Capítulo 6

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- Ruth? - pergunta Luísa ao ver a mulher entrar na mansão apressada.

- Oi Luísa, desculpa mas eu tô apressada - a mulher corre até o quarto de Otto, isso deixa Luísa com uma pulga atrás da orelha.

- Otto - a mulher bate na porta. - sou eu, abre por favor.

Otto que estava sentado contra porta rapidamente levanta, mas tem dificuldade pra rodar a chave suas mãos na paravam de tremer, mas ele consegue, e Ruth finalmente entra.

- Otto.. - a mulher percebe os olhos vermelhos do Grisalho, suas mãos trêmulas, ela já tinha passado por isso

- Ruth.. esses sonhos estão me atormentando... - Ruth puxa Otto para um abraço, o grisalho apoia a cabeça no peito da mulher enquanto ela massageia seus cabelos

- Vai ficar tudo bem... Isso já aconteceu há anos atrás... Não tem com oquê se preocupar. - diz, ainda fazendo carinho no cabelos do homem.

- Eu sinto que.. é culpa minha.. ter te botado naquele lugar. - Otto desaba novamente, ele aperta um pouco os braços de Ruth, mas não a machucando.

Flashback on:

- Será que é uma boa ideia Cezar? - pergunta Ruth entrando em uma casa abandonada.

- Tá tudo bem, você confia en mim? - pergunta o garotinho.

- Eu confio! - Ruth aperta a mão do menino e entra na casa, chegando lá eles vão explorar o local abandonado, Otto desde pequeno é curioso e desconfiado, Eles exploram até que encontra uma porta, Cézar resolve abrir.

- Calma. - diz Ruth. - e se tiver algum monstro? - a menina esconde o rosto com as pequenas mãozinhas.

- Não vai ter nenhum monstro, e se tiver.. eu te protejo! - o senso de proteção de Otto sempre esteve presente desde garotinho.

Otto resolve abrir a porta e seus olhos se arregalaram, antes que o menino pudesse fazer alguma coisa, Ruth é puxada pra dentro do quarto, o pequeno Cezar estava tão assustado que seus músculos travaram, ele não conseguia gritar, Os pequenos olhos azuis do menino perderam o brilho, e se escureceram ainda mais quando é puxado para dentro do quarto.

- CÉZAR - A menininha agarrou o braço do garoto, ela confiava nele.

Então um mulher, de cabelos grandes e escuros, a pele pálida, e coberta de machucados se aproxima.

- Vejo que meus filhinhos voltaram -, disse a mulher os encarando com uma expressão assustadora.

- O.. oquê... Quem é você.. - a voz do pequeno Cezar finalmente voltou

- ué, sou a mamãe de vocês, fico feliz em ver vocês de volta a nossa casa. - a mulher era esquizofrênica, tinha matado os próprios filhos por conta da doença, e estava " procurando" eles.

- Não somos seus filhos. - diz Cezar, abraçado com Ruth, a garotinha não parava de chorar.

- Vejo que vocês estão inquietos, vamos resolver isso - a mulher prende os braços de Cezar com um enforca gato, o apertando tão forte que estava cortando o pulso do menino, já Ruth, teve seus pés presos em um cano de ferro que estava preso.

- Cézar... Eu quero voltar pra casa - a menininha não parava de chorar, e o pequeno menino não poderia fazer nada com suas mãos presas.

- Vai ficar tudo bem.. eu vou tirar a gente daqui. - nesse momento o pequeno garotinho de apenas 6 anos viu  a realidade com outros olhos, o lado racional dominou o garoto, ele tinha que deixar as emoções de lado e focar pra que todos saíssem vivos e bem dali.

- eu vou te tirar daqui.. não se preocupe - ele encara a pequena ruth de apenas 7 anos.

- Obrigada Cézar - ela enxuga as lágrimas com as pequenas mãozinhas, e deposita toda a sua fé e confiança em Cezar.. mesmo sendo pequeno e novo, ele era mais responsável que muitos adultos.

Olhando atentamente ao local, Cezar percebe um pequeno canivete jogado no chão, ele se move sorrateiramente para que a mulher não o veja e consegue pegá-lo, na ponta dos dedos dos pés, ele então deslisar o canivete para atrás de si, e vira a coluna um pouco para trás, pegando o canivete na ponta dos dedos já que o braço estava amarrado.

- Cézar - a menina chama a atenção do menino.

- oi Ru? - ele se vira pra menina.

- Ah... A moça está estressada. - ela aponta pra mulher que discutia com o marido pelo telefone, aparentemente ele tinha terminado com ela.

Cézar olha atentamente e seus olhos arregalam, a mulher pega uma corda e se enforca do lado deles. - Cezar fica sem reação, mas tinha que fazer algo, ele rapidamente corta o enforca gato com o canivete e tampa os olhos da pequena Ruth com a mãos, com a outra mão que restou ele corta o enforca gato que estava nos pés da pequena, ele percebe as marcas que deixaram em seus braços  e nas pernas de Ruth.

- Ru.. fecha os olhos, não abra, por favor.

- Tá.. tá bom.. - Cezar infelizmente teve que olhar a mulher inforcada a sua frente, ela estava na entrada da porta então era impossível ele não olhar, Cezar continuava tampando a visão de Ruth com uma das mãos.

- Agora engatinha até a porta de saída, e não olha para cima. - Ruth apenas concordou e engatinhou até a porta, aonde não se atreveu a olhar para trás e ficou esperando Cezar do lado de fora.

Cézar respira fundo e começa a engatinhar, não saia de seu pensamento que a mulher enforcada estava logo em cima dele, mas desviou seus pensamentos e conseguiu ir até a saída.

- CÉZAR - A pequena Ruth abraça o garotinho loiro.

- Você está bem? - ele arruma a pequena franjinha da menina.

- Estou sim... Obrigada por me ajudar

- Que isso.. tudo certo.. - as mãos do garoto ainda tremiam - eu te levo até em casa.

Flashback off:

- você.. ainda tem as marcas né? - pergunta Ruth levantando as mangas compridas do grisalho e vendo seus braços, as marcas ainda estavam nele e em Ruth.

- Ruth... Se eu te tivesse te levado..

- Xi.. eu fui porquê eu quis, e éramos crianças, não se culpe - ela acaricia os cabelos dele.

Luísa abre a porta e se depara com a cena totalmente fora de contexto, Otto estava deitado no colo de Ruth enquanto ela acariciava seus cabelos

- Desculpa interromper... - ela fecha a porta rapidamente.

Otto e ruth não ligaram muito pra Isso, alguns minutos depois Otto finalmente conseguiu se acalmar e estava dormindo em sua cama, e Ruth já tinha ido embora.

Continua...

°•O Esquisito da 242•° | LuottoOnde histórias criam vida. Descubra agora