Capítulo 32

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Organizando o estojo de pincéis Luísa sente a presença de Glória e logo se vira. Ficando de frente para a mais velha.

— Glória! - Diz com um sorriso no rosto.

— Já está na hora de parar minha querida. - Ela sorri carinhosa. — faça uma pausa e coma alguma coisa.

— Já irei fazer isso. - Ela ajeita o cabelo.

— Luísa minha querida.. - Ela a encara curiosa. — Desculpa a indiscrição mas.. aconteceu algo com você e o Otto ontem a noite? - Ela fala baixo. A Galeria ainda estava movimentada

— Glória.. - Ela repreende a mais velha com o olhar.

— Não precisa ter vergonha. Pode me falar que irei apoiar vocês. - Ela sorri.

— Não é nada disso! - Ela nega com a cabeça. — Otto me convidou pra morar lá. Estamos recebendo uma série de ameaças. Ele insistiu para que eu fosse morar com vocês.

— Tudo bem.. - Ela levanta as mãos para cima em sinal de redenção. — Mas vocês são só amigos ou..

— Glória... por favor!

— desculpe! Desculpe. - Ela sorri. — Vá lanchar lá em casa. Aproveite e faça companhia ao meu filho. - Ela sorri e sai do escritório.

Luisa franze o cenho incomodada. E logo lembra que precisa visitar o irmão. Durval se quer tem o número dela. O quê a deixa furiosa. Mas não é o momento para brigas. E sim para ver se eles estava bem.

                             (...)

Otto estava saindo da padaria. Tinha visitado o cunhado e se certificado que ele estivesse bem e seguro. Descendo as escadas da padaria ele avista uma moça de costas. Seus cabelos longos e ruivos chamam sua atenção. Era familiar. Ele caminha até ela. Tentando ver seu rosto.

Luísa que estava entrando na padaria vê um homem alto e de cabelos grisalhos. Logo chamou sua atenção e foi conferir se era Otto. Acertou na mosca.

— Otto? - Diz sorridente se aproximando dele.

Otto se espanta e dá um leve pulo. Colocando sua mão em seu peito ele tenta controlar seus batimentos cardíacos acelerados.

— Te assustei? - Ela sorri

— Um pouco. - diz risonho.

— O quê faz aqui? Não me diga que veio comprar pães! - Ela coloca as mãos na cintura.

— Claro que não né! - Ele ri. — Vim visitar seu irmão. Por sorte ele está bem.

— Ai que bom. Vim fazer o mesmo. - Ela sorri. — Vou vê-lo agora. Você vem?

— Desculpa... tenho que trabalhar. - Diz observando a mulher ruiva se afastar. Mas só conseguia ver seu cabelo. Infelizmente.

— Tudo bem então. - Ela se aproxima de Otto e vira seu rosto para si. — Tchau então! - Ela une seus lábios com as duas mãos em seu rosto enquanto Otto a segurava pelo. antebraço.

— Otto gajo! Você esqueceu seu paletó aqui! - Diz Durval com um de seus braços enfaixados e com a outra mão segurando o paletó de Otto.

Otto arregala os olhos e logo se afasta de Luisa. Logo em seguida limpando sua boca com marcas de batom.

— Dur..dur.. Durval! - Um sorriso amarelo surge no rosto de Otto.

— Apá! - O português arqueia a sombrancelha desconfiado. — Vocês estavam.. - Ele faz um gesto com a mão apontando o dedo indicado para Luísa e logo para Otto.

— Conversando! - Um sorriso descarado surge no rosto de Luísa.

— Hmm - Ele murmura. — Sei!  Otto. Seu paletó! - Ele estende a peça de roupa para Otto. Que logo o pega e se veste.

Luisa se aproxima de Otto e sussurra em sei ouvido.

— Prefiro você só com colete. Destaca seus músculos. - Ela sussurra. Deixando o mais velho envergonhado.

— O quê tanto cochicham aí apá!

— Nada que te interesse meu irmão. Vamos. Quero conversar com Você. - Luísa sobe as escadas sendo seguida pelo irmão.

Otto coloca as mãos no bolso e percorre seu olhar por toda padaria.

— Onde raios essa mulher foi? - Ele fala sozinho. Logo sacode a cabeça. Entra em seu carro e vai para a 0110.

                             (...)

Otto entra na empresa já retirando seu paletó. Ficando somente de colete. O homem o pendura em um cabide e se direciona até a Cláudia.

— Seu Otto! - Cláudia fica de pé.

— Boa tarde Cláudia! Peço que me faça um favor. — ele sorri sapeca.

— O quê posso lhe ajudar? - Pergunta atenta com os olhos verdes arregalados. Otto pede o favor e logo vai até sua sala.

Em poucos minutos Cláudia entra na sala de Otto com um papelzinho em seus mãos.

— Aqui seu Otto. - Ela entrega o papel para o grisalho.

— Muito obrigado Cláudia. - Ele sorri. — Pode voltar a trabalhar. Cláudia assente com a cabeça e se retira da sala. Otto pega seu celular e disca o número que estava no papel.

O homem coloca o celular em seu ouvido. Nos primeiros segundos só se pôde ouvir o som do celular chamando. Mas logo foi atendido.

Ligação on:

— Olá boa tarde! Agência Excalibur. O quê deseja?

— Desejo falar com o dono da agência. Por gentileza.

— Tem horário marcado senhor?

— Não. Mas sou um velho amigo. - Ele solta uma rosada nasal. — Faça-me essa gentileza. Se puder.

— Tudo bem. Irei passar para ele.

— Obrigado! - Diz simpático.  A ligação logo foi passada.

— Alô? Senhor Valmont na linha. O quê precisa?

— Arthur! - Ele sorri. — Sua voz mudou muito rapaz!

°•O Esquisito da 242•° | LuottoOnde histórias criam vida. Descubra agora