Capítulo 69

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Olá pessoal, pedimos desculpas por não termos cumprido o calendário que programamos para postagem de novos capítulos, mas o trabalho da vida real precisou ser prioridade. Agora estamos de volta e esperamos que goste desse capítulo.


De dentro do carro, Andy olhou para a janela do escritório de Elena, no segundo andar. Ela conseguia ver sua mãe chorando enquanto olhava para o carro deles. Elas ficaram por alguns instantes trocando olhares e sem perceber o que estava fazendo, Andy desceu novamente do carro e caminhou em direção à estação.

Seus passos eram rápidos e seu olhar fixo no destino que ela queria. Alguns bombeiros que estavam pelo caminho estranharam a forma como ela caminhava, mas ela não se importava com mais ninguém naquele momento.

De dentro de seu escritório, Elena viu que a filha estava retornando e logo tentou secar as lágrimas de seus olhos. Porém, quando Andy entrou na sala, Elena recebeu um abraço apertado. Um abraço inesperado, mas que ela desejou profundamente. Aquele abraço a fez chorar ainda mais, mas dessa vez lagrimas de alegria. Elas ficaram abraçadas em silêncio por alguns segundos até que Andy decidiu dizer:

Andy: Está sendo difícil te perdoar, mas eu também não quero te odiar. Eu preciso de um tempo para digerir tudo isso, mas eu entendo que depressão é uma doença e que você não estava bem. Eu sinto muito por isso. Sinto muito que tivemos que nos afastar por causa de uma depressão não tratada.

Elena: Eu te entendo minha filha e eu vou aguardar o seu tempo para me perdoar verdadeiramente.

Andy não disse nada, apenas deu um leve sorriso para sua mãe.

Elena: Andrea, se eu for até Seattle, você me receberia? Não digo para me hospedar em sua casa, apenas visita-la.

Andy: Você será bem vinda em minha casa.

Elena se alegrou com a possibilidade de uma reaproximação sincera com sua filha. Seu coração estava aquecido e ela prometeu a si mesma que faria o que fosse preciso para recuperar sua ausência por todos os anos que se passaram. Ela iria agora tentar estar mais perto de sua filha e também do homem que ela sempre amou.

Andy: Eu preciso ir. Meu voo será em breve. Estarei te aguardando em Seattle.

Andy abraçou pela última vez sua mãe e retornou para o carro.

Robert: Você está bem?

Andy: Eu sei que minha mãe fez muitas coisas que me decepcionaram. Ela me machucou e isso tudo ainda dói muito em mim, mas eu não ia conseguir ir embora sem abraçá-la. Eu seria cruel demais se eu não desse a ela essa chance de reconectarmos. Tudo o que ela fez foi errado, mas foi o que foi possível fazer diante da depressão profunda que ela tinha.

Robert sentiu que Andy estava aflita e dizendo as palavras de uma forma tão rápida como se temesse seu julgamento. Então, ele colocou seus dedos no queixo de sua esposa, fazendo com que ela olhasse em seus olhos.

Robert: Ei... acalme-se. Eu não estou e nem poderia estar julgando o que você fez. Esse sentimento é seu e apenas você pode lidar com isso.

Andy respirou aliviada ao ouvir suas palavras. Logo Robert continuou:

Robert: Mas saiba, se eu estivesse no seu lugar... se eu pudesse ter a chance de rever os meus pais por um instante sequer, eu os abraçaria também.

Andy abraçou seu marido com força. Ela o abraçou não apenas para se sentir acolhida, mas também para acolhê-lo. Ela estava sofrendo, mas estava tendo uma oportunidade que ele jamais teria. Agora, somente ela era sua família e ela daria todo o amor que ele precisasse para suprir as faltas que ele sentia.

De uma noite para vidaOnde histórias criam vida. Descubra agora