Nossos olhos estavam fixos uns aos outros, e não, eu não queria nem por um obséquio parar de me encontrar aos olhos de Olívia.
As estrelas batiam em seus olhos dando um reflexo único, igual da primeira vez que conversamos no bar.
Eu estava perdido neles.
Assim que me dei conta, podia sentir nossos lábios quentes como uma ladeira aquecida se colando, seus lábios estavam molhados assim como os meus, era sede. Sede de que? A resposta era simples. Sede de sentir a nossa conexão que apenas nós sentíamos, e eu não dei perdido logo atacando seus lábios.
O beijo da morena era o mesmo, ela ainda era a mesma. Pedi a passagem pela língua e a mesma cedeu sem nem hesitar e estávamos em plena sintonia enquanto eu podia ouvir uma melodia baixa de piano no andar de baixo, o que fazia o clima estar perfeito. Minhas mãos vagavam por sua cintura e apertavam seus quadris como nunca havia apertado antes, estava me saciando de tudo aquilo que eu sentia saudades. Era difícil aceitar a perda de Olívia, difícil aceitar a sua falta, difícil até mesmo de lembrar de nossos momentos. Ela era a minha cura, tinha me feito mudar e sair da vida que eu levava por pura escolha.
— Tom... — ela se afastava carinhosamente.
Eu estranhei.
— Não podemos continuar isso. — seus olhos estavam cabisbaixos e um desespero veio a tona sob mim.
— O que? Do que ta falando? — a olhava perdido.
— Eu havia estragado tudo, foi culpa minha e eu não deveria estar aqui. — uma lágrima saía de seus olhos e a morena havia abaixado a cabeça, soltando uma risada fraca. — Seu irmão apenas queria resolver as coisas entre nós.
— Não diga besteira, Olívia. — pego em seu queixo. — Você é mais importante do que você pensa.
Nossos olhares estavam ali novamente, mas sua expressão havia mudado.
Eu não sabia cognificar o que estava sentindo ou pensando, e aquilo me deixava maluco. O silêncio havia habitado no local por alguns longos segundos e sua feição estava cada vez pior me deixando angustiado.
— Pare de mentiras, Kaulitz. — Olívia tirava minhas mãos de sua cintura. — Acha que não vi todos os noticiários e entrevistas na MTv?
Ela me encarava com lágrimas em seus olhos.
— Acha que eu não sei de quantas garotas você aproveitou nesses quatro anos? Ou da Hannah? Sua namorada por dois anos? — a mesma me encarava.
— O que foi? Queria estar no lugar dela? — a encarava de volta, logo aumentando o tom de voz.
— Os boatos do colegial sempre estavam certos. — a garota dos fios cor-de-mel passava batida por mim.
Seus passos eram pesados e estavam em direção a porta.
Não mexia nenhum músculo de mim sequer, eu não queria, não conseguia. A raiva havia me pegado naquele momento como havia pegado em Olívia.
— Vai se foder, Olívia! — grito.
— Vai você, seu galinha do caralho! — ela gritava enquanto pegava sua bolsa e logo saía pela porta do quarto, a batendo.
Após a porta bater, eu me pegava chorando; chorando unicamente de raiva, frustração, fúria.
Meus passos estavam frequentes, andava pra lá e pra cá sem rumo algum; meus punhos estavam cansados de tanto que eu os apertavam, queria descontar minha raiva em algo.
Eu não sabia se alguém estava acordado naquele momento ainda, meu medo também era de alguém ter ouvido nossa discussão, mas dane se. Dane se Olívia.
– 𝗾𝘂𝗲𝗯𝗿𝗮 𝗱𝗲 𝘁𝗲𝗺𝗽𝗼.
O Sol batia forte em Los Angeles nessa manhã e minha cabeça estava pocando de dor pelo horário que havíamos chegado no hotel na noite passada.
Eu e os rapazes estávamos localizados na mesa do restaurante perto da lanchonete do hotel que estamos dormindo; tomando nosso café da manhã. Bill teria levado Agnes cedo para o hotel pois tinha compromissos sérios em seu laptop com a agência de modelo que está trabalhando.
Georg não calava a porra da boca sobre o chuveiro frio que tinha em seu quarto enquanto meu irmão dava corda, o que me deixava nervoso.
— Brigou com Olívia, foi? — Georg ria enquanto beliscava meu ombro em um tom sarcástico.
— Sim. — rosnei, encarando minha comida.
O silêncio veio a tona naquele mesmo segundo, por minha visão periférica podia avistar Bill, Gustav e Georg me olharem perplexos.
Mas não era uma novidade.
Logo, me levantei da mesa bruscamente pegando meu prato que nem havia tocado direito, indo em direção a lanchonete para deixar com o homem da franquia. Assenti com a cabeça e andei disparado para a porta principal do restaurante que dava acesso ao salão enorme de festas, que obviamente estava vazio, e então, ao elevador.
Após apertar o botão, senti uma mão gélida em meu braço; e já sabia de quem era aquela mão pelo toque.
— Tom. — Bill me encarava.
— Se for sobre Olívia, eu estou pouco me fodendo. — dizia andando para dentro do elevador, mas, logo senti um puxão levitando meu corpo para trás pela gola da camisa.
— Para de ser um crianção! — o mesmo segurava em meus ombros firmemente.
— Crianção? Se você quer falar de infantilidade aqui, vamos falar sobre Olívia então. — o encaro. — Uma criança de cinco anos que não aceita fins de relacionamento por justa culpa dela.
E enquanto eu falava, meu irmão rosnava.
— Você só está irritado pois vocês são iguais. — seus braços saíam de meus ombros.
Seu suspiro era longo e pesado, parecia ter se decepcionado com si mesmo tentando fazer uma reconciliação entre eu e Olívia;
O que me deixava frustrado.
— Melhore, Tom. — Bill me olhava de canto e logo andava de volta novamente até o restaurante onde os caras estavam, me deixando plantado ali.
Meus olhos estavam vidrados ao chão fino e branco como quartzo.
Realmente talvez Bill estivesse certo no que disse, Olívia era igual a mim. Era difícil lidar com ela, e fácil ao mesmo tempo por sermos iguais. Nós éramos corpos diferentes, com almas iguais; almas conectadas.
Suspirei calmamente botando minha mão em meu rosto, podendo sentir minha própria respiração quente, logo, continuando a fazer aquilo que queria fazer desde antes; entrar no elevador.
Meu dia já havia começado péssimo, mas não como foi de madrugada por ter visto a morena passando por aquela porta com lágrimas em seu rosto e raiva constante;
De mim.
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Promise me. - Tom Kaulitz
Fanfic★ ONDE uma garota de cabelos da cor-de-mel veio a Lípsia, se tornando melhor amiga dos gêmeos Kaulitz. Mas, com Tom Kaulitz, era apenas uma amizade em primeira mão? Reviravoltas, choros, risos, quebras de expectativa e melhores experiências. "Promis...