As minhas manhãs geralmente são uma merda, por uma caralhada de razões, mas hoje foi um pouco melhor.
Quando eu fui pra escola eu só queria acabar logo, a escola é sempre um saco, pode não parecer tanto assim mas eu tenho ótimas notas
— Kokonoi — Chamo o baixinho enquanto estalo os dedos na hora da saída.
— O que foi, Taiju? — Ele perguntou com a voz de pressão baixa de sempre.
— Eu quero que descubra em qual faculdade Mizuki Yachimari estuda, eu quero saber antes das seis — Digo bem seriamente enquanto vou tirando a camisa no estacionamento. Eu detesto essa peça em específico, é uma merda, prende o braço, um troço horrível.
— Quem é esse cara? — ele perguntou com um sorrisinho, só colocando o uniforme da gangue por cima da roupa da escola.
— Não é um cara — falei isso enquanto batia nos bolsos pra achar a chave da minha moto.
— É mais uma mulher que você quer bater? — a calma que ele dizia isso me fez questionar de quantas vezes eu dei essa ordem.
— É soletrando, porra? Show do milhão? Pião da casa própria? — já estava meio sem paciência pra esse monte de pergunta enquanto não achava a porra da minha chave.
— Foi mal — ele diz levantando as mãos enluvadas — eu só queria ter mais alguma coisa pra facilitar a minha vida né.
Ele estala os próprios ombros.
— ela tem cabelo vermelho, olhos pequenos é dessa altura aqui — indico ali mais om menos a altura do fim do meu peito, começo do abdômen ali
— Aquela que me nocauteou aquele dia do nada? — puta que pariu, ele lembra disso?
— ela mesmo — Finalmente achei a porra da chave!
— E você não quer bater nela? — Deus que me perdoe, mas eu tô muito querendo bater em você agora.
— Já falei que não, merda — falo montando na minha moto — descobre antes das seis hein.
— Você vai me tirar da comemoração só pra achar uma garota? — ele parecia meio cansado. Vai rolar uma festa na boate mais tarde e eu tinha planos.
— Se você achar ela antes das seis pode ir pra festa tranquilamente — Suspiro e ligo a moto — basta ser competente.
Dito isso, agito um maço de notas na frente do nariz dele, o fazendo sorrir como uma criança na sorveteria à quilo.
— Pode deixar — Ele diz após pegar o bolo de notas da minha mão, já contando.
Antes das quatro da tarde esse filho da puta já tinha me mandado a faculdade certinha. Ele com motivação é um ótimo ajudante.
Mas eu sempre me preocupo com isso, ele ligar muito pra dinheiro é uma faca com dois gumes muito afiados, Judas se vendeu só por três moedas de ouro.Mas eu tava na frente daquela faculdade as seis horas, eu já tinha dado uma olhada no que era preciso pra passar e estudar aqui, as notas eram altas e você não imagina alguém que dorme com um pijama daquela gata sem boca e pacto com Satã estuda aqui.
Nem demorei muito pra ver ela aqui, o cabelo vermelho chama uma atenção fudida principalmente no pôr do sol... O que não me deixou feliz foi ver ela conversando com uns machinhos, não tinha dois gramas de testosterona no corpo desses CDF dos infernos, o que ela tava fazendo falando com essa gente?
O maluco de ÓCULOS rindo com ela... Onde que esse mundo vai para né.Mas eu só esperei ela chegar no portão e acabar com essa graça.
— Yachi-chan — cheguei super íntimo, passando meu braço ao redor dos ombros dela enquanto olhava "amigavelmente" pra aqueles nerds de merda que estavam com ela.
— Taiju? — ela olha pra mim e depois para os amigos umas três vezes bem rápido.
— Yachi-senpai — um nerdzinho de merda de óculos e cabelo castanho fala com a voz tremendo, igual um frouxo do caralho — Quem é esse homem?
— Namorado dela — eu interrompo antes mesmo dela abrir a boca.
— Não é... — ELA AINDA TÁ TENTANDO DESMENTIR?
— É sim — vou puxando ela pelos ombros — chega perto de novo e eu quebro seu pescoçinho
Dou um tapinha no ombro do nerd que teve a coragem e a audácia de teimar comigo e dirigir a palavra.
O problema foi quando eu fiquei sozinho com ela.
— Você tá maluco? — ela perguntou batendo em mim igual mãe, em sílabas sabe? — cheirou pó?
— para de me bater! — digo tentando me esquivar, mas ela era expert em acertar na minha cabeça e ombros. Que porra!
— Eu sei que não tá doendo, é pra doer no seu ego! — ela continuou me acertando. Realmente não tava doendo, mas essa cena é no mínimo patética.
— Me deixa em paz, sua vadia maluca! Eu hein — fudeu, eu tentei segurar a mão dela.
Eu sinceramente achei que ia ofender falando assim, mas os lábios dela tremeram um pouco em uma risada.
— Vadia maluca é você! Sua puta, desgraça — no "desgraça" ela já tava rindo e tinha apoiado o topo da cabeça no meu peito.
Os cantos da minha boca também se inclinaram um pouco pra cima.
— O que tá fazendo aqui? — ela perguntou como se finalmente tivesse se dado conta disso — eu não lembro de ter te contado que estudava aqui.
— Não precisa, um amigo meu descobriu isso pra mim — falo com simplicidade.
— Você contratou um stalker pra mim, seu maluco? — ela perguntou com uma expressão de choque.
— Que porra é stalker, mulher? — ela e a Yuzuha acham uns termos meio inglês que eu não entendo!! Merda, eu falo inglês funcional, não giria! — eu não contratei nada, eu só queria descobrir.
Levanto meus ombros.
— Tá, seu mafioso esquisito — ela revira os olhos e faz um gesto apressado com as mãos — me conta logo o que você quer, Taiju Shiba.
Seguro ela pela cintura e dou um sorrisinho
— Vai comigo em uma festa hoje? — digo com nossos rostos bem próximos, ela era tão leve que eu nem notei que seus pés quase não tocavam o chão.
— Eu não tenho nem roupa pra um negócio desses, Taiju — ela tenta me empurrar mas eu a mantenho por perto.
– Não tem problema, a gente compra saindo daqui — Falo com simplicidade. Não é como se fosse um sacrifício abrir a carteira.
— Se é assim, pode ser — ela segura meu rosto e beija minha boca com vontade.
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Você é problema meu - Taiju Shiba
Fanfic"Eu amo os meus irmãos, mesmo que não pareça, eu os amo. Eu sei que sou destrutivo, e por isso me aproximar de você é tão difícil" Ela é esquentada e ele também, quem poderia ceder primeiro?