Sarah

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Quando saímos do quarto e encontramos com o casal que deixava o quarto próximo ao nosso, pude ver a maneira que se vestiam e agiam e somando a informação das excentricidades de que Jason gostava em suas festas percebi que precisaria jogar fora qualquer restrição se quisesse que acreditassem no nosso disfarce. Além do que seria uma boa experiência para o próximo romance, não podia esquecer.

Continuei a confirmar minhas suspeitas quanto as diferenciais de Jason ao perceber pela cara do empregado quando Gabriel disse que queríamos observar o que poderia acontecer. E ao entramos na pequena cabine na varanda da mansão fechada na frente por espelhos daqueles de interrogatório policial, comprovou que o funcionário acreditou que éramos fãs de voyeurismo e nos acomodou no ambiente apropriado.

Ao ficarmos a sós percebi o quanto aquela situação mexia com Gabriel, porém não seria nada bom que ele fosse antiquado, portanto como também tínhamos que interagir com os demais se quiséssemos cumprir o que viemos fazer. E assim, tive uma ideia assim que percebi para que servia o botão no pequeno entre as poltronas.

Como peguei Gabriel desprevenido foi fácil beijá-lo de um jeito bem ousado. Quando nos afastamos estávamos sem fôlego.

- Amor – disse Gabriel, rouco de tesão.

- Não sei se reparou, mas algumas das pessoas na piscina são da alta sociedade, brasileira e estrangeira, temos que chamar a atenção e interagir, podem ajudar na nossa fuga – disse próximo aos seus lábios.

- E como pensa em chamar a atenção? – perguntou.

Sorri para ele e colocando a mão para trás abri o fecho do biquíni e de forma sexy o tirei do corpo. Mordi o lábio inferior e voltei a beijar o meu marido, afinal ele precisava de distração para esquecer as pessoas que agora nos olhavam.

Felizmente o Gabriel entrou no clima e os sons que vinham das cabines nas laterais a nossa e também da própria piscina aumentavam a excitação.

- Tem certeza? – perguntou próximo aos meus lábios quando nos afastamos.

- Temos que entrar no personagem se quisermos sair vivos. E depois pode ser uma excelente saída da rotina – sussurrei.

Ele apenas sorriu meio de lado, um jeito sexy e malvado que sempre me excitou, porém se perdeu ao longo do nosso casamento.

Gabriel colocou a mão na minha nuca e me puxou em direção ao seu rosto, beijando meus lábios em seguida.

Mas não foi um simples beijo, o erótico e o tesão implícitos nele me deixou molhada como há muito tempo não ficava, suas mãos desceram pelo meu pescoço e seus dedos seguiram pela minha coluna e invadiram a única peça de roupa que restava.

Suspirei realmente excitada e tomei coragem para fazer algo que fiz muito pouco no nosso casamento...

Afastei o suficiente de Gabriel para descer pelo seu corpo, entre beijos e mãos que roçavam em cada centímetro do seu corpo, levando a esquecermos completamente de onde estávamos e deixamos que o momento simplesmente acontecesse. Cheguei ao seu sexo. Provoquei-o com pequenas mordidas e sem esperar pelo Gabriel liberei o seu pau de dentro do short.

Devo dizer que ele já estava bem ligado na brincadeira. É, os anos podiam passar, mas ainda sabíamos o que levava o outro a loucura, só precisávamos sair da rotina e aquele fim se semana suicida estava ajudando bastante por mais louco que fosse pensar assim.

Não era a primeira vez que fazia um boquete no meu marido, mas aquele tinha sabor especial, talvez pela sensação de pecado que estávamos vivendo.

Sentir o gosto dele, saborear o seu membro como uma iguaria especial estava me deixando tão molhada quanto se Gabriel estivesse me provando.

Quando percebi que ele estava prestes a gozar parei tudo que fazia, deixando Gabriel com dificuldade para respirar. Mas a minha pausa não foi por muito tempo, o suficiente para que arrancasse o biquíni e montasse nele colocando o seu pau dentro de mim.

- Amor – suspirou Gabriel embriagado com o tesão que nos dominava.

Que bom que ele não disse o meu nome, pois não queria correr o risco de que nos ouvissem.

Tomei sua boca e Gabriel com as mãos no meu quadril ajudava no movimento de subir e descer.

A cada subida e descida por seu membro escorregadio contraía o meu canal fazendo ele gemer na minha boca.

De repente o mundo lá fora se apagou e éramos nós dois como no começo do nosso relacionamento, e gostei tanto daquela situação que interpretei a circunstância como uma terapia de casal bem diferente, porém que começava a apresentar resultados de imediato.

O roçar dos nossos sexos, a fricção enlouquecedora e a saudade daquele contato me levaram rapidamente ao orgasmo que foi acompanhado pelo meu marido e o seu grito satisfeito consolidou a demonstração de que estávamos de volta.

Quando os espasmos passaram deitei a cabeça em seu ombro e vi que um quadro na lateral tinha uma pequena luz vermelha.

- Não olhe agora, mas tem alguém nos observando – sussurrei para Gabriel.

- Câmera? – perguntou de volta.

- Sim. Pelo visto só não seremos observados dentro do nosso quarto – murmurei.

- Você conferiu se não havia câmeras?- questionou.

- Sim – disse e continuei: - Então acho melhor concluirmos a encenação – completei, levantando do colo dele.

Gabriel se levantou em seguida e ajeitou o short, enquanto eu pegava o biquíni e a canga e me enrolava nela.

- Preciso de um banho – disse.

- Vamos voltar para o quarto – falou se aproximando e envolvendo a minha cintura. - Jamais duvide do quanto eu te amo – completou rouco, beijando os meus lábios com doçura.

Olhei para ele de forma observadora e deixando que o calor e os sentimentos do momento me dominassem, falei:

- Estou magoada – disse com sinceridade e continuei: - Mas o amo desesperadamente é a certeza que tenho.

- Quando voltarmos para casa, teremos muito que conversar. Porém, no momento vamos dar lugar a dupla perfeita que sempre fomos – propôs.

- Concordo, deixaremos as mágoas para resolvermos depois. Agora, vamos para o quarto que realmente preciso de um banho – completei rindo.

- Está bem – respondeu Gabriel com carinho.

E enquanto caminhávamos de volta ao quarto percebemos os olhares em nossa direção, não conseguia perceber até que ponto poderia ser bom para nós.

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