CASADOS

Sarah

Não acreditava que aquele louco estava propondo uma orgia bem ao estilo greco-romano.

Como uma pessoa sã e com padrões mínimos de conservadorismo sabia que era loucura, porém a escritora hot que habitava em mim e a mulher que estava vivendo experiências incríveis desde que chegou a ilha, pelo menos no quesito sair da rotina no casamento, queria muito experimentar.

Jason chamou o Gabriel e mais alguns convidados para se aproximar, oferecendo a eles servos que estavam ao seu redor para a satisfação dos seus amos e acompanhantes, pois era fato que as companhias podiam entrar na brincadeira.

Gabriel me olhou me dizendo muita coisa, desde que os nossos planos teriam que ser um pouco adiados até a pergunta se eu estava bem com o que aconteceria a seguir.

Sorri de canto e deixei que minhas feições demonstrassem que confiava nele para decidir o que viria em seguida.

Agradeço aos anos de casada e uma parceria digna das melhores duplas do cinema para que a nossa comunicação pudesse acontecer sem nem uma palavra sendo dita. E quando Gabriel estendeu a mão para a moça que estava de joelhos aos seus pés percebi que os jogos tinham começado e a excitação corria pelo meu sangue por imaginar a cena que poderia se desenrolar.

Lembro que escrevi algo parecido em um dos meus livros, imaginando como Gabriel agiria no papel do mocinho, será que tinha acertado na descrição ou ele me surpreenderia? Como nunca tinha lido nenhum dos meus livros, com toda certeza o que ele faria a seguir seria uma surpresa para nós dois.

Começou um desenrolar pela festa com cada um dos presentes oferecidos por Jason sendo usados de forma proveitosa.

Grupos, indivíduos, casais se acomodavam em qualquer lugar e começavam a deixar acontecer o que aquele lugar oferecia de melhor, as nuances perfeitas do sexo. Porém, minha atenção não estava em nenhum deles, e sim, no meu marido e o que ele faria a seguir.

Gabriel estendeu a mão para a garota, fazendo com que se erguesse do chão e parando de costas para ele.

De uma maneira muito natural se encostou a ela e como a garota estava com os seios a mostra, olhando em minha direção ele suavemente começou a passar as mãos por eles e com a ponta dos dedos dava pequenos beliscões arrancando suspiros dela.

Eu observava os dois, porém Gabriel se prendia a mim, transformando a garota em apenas uma ferramenta para o nosso uso. A mão dele invadiu a pequena saia de escrava romana que ela usava tomando o seu sexo, pensei em correr e me oferecer para ficar no lugar dela, pois queria que o foco do meu marido estivesse sempre em mim.

Quando ele me estendeu sua outra mão em um convite mudo para que me juntasse a festa, pensei em expulsar a garota, porém, por que não continuar a fazer dela o instrumento que acenderia um lado nosso que nunca desfrutamos?

Cheguei perto e olhando bem em direção aos lábios do meu marido fazendo com que ele tivesse a sensação de que fosse beija-lo o surpreendi beijando a garota. Nunca beijei uma mulher na minha vida, tinha plena convicção de que era hétero, mas o sabor do pecado de estar beijando uma mulher na frente do Gabriel me excitou muito e creio que a ele também, pois sua mão continuou a estimular a menina ao mesmo tempo em que a sua outra mão ficava na minha nuca do mesmo jeito de quando nos beijávamos.

Caramba, não conseguia acreditar que aquele tipo de cena pudesse me excitar como estava acontecendo, mas estava acontecendo.

Já descrevi diversas vezes nos meus livros cenários semelhantes usando apenas da imaginação, jamais esperei que vivencia-lo seria tão bom.

A mão de Gabriel desceu pela minha nuca tocando a minha pele, ou melhor, a fina malha do vestido chegando até o bordado que cobria minha bunda e lá descansou, ou melhor, apertou me apalpando de um jeito que mantinha minha loucura e excitação na escala correta do termômetro.