Dias depois
O canto dos pássaros pela manhã fazem meu corpo relaxar, ainda estou meio sonolenta mas o reflexo do sol me faz despertar aos poucos. Minha visão finalmente foca, Encaro o par de olhos azuis a poucos centímetro de mim. Me encarava com tanta intensidade, mas ao mesmo tempo posso decifrar o quê tem por trás daquele brilho misterioso, estava aflito, não sei exatamente o por quê. Ele acaricia levemente minha mão enquanto me observa despertar.
— Bom dia amor. - Sua voz doce aquece meu interior. — Está se sentindo bem? - Pergunta aflito. Ergo uma das sombrancelhas confusa.
— Estou.. - Me sento na cama e o encaro. Ele brincava com o nó de seus dedos enquanto seus pensamentos viajavam para bem longe da realidade. — Otto. - O tiro do transe, ele sacode a cabeça e volta a me encarar com um sorriso torto.
— An? - Ele sorri sem graça. — Tem certeza que está bem mesmo?
— Tenho Otto! - Digo impaciente. — Por quê está me perguntando isso?
— Hmm - Murmura. — De madrugada você.. - Ele suspira. — Vamos tomar café da manhã? - Diz em um tom animado. Espremo os olhos quando percebo que ele quer contornar a situação.
— Continue. - ele curva as sombrancelhas quando percebe que não conseguirá desviar de minhas perguntas.
— Tá. - Ele deslisa para perto de mim e segura em uma de minhas mãos, beijando seu dorso carinhosamente. — De madrugada eu percebi que estava inquieta, achei que estava tendo um pesadelo ou algo do tipo.. - Ele encara a janela de vidro que dava uma linda vista para o jardim. — Eu pensei que..
— Eu estou bem, Otto. - O tranquilizo enquanto Acaricio seu polegar que ainda segurava minha mão.
Otto se levanta da cama, eu o acompanho com o olhar, ele abre seu closet e retira uma de suas camisas do cabide, retornando para o quarto ele volta a se sentar na beira da cama e me estende sua camisa.
É então que percebo que somente os lençóis da cama me cobriam. Sinto meu rosto queimar mais que o normal pego a camisa de sua mão, a vestindo rapidamente enquanto fuzilava Otto com o olhar quando percebo um sorriso travesso em seu rosto ao notar a vermelhidão em minhas bochechas.
— Algo mais lhe preocupa. - Digo em um tom suave, mas é o bastante para ele me encarar com os olhos arregalados.
— Não..
— Isso não é uma pergunta meu amor. - Digo enquanto prendo meu cabelo em um rabo de cavalo. — É uma afirmação.
Otto revira os olhos e se levanta da cama, vai até o espelho e arruma os cabelos platinados que estavam úmidos. Também me levanto da cama e envolvo sua cintura com meus braços, sinto seu corpo estremecer quando sente meus dedos deslizarem por seu abdômen coberto pelo suéter de lã.
— Está sendo precipitada. - Ele espirra um pouco de perfume em seu pescoço e pulso. — Apenas fiquei preocupado com o quê andava sonhando. Somente isso. - Um sorriso desajeitado surge em seu rosto. Ele claramente não consegue mentir para mim.
— Tudo bem. - Não me dou por vencida, veremos quanto tempo ele consegue esconder isso de mim.
— Vamos descer? - Ele deposita um beijo quente em minhas bochechas. — Mas antes vá se vestir. - Sorrio e ficando na ponta de meus pés seguro em sua nuca, o fazendo se abaixar para beija-lo como eu quiser.
Ele envolve minha cintura com seus braços fortes enquanto nossos lábios deslizavam um no outro. Arregalo meus olhos e espalmo minhas mãos em seu peitoral, ele dá um passo para trás e me encara confuso. Não tenho tempo explicar e corro para o banheiro, me ajoelhando em seu piso e colocando para fora todo o meu jantar. Sinto quando ele se aproxima. Dou descarga e vou até a pia escovar meus dentes. O observo pelo espelho o quão preocupado e confuso estava.
Enxaguou minha boca e a seco com uma toalha de rosto.
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°•O Esquisito da 242•° | Luotto
FanficO passado da familia pendlenton e D'villa não é a das mais agradáveis, Otto tinha descoberto e assumido Poliana como sua filha, Luísa D'villa não satisfeita, resolve se mudar junto com a sobrinha, e tentar descobrir algo que possa incriminar O dono...