Dia agitado

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Voltei pessoal! Para compensar meu sumiço, deixei um capítulo um pouco maior para vocês. 

Espero que curtam!

***

Point of view Engfa

Beijar Charlotte foi maravilhoso, ainda sinto a sensação de sua boca na minha e o gosto dos seus lábios, mesmo que já tenham se passado algumas horas desde o momento que tivemos dentro do carro. 

Aquele beijo não foi planejado, apenas senti o desejo e deixei meu corpo se levar pelo impulso. Arrisquei, não sabia como ela corresponderia, mas para minha surpresa ela também se entregou aquele momento. 

Meu Deus! O que eu fiz? Como as coisas vão ser daqui pra frente? Com que cara vou olhar para Charlotte depois do que aconteceu? Um pânico tomou conta de mim, o que eu vou fazer?

Será que devo mandar uma mensagem para ela? Ou ligar? Talvez falar pessoalmente seja uma boa ideia. Mas o que devo dizer? Estou apavorada com o que pode se tornar nossa relação.

Preciso pensar em alguma coisa...

(passagem de tempo)

Meu despertador tocou, mas não queria levantar. Dormi muito mal noite passada, pensando em como concertar meu erro com Charlotte. Mesmo sem vontade me levantei para me preparar para esperar Charlotte.

Alguns minutos depois que terminei de me arrumar ouvi o carro estacionar em frente à minha casa, peguei minha bolsa e saí. 

- Bom dia, Char! Disse fechando a porta do carro e plugando meu cinto de segurança.

- Bom dia, P'Fa! Como você está? Charlotte perguntou alegremente ligando a ignição do carro.

- Char, antes de irmos será que podemos conversar um minuto? 

- Claro, sem problema. Charlotte desligou o carro e se virou com preocupação para me encarar.

- Eu quero falar sobre o que aconteceu ontem - suspirei - não tive a intenção de ultrapassar nenhum limite com você. Não quero misturar as coisas com você, por isso te peço desculpas. Não conseguia olhar em seus olhos, estava tão constrangida que não podia encará-la.

- P'Fa, tá tudo bem. Ouvi Charlotte suspirar aliviada e segurando minhas mãos. Você não ultrapassou limite nenhum. Eu quis te beijar também. Ergui a cabeça e ela estava com um sorriso de lado e me olhava calmamente. 

- Além disso - Charlotte continuou - posso entender que aquilo foi um momento de impulso, você estava muito feliz por tudo que aconteceu no estúdio e junto com o vinho que tomamos no jantar, pode ter sido o gatilho para o beijo. 

Charlotte esperou por uma resposta minha, mas não consegui dizer nada. Apenas suspirei e me virei para encarar a rua à minha frente, fugindo do olhar dela. Sem uma resposta, Char voltou a ligar o carro e deu partida no veiculo. 

Não queria que nossa relação ficasse presa a "um momento de impulso", só não conseguia expressar agora o que eu queria. Nem conseguia saber o tipo de relação que eu queria ter com a Charlotte, mas a unica coisa que eu não queria era me distanciar dela. O trajeto seguiu em silêncio, apenas com o som do rádio tocando baixinho e as buzinas dos carros ao redor.

Alguns minutos depois chegamos ao estacionamento, Char parou o carro na vaga que já era de costume, desligou o veiculo e antes de sairmos do carro, disse:

- Como te falei, eu posso entender que aquele beijo pode ter sido por impulso, mas eu sinceramente gostaria que não fosse apenas isso. 

Abriu a porta do carro e desceu antes de uma resposta. No elevador, ela não parecia estar chateada, desapontada ou nada do tipo, pelo contrário. Ela estava calma e tranquila, como estava todos os dias.

Englot: Doce MelodiaOnde histórias criam vida. Descubra agora