecendo e isso era a pior coisa do mundo para mim nesse momento. Estar trancada em um quarto de hotel, sendo altamente vigiada sabendo que minha irmã está em Deus sabe lá aonde e que Amon também está exposto na rua sozinho me deixa perturbada.

Eu já estava cansada de andar de um lado para o outro esperando por notícias, já faziam duas horas desde a última atualização de Amon. Como não tenho experiência com essas coisas, não tenho ideia se isso é muito ou pouco tempo. Para mim, muito, definitivamente.

Meu celular toca em algum lugar, e quando olho no telefone, meu coração acelera por nenhum motivo aparente. Apenas um número desconhecido aparece na tela e eu me questiono se devo atender ou não.

Resolvo atender.

— Alô, quem fala? — digo.

Uma música alta tocava ao fundo, as batidas pareciam de música eletrônica. Será que a pessoa estava em uma festa? Com certeza deve ser uma ligação por engano. Eu estava prestes a desligar o telefone quando ouço um ruído diferente.

— Se quiser informações da sua irmã, Kiara, apareça na boate Olympus em meia hora. Vá sozinha e use o presente. — uma voz masculina fala.

Antes que eu pudesse falar alguma coisa, questionar algo, a pessoa desligou.

Que merda.

Quem era? Como essa pessoa tem meu número? Como sabe que estou procurando minha irmã? Que presente?

Nesse momento a campainha toca. Que merda é essa?

Eu fico receosa se devo abrir ou não. Será que alguém passou pelos seguranças?

Com o celular na mão já com o número de Amon a postos, vou até a porta e olho pelo olho mágico. Tudo parecia normal, exceto pelo fato de Douglas estar carregando uma caixa grande nas mãos.

Eu abro a porta, vendo que tudo estava normal e que os homens estavam bem e ouço Douglas dizer:

— Senhorita Págamo, o senhor Amon mandou isso para a senhorita.

Amon? Eu definitivamente saberia se aquela voz ao telefone fosse dele, e eu sabia que não era. Então, uma dúvida surge em minha mente. Como essa pessoa sabia onde eu estava, quem eu era e quem era Amon?

Aí que merda. O que eu faço?

A pessoa parece saber muito sobre nós a ponto de saber onde estamos, quem eu sou, quem Amon é, o que estamos procurando.

Eu prometi a Amon que não sairia sem ele. Eu devia avisar a ele, eu sei. Mas eu também sei que nunca ele deixaria eu me expor e ir sozinha sem ele para tentar alguma coisa. Além do fato de que se esse homem sabe de tudo isso, ele saberia se eu não fosse sozinha.

Sei que não é nenhuma pista sólida, mas eu não poderia arriscar a deixá-la passar.

Então estava decidido: eu vou.

Mia Bella, SurpresaOnde histórias criam vida. Descubra agora