Capítulo 11

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Luísa passou o dia todo evitando Otto, agindo assim ela pensou que poderia afastar o homem dela, tudo que leu em seu diário despertou um sentimento um tanto.. confuso na mulher.

- Então poliana, como foi seu dia? - pergunta Otto, cortando uma fatia de pizza de pesto .

- Foi ótimo, Fizemos aula de teatro é... AI PAI! - Diz colocando a fatia de pizza de calabresa no prato e olhando para o pai com uma casa assustada.

- Oquê você fez dessa vez Poliana?

- Eu esqueci de avisar que eu convidei o João pra vir aqui em casa - ela morde as unhas.

- Não tem problema nenhum, ele é sempre bem vindo aqui... Agora.. Poliana.. - Diz Otto

- Pode perguntar pai

- Sabe porquê sua tia está me evitando?

- Eu não faço ideia, eu cheguei a pouco tempo da casa da Kessia

- Hmm, obrigado. - ele termina de comer.

A campainha toca, Poliana vai atender a porta, obviamente era o João, ele cumprimenta a menina e entra na casa.

- Oi seu Otto - diz dando um aperto de mão no grisalho.

- Oh João, tudo bem?

- tá sim, o senhor se incomoda de eu dormir aqui?

- não, pode ficar, mas já falou com a Ruth?

- Ihh - ele coça a nuca

- já vi que não - diz pegando o celular e ligando pra Ruth.

- oquê tu tá fazendo macho?

- Ligando pra sua tia, licença - ele se levanta e vai para longe das crianças

Ligação on:

- Otto? Oquê aconteceu?

- Ah, nada não, o João veio aqui e me pediu pra ir dormir aqui, eu deixei, mas parece que ele esqueceu de te avisar.

- Ah, tudo bem eu deixo sim

- Obrigado Ru.. e outra coisa

- Pode falar

- você tem sonhado muito com aquela mulher? - suas mãos estão trêmulas

- Otto... - diz nervosa

- Me responde, por favor.

- Tenho.. as ultimas duas noites eu quase não dormi.

- o João e o Bento..

- Não, eles não sabem de nada.

- É melhor assim.. ele iam ficar preocupados e.. não ia dar certo

- Otto,para de pensar nisso

- Eu vou tentar.. mais um vez, obrigado.

- Que isso Otto, tá tudo certo, tchau

- tchau.. - ele desliga a ligação

- pai? O senhor tá bem? - pergunta a menina preocupada.

- Tô.. a sua tia já deixou João - diz saindo da sala e intro para o quarto.

- AEEEE BIXINHA - Diz empurrando ela de leve com o ombro.

- que foi? - ele para quando percebe o semblante preocupado da menina.

- o meu pai.. você viu como ele estava estranho?

- Não.. não reparei nada não - diz cruzando os braços.

- Deve ser só coisa da minha cabeça... Vamos comer - diz apontando para a mesa com as pizzas.

- Que treco verde é esse Poliana? - diz se sentando a mesa.

- É a pizza do papai - ela dá um risada engraçada pela reação do menino.

- Treco estranho.. pelo menos tem a de calabresa - diz se servindo.

Com Otto

Otto passa pelo corredor que nem um furacão, sara vem o acompanhando por conta dos batimentos cardíacos acelerado e o estado do homem.

- Senhor Otto.. o senhor precisa de um médico

- Eu não preciso de ninguém sara - diz com os olhos marejados, quase não conseguia se mover por conta das pernas trêmulas, até que ele esbarra em Luísa, que deixa cair um copo de vidro no chão, Otto se abaixa pra pegar, mas acaba cortando as mãos com os cacos de vidro.

- Otto.. me desculpa - diz Luísa pegando a mão ensanguentada do homem e percebendo as mãos trêmulas de Otto.

- Tá... Tá tudo bem Luisa, eu só preciso ficar sozinho.

- Não, vem cá - ela o dirige até a cozinha, Otto se senta em uma das cadeiras e apoia a mão em cima do balcão, Luísa alcança o kit de primeiros socorros e vai até ele.

- Olha Luísa, não precisa disso

- Precisa sim, eu que derrubei o copo - diz limpando o excesso de sangue com um lenço de algodão, ela pega um spray e espirra o remédio no corte, Otto murmura e afasta o braço.

- Não faça isso - diz aproximando o o braço dele denovo, ele volta a afastar.

- Fique quieto - sua voz era suave

- ISSO DÓI! - Diz em uma voz grave e estridente.

- Se ficar quieto não vai doer tanto!

- Se você não tivesse derrubado aquele copo isso não teria acontecido

- Se não tivesse esbarrado em mim eu não teria quebrado o copo! - Otto tenta argumentar, mas as palavras não saem de sua boca.

- Você deveria ser mais atenta!

- E você controlar seus nervos, olha as suas mãos - ela aponta para as mãos de Otto que ainda estavam trêmulas, Otto não fala nada.

- Agora fique quieto, isso pode arder - diz passando o spray novamente, Otto volta a murmurar mas não afasta seu braço.

- aproposito... - Otto volta o olhar para Luísa.

- Obrigada.. por me perdoar... Depois daquilo.. - Otto parece surpreso, um sorriso de canto aparece nos lábios do grisalho.

- Denada..



°•O Esquisito da 242•° | LuottoOnde histórias criam vida. Descubra agora