Capítulo 20

376 29 29
                                    

Com o sol  batendo nos cabelos negros e curtos, Na-ri cantarolava pela bairro com uma cesta de piquenique, a mulher se acomoda no gramado verde do parque silencioso com a vista para o pôr do sol, estira uma tapete azul pelo gramado e organiza as comidas e bebidas sob o tapete.

- Hm, elas estão demorando. - ela resmunga, Na-ri pega o celular da bolsa e liga para as amigas, apenas recebe o áudio de uma delas dizendo que ficou doente, já as outras tiveram outro compromisso.

A mulher fica um pouco triste, mas entendeu o motivo, até ver um story do Instagram de uma das amigas, estavam curtindo outro piquenique na praia, sem ela.

Ela desliga o celular e se encolhe, seus braços estavam em cima dos joelhos e suas pernas estavam tampando seu rosto.

Ela se assusta ao ouvir um latido de um cachorro, logo ela limpa as lágrimas e encara o cachorro, seu olhar sobe e encara o dono do cachorro.

- Desculpa incomodar. - a voz grossa do homem a faz arrepiar.

- Tá tudo bem..

- Hm. - ele se senta ao lado dela. - não parece.. aconteceu algo? - a mulher direciona o olhar a Otto, que tinha um sorriso simpático nos lábios.

- Minhas amigas.. - ela respira fundo e ajeita a franjinha. - elas estão em um piquenique e não me convidaram...  - ela diz cabisbaixa

- hmm, e você preparou tudo isso pra se divertir com elas, mas elas arranjaram uma desculpa e recusaram, tô certo? - ele a encara.

- É.. você é muito inteligente mesmo... - ela volta a encara-lo.

- Olha.. eu sinto muito por isso, elas não te merecem. - ele coloca a mão por cima da dela.

- É.. acho que não mesmo... Mas sem elas.. eu não conheço mais ninguém, não tenho muitos amigos aqui no Brasil. - ela cruza os braços.

- Ei.. eu não sou seu amigo? - ele inclina o pescoço e sorri para ela, a mulher o olha surpresa e sorri com os olhos.

- Obrigada.

- Denada.. - ele volta a encara-la, ele admitia, a achava bonita e era simpática, mas será que era só isso?

- Hm. - ele corta a conexão. - você se incomoda de eu ficar e te fazer companhia?

- Ah, de maneira nenhuma! - ela sorri

- Ótimo. - diz pegando um pouco de kimchi, estava um pouco apimentado mas muito bom.

- 48 horas de fermentação. - diz batendo a mão na testa só de lembrar a trabalheira de fazer.

- Está muito bom! - ele come mais um pouco.

- quer um pouco? - ela segura um soju na mão, uma bebida alcoólica coreana.

- Não obrigado. - ele sorri. Otto não era muito de beber.

- Ótimo! Sobra mais pra mim! - diz levando a garrafa de soju de boca, Otto fica boquiaberto com a quantidade que ela bebia.

- desse jeito você vai ser engasgar! - diz preocupado.

A mulher termina a primeira garrafa e a derruba no chão, a garrafa rola pelo gramado da grama.

- Na-ri? - a mulher já estava bêbada, nem tinha anoitecido direito e ela já não conseguia mais ficar em pé.

- Otto? - as bochechas vermelhas por conta do álcool e a aparência sonolenta a deixava fofa.

- Acho que já tá na hora de ir. - ele organiza a comida nos potinhos e coloca na cesta.

- uau.. - ela se aproxima do homem ficando cara a cara com ele, Otto parece surpreso mas não se mexe.

- Você é tão.... - diz com a voz desafinada e apontando para o rosto do grisalho. - tão.. bonito.. - ela aperta as bochechas de Otto, o homem fica sem reação.

- Já.. já está tarde.. - ele diz nervoso.

- A não... Eu não quero ir..  - ela cruza os braços. Otto enrola o tapete e o coloca na cesta e fica de pé.

- vamos, é perigoso andar por aqui a essas horas. - diz olhando ao redor.

- Não! Eu não vou. - ela bate no peitoral do homem.

- Ah meu Deus - ele revira os olhos. - vamos logo coreana! - ele segura pelo braço para conduzi-la, mas a mulher tropeça nos próprios pés.

- Você parece a poliana com sono - ele solta uma risada nasal e a levanta, a mulher se debatia em suas costas, o peso dela estava nos ombros de Otto, mas ela era tão leve que ele a segurava com uma mão, e com a outra a cesta.

Otto caminha até casa dela, mas está trancada, então resolve levá-la para casa, chegando lá Poliana surge que nem um furacão.

- PAIIII - Otto a repreende, levando seu dedo indicador nos lábios em sinal de silêncio.

- desculpa. - ela sussurra. - quem é?  - aponta para a mulher.

- Uma amiga, acho que ela bebeu demais. - ele a coloca no sofá e ajeita o travesseiro debaixo de sua cabeça.

- Ela é coreana, que lindaaa. - ela analisa cada parte do rosto da mulher.

- é.. ela é sim - ele sorri com a empolgação da filha.

- Pai! Ela é tão fofinha! 

- É, mas vê se não perturbe ela quando acordar. - adverte.

- Tá bom.. pai..  - ela revira os olhos e volta a encarar a mulher.  - tem certeza que ela é só sua amiga? - pergunta a menina.

Otto a repreende com o olhar. - somos só amigos, nos conhecemos ontem. - ele cruza os braços.

- Hmm sei. - ela cerra os olhos em direção a Otto. - tá bom, vou tentar acreditar!

- ai Poliana. - ele passa a mão pela testa e se aproxima do sofá, pegando Na-ri nos braços.

- EI! Eu queria ficar com ela!

- problema seu. - ele faz uma cara de deboche. - eu vou leva-la para o quarto de hóspedes, nem se atreva a incomodá-la! - a repreende.

Poliana buffa e se retira da sala, Otto vai até o quarto, arruma a cama e coloca a mulher nos lençóis macios da cama.

- Dorme bem... Não quero nem imaginar a dor de cabeça que você vai ter amanhã. - ele alisa a franjinha da mulher.

Otto liga o ar condicionado do quarto e se retira, ele também precisava dormir, estava exausto.




Seus emocionados, relaxem tá, eu sei o quê eu estou fazendo, SE A FANFIC É SOBRE LUOTTO É CLARO QUE O OTTO NÃO VAI FICAR COM A COREANA NÉ!   é isso, bjs.

°•O Esquisito da 242•° | LuottoOnde histórias criam vida. Descubra agora