— Por que aquele cara tá de salto alto?
Taiju só agarrou meus ombros com um braço, me deixando muito perto dele.— Assunto pessoal, nem pergunta, é estranho pra caralho — Ele diz baixo no meu ouvido.
Tá, pulei pra caralho o que aconteceu no meu apartamento. Na real, é que não aconteceu tanta coisa assim, vamos ao Flashback :
— Tá olhando o que? — Esse desgraçado percebeu como eu estava babando, não me orgulho disso — prefere que eu pare de atrapalhar você com a toalha?
— NÃO! — Dei um gritinho, segurando o pulso dele, dá pra acreditar que ele estava desenrolando a toalha da cintura?
Meu coração palpitava tanto que eu acho que eu seria capaz de desmaiar por hiperirrigação.
Meu rosto ficou tão perto dele e ele estava com tão pouca roupa que eu estava perdida, sufocada mas definitivamente não sentia vontade de buscar mais ar, as minhas mãos ainda apertaram os pulsos dele, foram se afrouxando, nossas bocas estavam próximas de novo quando de repente a porra de um celular começa a tocar muito alto!
Eu não entendo a necessidade que o Taiju tem em simplesmente ter tudo de mais chamativo e estridente possível, ele é muito alto, os cabelos dele são muito coloridos e rebeldes, ele tem muitas tatuagens, a moto dele faz muito barulho, ele anda muito rápido, o uniforme dele dá gangue é o mais chamativo, ele é muito agressivo, muito bonito, muito forte... Essa porra toda.
Dá pra notar quantas vezes eu citei a palavra "muito"? Ela até parou de fazer sentido na minha cabeça!
Mas é isso, tudo nele é muito estrondoso e notável... O que me deixa sufocada às vezes, e olha que eu lido com ele a poucos dias... A intensidade desse cara me deixa perdida, eu queria muito conhecer o micro... Sabe, geralmente quando as pessoas são tão intensas, elas escondem algo... Eu sinto que ele esconde também.Depois disso a gente só se arrumou mesmo.
Não me pergunte como eu andei de moto com aquele vestido.
Chegamos em uma boate... Parecia mais um inferninho muito caro, tinha muito homem, muita bebida e muita puta.
— Vão acabar me confundindo aqui — falo enquanto estamos andando até um dos camarotes.
— Me fala se isso acontecer, eu quebro os dentes de quem for engraçadinho de tentar — Eu senti ele apertando meus ombros cada vez mais forte enquanto falava isso.
— Mas e se me oferecerem muito dinheiro? — dei uma mordidinha em meu lábio inferior pra conter o sorrisinho.
— Eu dobro — ele diz com mais simplicidade do que eu esperava.
— Resposta certa — Seguro a gola da jaqueta dele, puxando o homem pra baixo e beijo sua boca.
Ele ficou um pouco travado por alguns instantes, me fazendo sorrir ao me afastar, sempre esqueço que ele é mais novo!
— Vou beber alguma coisa, não arruma briga — faço um carinho no rosto dele e me afasto logo depois.
Eu desfilava naquele lugar, eu disse que parecia um inferninho e tal, mas de certo modo é o que você esperaria ver se o diabo abrisse uma boate em Tokyo. A iluminação, bebidas caras e gente fazendo tudo de errado.
O bar era o ponto mais iluminado e visível daquele lugar, imagino que deve ser meio difícil fazer uma bebida sem enchergar, eu me apoiei no balcão e pedi algum bagulho simples, eu acho que era vinho... Eu só apontei.
— Boa escolha... — Alguém diz do meu lado, quase me fazendo dar um pulinho.
Era um garoto que realmente parecia ter ali seus 17 ou 18 anos, cabelos pretos totalmente penteados pra direita e brinquinhos na orelha. Ele estava com o uniforme da Black Dragons mas estava aberto, o que deixava ele exibir uma camisa preta de gola alta bem trabalhada.
— É... Eu sou ótima escolhendo coisas, no geral — digo sem dar muito mais importância, estendendo minha mão e pegando a taça que foi servida pra mim muito rápido.
— Você é namorada do Taiju? — ele perguntou deslizando seu dedo indicador pela borda do próprio copo.
— Definitivamente não — Digo imediatamente, aquele maluco só se apresentou como meu namorado pros outros pq eu fui pamonha demais pra negar.
— Isso é um alívio — ele suspira e ajeita o casaco — eu teria que te dar um aviso terrível se fosse verdade.
Legal... Agora eu tô preocupada.
— Que tipo de aviso? — dou uma risadinha pra disfarçar, enquanto isso ajeitava delicadamente a franja do meu cabelo. Já perdi o Taiju de vista a um bom tempo.
— Vem comigo e eu vou te explicando sobre... — ele foi indo na direção de umas escadas iluminadas em um tom amarelado, pelo menos da pra ver que elas existem — o Taiju é um homem de fé, acho só de sair com ele é algo que dá pra notar.
Ele continua andando, vai tendo cada vez menos pessoas e o som fica mais baixo também.
— É acho que dá sim — bebo um gole do meu vinho, acho que tô ficando meio tensa, isso é o efeito completamente contrário do vinho!
— Longe de mim falar algo contra o nosso comandante, mas ele é o diabo na terra... Em todos os sentidos — chegamos a uma espécie de sacada que deixava que víssemos toda a pista e os camarotes, ele se apoia no guarda-corpo com os cotovelos — Não conhece muito de amor ou respeito, as garotas que já tiveram algo com ele tem a fama de serem traumatizadas... Ou tratadas como lixo... Ou os dois, é difícil dizer o veneno.
Eu estava meio chocada, isso era tão explícito pra alguém? O Taiju é realmente alguém tão horrível?
Tudo bem, isso concorda plenamente com os testemunhos da Yuzuha e do Hakkai... Mas... Eu sinto como se não estivesse falando da mesma pessoa.— Entendi, ele é uma pessoa ruim e clássica? — eu consegui respirar fundo e me apoiar ali ao lado dele, mas eu estava procurando aquele cara no meio das multidões.
— Nada nele é clássico, eu acho, além da fé... Mas acho que até nela ele acredita de um jeito diferente — ele olha pra mim e delicadamente aproxima seus dedos do meu cabelo, afastando do meu rosto. — Foi você mesma naquele dia... Eu pensei que nunca mais ia ver a sua cara.
— Então você tava junto com o Taiju naquela palhaçada? — falei bem insatisfeita, meus olhos ainda estavam passando por toda aquela maldita festa, já estava ficando nervosa por não ver o Taiju em canto nenhum.
— Eu só estava seguindo ordens, mas você fez questão de me apagar — ele da uma risada, eu não estava entendendo muito o rumo dessa conversa quando os dedos dele cobertos por uma luva que só tinha dedos no indicador e anelar, toca a delicadamente meu pescoço, descendo na direção de minha clavícula.
— Eu não quero lembrar diss— eu estava falando quando senti uma pressão na parte de trás do meu corpo, tinha estendido minha mão para segurar o pulso dele, mas alguém me segurou antes
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Você é problema meu - Taiju Shiba
Fanfiction"Eu amo os meus irmãos, mesmo que não pareça, eu os amo. Eu sei que sou destrutivo, e por isso me aproximar de você é tão difícil" Ela é esquentada e ele também, quem poderia ceder primeiro?