capítulo 19

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Faz algumas semanas que Luísa estava na casa de Marcelo, ele insistia que não precisava ir para o hospital e tomar medicação, afinal como ele mesmo dizia que era forte, e que conseguiria vencer a doença.


Caminhando até o jardim em passos lentos, o homem retira sua camisa de linho acinzentada, exibindo seu corpo escultural o homem retira seus sapatos da mesma cor que a camisa, ele entra na piscina, seu corpo fica boiando sob as águas claras da piscina, a água fria batia em suas costas e os raios de sol batiam em seu abdômen, Otto fecha os olhos e suspira, era um dos poucos momentos que tinha paz, todas suas mágoas, preocupações e traumas era deixados nas águas cristalinas da piscina, que eram trocadas de três em três dias.

Observando de longe o homem, uma mulher relativamente baixa, os cabelos negros e lisos estavam um pouco bagunçados por conta do vento, sua boca era rosada, do mesmo tom que suas bochechas, a pele clara brilhava no sol mas oque mais chamava atenção eram seus olhos puxados e fofos, se tratava de uma bela coreana, a mulher vestia uma saia xadrez com suéter de linho amarelo claro, seus cabelos davam mais ou menos na altura de suas bochechas.

Os sentidos aguçados de Otto logo apitam, ele se coloca de pé e encara a mulher em cima do muro.

- O quê está fazendo aí? - ele fala um pouco alto para que a mulher o escutasse.

A mulher arregala os olhos e desequilibra, com o susto de ser pega no flagra ela cai de cima do muro, Otto se assusta e vai até o muro conferir se a mulher estava bem.

- Você está bem? - sua voz era calma

- Ah.. estou sim, só me desequilibrei - ela se levanta do chão e passa a mão pelas pernas, aonde tinha se ralado.

- Seu joelho ralou, é bom cuidar disso! - adverte o homem.

- É.. desculpa. - ela fala sem jeito.

Otto arqueia a sombrancelha e sorri de canto, algo que mexe com a mulher, dava pra ver claramente suas bochechas ficarem vermelhas

- Desculpas?

- é... Eu tava te espionando, eu sei que não é certo, mas não resisti. - ela encara o chão, Otto solta uma risada nasal.

- Me espionando? É sério isso ? - ele sorri desacreditado.

- não tem graça Otto!

- Como você sabe meu nome? Não vai me dizer que me espionou mais vezes?

Ela ri com a dedução do homem

- Bom.. já que você me conhece, deixe ao menos eu te conhecer - ele tem um sorriso doce nos lábios. - qual o seu nome?

A mulher o olha com ternura, e sorri com a empatia do homem, Otto achou fofo o fato de que quando ela sorria seu olhos se fechavam.

- Na-ri. - sua voz era doce.

Otto a encara intensamente os olhos azuis acinzentados do homem se encontra com os olhos negros da mulher, Na-ri se perdeu totalmente no olhar de Otto, afinal, a cor preferida da moça era azul, Otto se aproxima do muro aonde ela apoia a cabeça, ficando centímetros de distância da mulher, seu coração acelerou, seu rosto ficou em um tom rosado lindo, ela levanta um pouco a cabeça para encarar Otto, que estava sorrindo.

- É um belo nome.. muito prazer. - sua voz grossa e rouca ecoa pelos pensamentos da mulher.

- O.. obrigada. - diz gaguejando e se afastando do muro.

- Nos vemos em outro dia, hm? - ele mantinha o sorriso amigável em seus lábios.

- Talvez. - ela sorria boba.

Otto vai até a área da piscina, recolhe a camisa e entra para dentro de casa, a mulher o acompanhou com o olhar até ele entrar, depois se retirou para sua casa e foi cuidar de seu machucado.




°•O Esquisito da 242•° | LuottoOnde histórias criam vida. Descubra agora