capítulo 31

309 24 22
                                    

Ao sol da manhã Otto está tomando seu café da manhã. Seus pensamentos estavam voando longe.
Ele sai do transe quando Poliana e Glória aparecem na sala.

— Bom dia! - Diz Poliana animada.

— Bom dia filha. - ele direciona a xícara de café para a boca.

— A Luísa dormiu aqui meu filho? - Diz glória sentando-se a mesa.

— O quê? - Sente suas bochechas queimarem. — Claro que não. - Ele ri nervoso.

— O senhor não sabe mentir! Vocês chegaram tarde. - Poliana passa manteiga no pão. — O quê estavam fazendo? - Ela ri sapeca.

— O.. Oquê estávamos fazendo? - Ele pensa. — Nada! - Ele pigarreia. — Não seja intrometida Poliana. Não te ensinei isso.

— Nada? - Ela sorri. — Tudo bem. Já que o senhor está com vergonha de falar. Vou embora. - Ela pega a mochila e coloca em um dos ombros.

— Não vai tomar café minha querida? - Glória a encara.

— Não precisa vó. Eu vou passar na casa da Kessia e comer lá. Bay bay! - Ela se retira da sala.

— Tchau filha! - Ele direciona o olhar para Glória que tinha um sorriso travesso em seus lábios. Com uma de suas mãos no rosto.

— O quê foi? - Ele arqueia a sombrancelha.

— Nada! - Ela sorri sarcástica. — Não posso olhar para o meu filho? - Otto a olha desconfiado.

— Bom dia Otto. - Luisa surge na sala arrumando a manga de sua camisa.

— Luisa minha querida! - Glória se vira pra encarar Luísa. E Otto esconde o rosto com as mãos.

— Glória? - Ela arregala os olhos.

— Não sabia que tinha dormido aqui. - Ela direciona o olhar para Otto. — Chegaram tarde não?

— É.... é complicado. - Ela se senta na cadeira.

— Complicado.. entendo. - Otto desvia o olhar para o chão. — Bom. Vou deixar vocês a vontade. Preciso ir pra galeria.  - ela beija a bochecha de Luísa.

— Tchau glória.

— Tchau meu filho. - Ela beija a cabeça do grisalho. — Se comportem.

— Tchau mãe. - Diz em um tom desgostoso.

Glória sai da sala. Deixando Luísa e Otto sozinhos e desconfortáveis.

Otto e Luisa se entreolham mas logo desviam o olhar. Estavam envergonhados e não sabia como agir. A perna de Otto não parava de balançar. Luísa o olha de cima a baixo e sorri.

— A Glória é impossível. - Diz quebrando o silêncio. Ela sorri enquanto leva a xícara de café a boca

— É.. - Ele a encara. — Desculpa.. por ontem. - Ele desvia o olhar para o prato de omelete a sua frente.

Luisa inclina a cabeça confusa. Ela olha para o teto e tentando se lembrar. Ela sente seu rosto queimar.

— Ah. - Ela sorri nervosa. — Está tudo bem. Não tem como controlar.

— Ahan. - Ele limpa a boca com o guardanapo. — Acho que.. eu vou trabalhar. - Diz se retirando da mesa.

— Espera! - Ela o puxa pelo polegar. — Peço que.. não conte a ninguém sobre.. nós. - Otto parece surpreso e sorri.

— Nós... - Ele suspira. — Por quê?

— A série de ameaças.. se a notícia se espalhar você vai correr perigo.. e Poliana também. - ele fita os olhos esverdeados da mulher a sua frente.

— Você tem razão. - Ele sorri de lado. — Vamos.. deixar a poeira abaixar. - Luisa concorda com a cabeça.

— O quê iremos falar sobre.. eu dormir aqui?

— Ué. A verdade. Não posso te deixar sozinha naquela casa com tudo isso acontecendo. - Ele acaricia o rosto da D'villa.

— Obrigada.. por ser meu porto seguro. - Ela o abraça e inala a fragrância de Otto. — Eu te amo. Otto. - Ela se acomoda ainda mais nos braços de Otto. O grisalho fica surpreso. Mas logo um largo sorriso surge em seu rosto. A envolvendo em seus braços.

— Eu também. - ele acaricia o cabelo de Luísa.

— Bom dia Otto! - Sérgio adentra a casa com uma mochila enorme em seus costas.

Otto pula de susto e logo se afasta de Luisa. Seu coração quase saiu pela boca. O olhos claros arregalados encaram Sérgio.

— Sérgio.. - Ele ri de desespero colocando sua mão em seu peito. — O quê faz aqui uma hora dessas?

— Resolvi passar aqui pra adiantar algumas coisas. - Ele encara Luísa. — Oh Luísa! Nem te vi aí. - Diz risonho.

— Oi Sérgio.. - Ela sorri sem graça. — É.. eu vou deixar vocês a sós. Irei pra galeria. - Ela encara Otto que a fitava. As pupilas de seus olhos estavam dilatadas. Ele a olha dos pés a cabeça

— A.. Acho melhor eu ir. - Diz envergonhada ao ver Otto a olhar de cima a baixo. — Tchau meninos! - Ela caminha para fora da casa.

— Desculpe me intrometer seu Otto.. - Ele se aproxima do mais alto. — Por quê ela está aqui tão cedo?

— Ela dormiu aqui. - Fala sem pensar. Logo se corrige ao ver o olhar surpreso de Sérgio. — Quer.. Quer dizer. - Ele passa a mão na nuca. — Estamos recebendo uma série de ameaças. Não acho prudente deixá-la ficar sozinha naquela casa.

— Entendi. Fez muito bem! - Ele sorri. — Vamos?

— Vamos! - Ele caminha até o laboratório com as mãos no bolso. Sendo seguido por Sérgio.

°•O Esquisito da 242•° | LuottoOnde histórias criam vida. Descubra agora