Com o sol batendo nos cabelos negros e curtos, Na-ri cantarolava pela bairro com uma cesta de piquenique, a mulher se acomoda no gramado verde do parque silencioso com a vista para o pôr do sol, estira uma tapete azul pelo gramado e organiza as comidas e bebidas sob o tapete.
- Hm, elas estão demorando. - ela resmunga, Na-ri pega o celular da bolsa e liga para as amigas, apenas recebe o áudio de uma delas dizendo que ficou doente, já as outras tiveram outro compromisso.
A mulher fica um pouco triste, mas entendeu o motivo, até ver um story do Instagram de uma das amigas, estavam curtindo outro piquenique na praia, sem ela.
Ela desliga o celular e se encolhe, seus braços estavam em cima dos joelhos e suas pernas estavam tampando seu rosto.
Ela se assusta ao ouvir um latido de um cachorro, logo ela limpa as lágrimas e encara o cachorro, seu olhar sobe e encara o dono do cachorro.
- Desculpa incomodar. - a voz grossa do homem a faz arrepiar.
- Tá tudo bem..
- Hm. - ele se senta ao lado dela. - não parece.. aconteceu algo? - a mulher direciona o olhar a Otto, que tinha um sorriso simpático nos lábios.
- Minhas amigas.. - ela respira fundo e ajeita a franjinha. - elas estão em um piquenique e não me convidaram... - ela diz cabisbaixa
- hmm, e você preparou tudo isso pra se divertir com elas, mas elas arranjaram uma desculpa e recusaram, tô certo? - ele a encara.
- É.. você é muito inteligente mesmo... - ela volta a encara-lo.
- Olha.. eu sinto muito por isso, elas não te merecem. - ele coloca a mão por cima da dela.
- É.. acho que não mesmo... Mas sem elas.. eu não conheço mais ninguém, não tenho muitos amigos aqui no Brasil. - ela cruza os braços.
- Ei.. eu não sou seu amigo? - ele inclina o pescoço e sorri para ela, a mulher o olha surpresa e sorri com os olhos.
- Obrigada.
- Denada.. - ele volta a encara-la, ele admitia, a achava bonita e era simpática, mas será que era só isso?
- Hm. - ele corta a conexão. - você se incomoda de eu ficar e te fazer companhia?
- Ah, de maneira nenhuma! - ela sorri
- Ótimo. - diz pegando um pouco de kimchi, estava um pouco apimentado mas muito bom.
- 48 horas de fermentação. - diz batendo a mão na testa só de lembrar a trabalheira de fazer.
- Está muito bom! - ele come mais um pouco.
- quer um pouco? - ela segura um soju na mão, uma bebida alcoólica coreana.
- Não obrigado. - ele sorri. Otto não era muito de beber.
- Ótimo! Sobra mais pra mim! - diz levando a garrafa de soju de boca, Otto fica boquiaberto com a quantidade que ela bebia.
- desse jeito você vai ser engasgar! - diz preocupado.
A mulher termina a primeira garrafa e a derruba no chão, a garrafa rola pelo gramado da grama.
- Na-ri? - a mulher já estava bêbada, nem tinha anoitecido direito e ela já não conseguia mais ficar em pé.
- Otto? - as bochechas vermelhas por conta do álcool e a aparência sonolenta a deixava fofa.
- Acho que já tá na hora de ir. - ele organiza a comida nos potinhos e coloca na cesta.
- uau.. - ela se aproxima do homem ficando cara a cara com ele, Otto parece surpreso mas não se mexe.
- Você é tão.... - diz com a voz desafinada e apontando para o rosto do grisalho. - tão.. bonito.. - ela aperta as bochechas de Otto, o homem fica sem reação.
- Já.. já está tarde.. - ele diz nervoso.
- A não... Eu não quero ir.. - ela cruza os braços. Otto enrola o tapete e o coloca na cesta e fica de pé.
- vamos, é perigoso andar por aqui a essas horas. - diz olhando ao redor.
- Não! Eu não vou. - ela bate no peitoral do homem.
- Ah meu Deus - ele revira os olhos. - vamos logo coreana! - ele segura pelo braço para conduzi-la, mas a mulher tropeça nos próprios pés.
- Você parece a poliana com sono - ele solta uma risada nasal e a levanta, a mulher se debatia em suas costas, o peso dela estava nos ombros de Otto, mas ela era tão leve que ele a segurava com uma mão, e com a outra a cesta.
Otto caminha até casa dela, mas está trancada, então resolve levá-la para casa, chegando lá Poliana surge que nem um furacão.
- PAIIII - Otto a repreende, levando seu dedo indicador nos lábios em sinal de silêncio.
- desculpa. - ela sussurra. - quem é? - aponta para a mulher.
- Uma amiga, acho que ela bebeu demais. - ele a coloca no sofá e ajeita o travesseiro debaixo de sua cabeça.
- Ela é coreana, que lindaaa. - ela analisa cada parte do rosto da mulher.
- é.. ela é sim - ele sorri com a empolgação da filha.
- Pai! Ela é tão fofinha!
- É, mas vê se não perturbe ela quando acordar. - adverte.
- Tá bom.. pai.. - ela revira os olhos e volta a encarar a mulher. - tem certeza que ela é só sua amiga? - pergunta a menina.
Otto a repreende com o olhar. - somos só amigos, nos conhecemos ontem. - ele cruza os braços.
- Hmm sei. - ela cerra os olhos em direção a Otto. - tá bom, vou tentar acreditar!
- ai Poliana. - ele passa a mão pela testa e se aproxima do sofá, pegando Na-ri nos braços.
- EI! Eu queria ficar com ela!
- problema seu. - ele faz uma cara de deboche. - eu vou leva-la para o quarto de hóspedes, nem se atreva a incomodá-la! - a repreende.
Poliana buffa e se retira da sala, Otto vai até o quarto, arruma a cama e coloca a mulher nos lençóis macios da cama.
- Dorme bem... Não quero nem imaginar a dor de cabeça que você vai ter amanhã. - ele alisa a franjinha da mulher.
Otto liga o ar condicionado do quarto e se retira, ele também precisava dormir, estava exausto.
Seus emocionados, relaxem tá, eu sei o quê eu estou fazendo, SE A FANFIC É SOBRE LUOTTO É CLARO QUE O OTTO NÃO VAI FICAR COM A COREANA NÉ! é isso, bjs.
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°•O Esquisito da 242•° | Luotto
FanfictionO passado da familia pendlenton e D'villa não é a das mais agradáveis, Otto tinha descoberto e assumido Poliana como sua filha, Luísa D'villa não satisfeita, resolve se mudar junto com a sobrinha, e tentar descobrir algo que possa incriminar O dono...