°•O Esquisito da 242•° | Luotto

capítulo 49

O clima estava fresco e perfeito para passar no parque, então Otto resolveu levar Luísa para descontrair um pouco e respirar ar fresco, já que fazia dias que não saia de casa desde o ocorrido.

- Aqui é lindo! - Ela olha para o céu e contempla uma revoada de pássaros.

- Outono é uma das minhas estações preferidas. - Ele segura os ombros de Luísa com delicadeza e a guia para um banco próximo para se sentar. - Está com fome?

- Você adivinhou meus pensamentos. - Ela sorri. - Menta!

- O quê? - Ele vira o pescoço para o local que ela estava apontando e se depara com um carrinho de sorvete. - Quer sorvete de menta?

Ela assente com a cabeça, Otto então se levanta, vai até o carrinho do sorvete e compra dois sorvetes, um de menta e outro de baunilha. Ao retornar para o banco que estavam sentados encontra Luísa totalmente distraída com um bebê que sorria para ela, ele estava em um carrinho de bebê com uma adorável toca de crochê rosa.

- Seu sorvete. - Ela pega o sorvete de sua mão e o leva até a boca. - Com o que está tão distraída? - Ele passa o braço para de trás dela e a puxa até suas pernas se encostarem na dele.

- Estava olhando a bebê e pensando.. - Ela encara o noivo sorridente. - Em breve teremos um ou uma.. - Diz passando a mão em seu ventre.

Um sorriso bobo se forma nos lábios dele ao vê-la tão sorridente, nos últimos dias ela havia melhorado muito, os hematomas de sua coxa haviam sumido e agora ela poderia vestir seus vestidos preferidos. Agora ele pode abraça-la quando quer, e ela está se adaptando aos poucos a voltar a dormir na mesma cama que ele.

- Ele terá uma ótima mãe. - Ele beija sua têmpora. - Não tenho dúvida disso.

- E um ótimo pai. - Ela solta uma risada tímida deixando Otto totalmente desnorteado. - Falando nisso.. não vai tomar seu sorvete? - Diz encarando a casquinha de sorvete na mão do noivo, que, apesar do clima agradável, ela estava derretendo e escorrendo por seus dedos.

- Não sei.. você quer? - Fala ao notar que só restava o guardado em sua mão que usou para segurar sua casquinha.

- Se você não se importar. - Ela pega a casquinha de sua mão e o leva até a boca. - Seus dedos estão sujos! - Sorri enquanto tira o excesso de sorvete que se acumulou no canto de seus lábios.

- É tudo que me restou dele. - Ele leva os dedos até a boca, limpando o sorvete de baunilhas derretido entre os dedos.

Luísa ergue o olhar para ele e sente seu coração acelerar, os cabelos grisalhos dele que antes estavam penteados e com gel para se manterem no lugar agora estão sendo bagunçados pelo vento, mas de algum modo ele ficava ridiculamente bonito dessa maneira. De alguma maneira, depois da gravidez ela ficou ainda mais atraída por ele que antes.

Voltando seu olhar para ela depois de limpar seus dedos ele engole a seco ao perceber que ela o encarava fixamente, seus olhos expressivos se encontraram com os seus e um misto de emoções são expressas naquela troca de íris.

A buzina do carrinho de sorvete fazem eles sairem do transe, Luísa dá um pulinho de susto, mas Otto ainda continua a encarando com um sorriso doce nos lábios. Ela iria falar algo mas sente uma forte tontura e se apoia nos ombros dele.

- Luisa? - Ele a segura. - Está tudo bem?

- Está.. - Ela põe a mão na testa para checar a temperatura e põe uma mecha de cabelo atrás da orelha com a mesma mão. - Otto.. vamos pra casa por favor.

- Claro.. você consegue ir a pé? - Pergunta, já que eles vieram para o parque caminhando.

- Consigo, só.. - Ele entrelaça seus dedos com os dela e com a outra mão ele segura em seu ombro. - Obrigada. - Sorri levemente e então voltam para a mansão.