Em fração de segundos, a cabeça de Andy começou a pensar nas possibilidades que ela teria para retirar aquele homem do prédio. Ela pensou em enviar Dean, Travis ou Maya. Mas pensou também em Robert, por sua experiência como fuzileiro naval. O tempo estava passando e ela precisava de uma decisão rápida. Quem ela enviaria pra ajudar Ben?
Ela deixou de lado todo o sentimento que havia na sua vida pessoal e agiu racionalmente. Ela sempre foi uma profissional responsável e ela sabia que não havia ninguém melhor do que Robert para solucionar aquele caso. Ela ligou para o marido e pediu para que ele fosse o mais rápido possível para o local. Assim que recebeu a ligação, Robert deixou Jade em casa com os avós, que já estavam lá, e foi ao encontro da equipe da 19.
Quando Robert chegou, já estava tudo pronto para que Robert subisse de rapel até o apartamento onde Ben estava junto ao ex combatente. Então, logo que ele estacionou, Andy o informou de toda a situação e, antes de ele subir, ela apenas reforçou:
Andy: Por favor, se cuide.
Ela não sabia o que estava acontecendo, mas o seu coração estava aflito como se Robert e ela nunca tivessem trabalhado juntos em áreas perigosas. Robert deu um discreto sorriso para tranquiliza-la.
Robert: Vai ficar tudo bem. Concentre-se no restante da equipe que eu cuidarei dessa parte.
Andy: Ok.
Robert pegou o radio de comunicação e subiu até o apartamento. Ben continuava tentando convencer o homem a descer, mas continuava sem sucesso. Então, Robert tomou o controle da situação, enquanto Ben foi para o quarto ao lado para dar privacidade aos dois.
Robert: Oi, eu sou Robert Sullivan. Eu vim te ajudar. Como você se chama?
Homem: Eu não vou descer. Não adianta insistir.
Robert: Tudo bem. Eu não vou te obrigar a fazer nada que você não queira. Eu quero apenas me certificar de que está tudo bem com você e conversar um pouco enquanto a equipe termina de apagar o fogo. Você poderia me dizer o seu nome?
Homem: Charles.
Robert: Você é ex combatente de guerra, correto?
Charles: Sim.
Robert: Eu também sou.
Charles: Você deve estar me achando um covarde. Achando que eu não sou capaz de pular no colchão inflável. Mas eu não sou covarde. Eu apenas não quero descer. Eu vi muitas pessoas morrerem perto de mim durante as guerras que eu lutei. Muitos amigos morreram e eu sobrevivi. Não é justo que isso se repita hoje. Muitos amigos moram nesse prédio. Eu sei que muitos não vão sobreviver a esse incêndio. Eu vivi aqui durante toda a minha infância e adolescência. Eu conheço quase todos os moradores desse prédio. Não é justo que eu sobreviva de novo enquanto os meus amigos estão morrendo nos outros apartamentos.
Robert: Charles, eu entendo seu sentimento. Eu não posso mentir e dizer que estão todos bem. Mas você não precisa se sentir culpado por isso. Você precisa abraçar essa oportunidade de sair em segurança.
Charles: Você não me entende.
Robert: Eu soube que uma senhora estava nesse apartamento com você.
Charles: Sim. É a minha mãe.
Robert: Você tem alguma outra pessoa na família que possamos fazer contato?
Charles: Não. Somos somente nós dois. Eu sou o único filho e o meu pai já faleceu há alguns anos.
Com tristeza nas palavras, Charles continuou:
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De uma noite para vida
FanfictionO que pode acontecer quando uma noite muda totalmente a história de duas pessoas que são apaixonadas por seu trabalho e eles descobrem que não há distância para o amor.