Nightingale Cáp. 32

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- Você está soando frio, isso tudo é por estar em meus braços ? - Justin disse reparando em meu olhar que estava assustado.

- Nick me mandou uma mensagem de meus pêsames... E eu realmente não sei o motivo disso. - disse guardando meu celular em meu bolso.

O olhar de Justin me deixou mais assustada do quanto já estava, chega a ser engraçado o fato de Justin ter ficado mais chocado do que eu com a notícia. O bom de conhecer ele, é que ele não conseguia esconder muitas coisas, principalmente de mim, que o conhecia tão bem e sabia decifrar todos seus olhares.

- Eu não sei como te dizer isso.. - Justin disse com a voz falha

- Isso o que ? Você sabe de algo que eu não sei, Justin ? - perguntei com a voz já alterada me desfazendo do seu abraço.

- Seu pai me pediu pra cuidar de você – Disse ele pausadamente. Justin logo passou sua mão canhota em seu boca, me olhou no fundo dos olhos e prosseguiu sua frase com a seguinte fala – Seu pai disse que estava com os dias contados, demi.

Eu não esperei raciocinar direito e até mesmo digerir a notícia, tudo na minha cabeça era tão embaçado que eu não sabia mais qual era o sentido da vida. Eu não sabia se ficava triste pelo fato de não ter mais meu pai comigo, que apesar do fato de sempre fazer besteiras, e encrencas, me deu o direito de respirar e porra, como eu o amava... Acima de todas as besteiras ele me permitiu conhecer o pai do meu filho. E nossa, falando nele, como eu estava com raiva. Justin sabia que meu pai iria partir, e nem se quer me deu o direito de me despedir. Eu deixei meu pai partir sem pelo menos um "Adeus pai, eu te amo. Talvez nos encontramos no céu" ou um simples " te odeio pelas burradas que você faz, mas continuo aqui porque te amo" O vazio que habitava em mim era imenso, e o fato de Justin estar parado em minha frente nesse exato momento, buscando palavras para me consolar me irritava profundamente.

- Eu vou continuar do seu lado. - Justin disse buscando um abraço

- Eu não preciso. - disse seca enquanto enxugava algumas lágrimas que insistiam em cair.

Percebi que Justin se assustou com minha reação, acho que no ver dele, agora orfã eu iria estar mais dependente dele, talvez daqui um tempo. Afinal não nego que aquele garoto mexe comigo de um jeito que não tem igual, mas por enquanto eu só precisava chorar! E ir ao enterro de meu pai. 

Bati a porta do quarto de Justin, e pude perceber que deixei o mesmo arrasado sentado da ponta de sua cama.

Ao descer as escadas, pude perceber pela cara do meu tio que a notícia já tinha chegado nele, ele apenas me olhou com um jeito carente que gritava por um abraço, logo me joguei em seus braços, e tive meu primeiro momento de paz depois da morte de meu pai.

- Eu sinto muito... - disse meu tio beijando minha testa.

- Eu também sinto... Muita saudade principalmente! - deixei uma pequena lágrima escorregar.


Pov's Meghan

Tenho que bolar alguma coisa o mais rápido possível para dar adeus a esse filhozinho da Demetria, cada dia que passa vai ficando mais difícil dela perder esse bebê. - Pensou Meghan sozinha em seu quarto.

- E ela não pode ter esse filho! - exclamou Meghan, assim debatendo uma almofada contra a parede.

Esse filho só vai deixar ela mais próxima de Justin... E ele vai ser meu!


Justin Narrando

Sentimento de culpa, ô trem ruim, nada poderia piorar meu dia! Aliás, eu e a demi parecemos dois imãs no lado positivo! Quando estamos nos aproximando um do outro, sempre tem alguma coisa que nós faz nos afastar de uma forma que sempre me machuca! Eu realmente não sabia porque ainda insistia nessa garota. Demi tinha tudo que as outras também tem, exceto meu coração! Isso ela pegou pra ela e guardou a sete chaves de uma forma que eu não consigo me livrar desse encanto. Estar com ela é muito bom, mas essas brigas repentinas e separações por motivos bestas acabam comigo, partindo assim meu coração. Uma coisa que era muito estranha pra mim, eu nunca senti nada além de tesão! Esses todos sentimentos eram novos para mim, eu não gosto deles! Eu não recomendo ninguém se apaixonar, principalmente por uma bipolar feito a Demetria.

- Até pensando você é lindo. - disse uma voz que pelo tom parecia ser de Meghan ao abrir a porta do meu quarto.

- Tenho que começar a usar a chave do meu quarto. - revirei os olhos trocando de posição, ficando assim de costas para ela

- De preferência quando eu tiver aqui dentro - Meghan disse colocando suas duas mãos em meu ombro, dando inicio a uma massagem.


Essa garota era chata! E com certeza era o pior tipo de mulher... ela era daquelas que de corpo e de rosto eram nota mil, mas só de ouvir a voz já dava um arrependimento terrível de ser tão lindo e irresistível igual a mim. Brincadeirinha.


- Você deveria estar chorando a morte do seu tio. - disse me virando, tirando suas mãos de meus ombros.

- Prefiro estar aqui. - abriu um sorriso para mim, que por sinal era lindo.

- Eu não estou na minha melhor hora, Meghan. - disse com a voz um pouco falha

- Não tem problema. - continuou a sorrir.


Tudo bem, de alguma forma eu sabia que insistir não iria me levar a lugar nenhum, afinal Meghan era chata, e gente chata sempre é insistente. Apenas fiquei quieto e joguei meu corpo naquele colchão, com certeza Meghan entendeu que aquilo significou um "sim" e deitou sua cabeça em meu peito. Naquele momento a única coisa que eu fiz foi rezar e pedir para Deus que se fosse pra fazer besteira, eu preferia virar gay ali mesmo... Mas só por umas horas, claro.


Demi Narrando.

Amava roupas pretas, apesar da situação, eu não estar nem um pouco alegre, o fato de ir bonita para o enterro de meu pai já me tranquilizava um pouco. Preto sempre deixou as curvas de meu corpo quase tão perfeitas quanto a de Kim Kardashian. Quase... quase nada!

- Sua roupa está um pouco curta para uma dama! - disse uma das empregadas ao entrar em meu quarto.

Olha, me perdoe se eu não conseguir dar os nomes dos empregados dessa casa, são tantos que seria mais fácil decorar o nome de um corpo de bombeiros inteiro.

- Nem no enterro do meu pai você deixa eu ser puta ? Mas tu é chata mesmo em... - revirei os olhos e bati a porta do meu quarto.


Ao terminar de descer aquelas escadas que eram enormes por sinal, me deparei com Nick sentado naquele sofá que perto dele ficava enorme. Ao me olhar, com certeza ele pode ver minha calcinha por de baixo do vestido. O que me fez fechar as pernas e terminar de descer aqueles últimos degraus em menos de segundos. Nick, que saudade que eu estava.

- Eu disse que sempre iria aparecer quando você precisasse. - sorriu para mim. - Bonita calcinha. - concluiu.


Mensagem da Autora.

Desculpem se ficou bosta... Até amanhã, eu amo vocês!


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