cap 28. | the new era.

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Eu havia paralisado após os míseros segundos que Agnes teria acabado de falar, estava perplexa, pálida, mas precisava me manter em calma

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Eu havia paralisado após os míseros segundos que Agnes teria acabado de falar, estava perplexa, pálida, mas precisava me manter em calma. Afinal; ela era minha melhor amiga.

A garota dos cabelos negros não parava nem um momento de chorar, apresentando desespero interno. Ela nítido que não estava sabendo lidar com a situação, fazendo com que eu também não soubesse lidar com o seu atual estado.

Mas sempre é igual aquela frase; enquanto estiver vivo, sempre há um jeito.

— Tudo bem, Ag. — lançava um sorriso gentil disfarçando meu nervosismo enquanto segurava em suas mãos trêmulas. — Bill vai ser o melhor pai do mundo, tenho certeza de que iria amar essa notícia; eu o conheço.

— Bill não é o pai. — a mesma dizia franca com a voz meia-rouca pelo choro.

Seu semblante era de vergonha, desespero e confusão. A cabeça estava baixa e lágrimas caíam de seus olhos, havia ficado calada.

Meus olhos estavam fixos ao seu rosto baixo, logo, arqueando para mim.

Minhas mãos haviam ficado paralisadas, não as sentia mais. Tudo naquele momento parecia ter perdido o sentido e não sabia o que dizer diante aquela informação, eu diria que foi uma bela quebra de expectativa. Bill não era o pai desse bebê de sei lá quantos meses.

Devia ser do caralho saber que a garota da sua vida te traiu com algum rapaz, que fodido.

Suas pupilas estavam dilatadas enquanto sua aura remexia pra lá e pra cá procurando respostas em meu rosto, que estava sem expressão alguma. Eu não conseguia sentir raiva de Agnes, muito menos rancor.

Era uma situação complicada e delicada, apesar de ser uma traição com o meu melhor amigo, ela também era minha melhor amiga.

— Agnes, você deve contar a ele. — finalmente conseguia falar, porém, com um nó na garganta.

Visivelmente estava acabada, sabia do que tinha feito. Palavras não saíam de sua boca e seu pescoço se instigava, mordiscando seu lábio inferior enquanto bebia da sua própria saliva.

— Se você quiser, eu cont-

— NÃO! — seus olhos arregalaram me fazendo dar um alavanco para trás.

— É uma situação séria. — a encaro. — Entenda isso e faça a coisa correta antes que isso vire uma bola de neve. Você vacilou, não vacile outra vez de não contar.

Eu não conseguia mais ficar naquele ambiente nem um segundo.

Meu coração estava acelerado e aquilo nitidamente era algo ruim, pelo menos, naquele momento.

Promise me. - Tom KaulitzOnde histórias criam vida. Descubra agora