CASADOS

Gabriel

Com nossos dedos entrelaçados, deixamos o quarto em direção ao salão principal onde aconteceria a festa.

Logo no corredor começamos a nos deparar com um pouco do que nos esperava para aquela noite.

Os funcionários que cuidaram dos hóspedes ao chegarem à ilha, agora trajavam roupas de escravos sexuais que consistia desde o uso de máscaras até partes sexuais, como bunda e seios, a mostra.

Fomos conduzidos até o salão e neles nos vimos em um mundo que ia do moderno as masmorras da idade média.

Entre os convidados tinha um pouco de tudo desde trisais a submissos e escravos com valores de leilão. Era um mundo louco, porém a minha mulher parecia não se incomodar.

- Olha para eles com tanta naturalidade – sussurrei em seu ouvido.

- Estou no cenário de um dos meus livros – disse com um sorrisinho perverso que me encheu de tesão, devo admitir.

- Preciso urgentemente ler os seus livros – disse e diante da minha confissão egoísta, resolvi pedir perdão: - Pode me perdoar?

-Tentarei – respondeu com um sorriso e continuou: - Temos que agir com naturalidade, lembre que esse mundo não nos é estranho, uma coisa que percebi é que sempre estamos sendo observados.

- Também notei algo assim, a vantagem é que a observação se mantém no quesito postura sexual. Com toda certeza Jason é um tarado, movido a cada ato sexual que acontece aqui - falei.

- Concordo, por isso devemos usar essa situação a nosso favor e quando eles estiverem bem engajados no que vieram fazer nessa ilha, nós nos dedicamos ao que realmente viemos fazer.

- Exatamente - respondi.

Estava prestes a perguntar a ela como acharíamos as ferramentas de BDSM que poderíamos usar como armas quando Jason se aproximou trazendo as duas mulheres que estavam em sua companhia mais cedo, elas estavam completamente nuas e andavam de quatro, levando em seus pescoços coleiras que estavam com as guias na mão daquele doente, pois só assim conseguia defini-lo.

- Rafael, então, está empolgado para a nossa festa? – questionou com uma voz melosa que começava a me estressar, sem contar que atender pelo nome do meu disfarce me dava uma confusão que tinha de me adaptar rapidamente. Uma parte de mim ficava feliz em fazer justiça para os crimes que ele tinha cometido, apesar de discordar da maneira que o mexicano usou para nos obrigar a estar na festa de Jason.

- Muito, eu e Bete sempre gostamos de aproveitar da melhor maneira o nosso tempo livre. Pegar fogo, mostrando que os nossos anos juntos podem ser um grande aliado – completei, piscando para Sarah devido ao verdadeiro sentido do que dizia.

- Estou ansioso para saber se teremos mais showzinho de vocês – disse Jason, com toda certeza referindo-se aos dois episódios de hoje cedo.

- Agora a noite estamos mais interessados no que irá acontecer e quem sabe deixarmos nos levar pela festa, afinal você é conhecido por suas atrações enlouquecedoras, quem sabe não nos empolgue assim como na piscina e na gruta? – disse com um sorriso que não chegava aos olhos.

- Esperto, também gosto de observar primeiro. Divirtam-se, vou garantir que tenham razões para se empolgar com a festa – afirmou misterioso com um sorriso cruel se afastando.

- O que faremos? Pelo visto ele está nos marcando – disse Sarah.

- Vamos circular pela festa, analisarmos as pessoas e os espaços. Temos que ir atrás de um espaço privado de BDSM hardcore, com toda certeza será onde encontraremos as ferramentas que precisaremos mais tarde – disse.