Capítulo II: Copa de quadribol ( parte 1)

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Hogsmead ficava linda no inverno. As luzes de pisca pisca enfeitavam os estabelecimentos, guirlandas eram usadas nas portas das casas e grandes fitas serpenteavam de uma ponta a outra nos telhados. Exceto que a cidade, em seu apogeu, nunca seria tão bonita se comparada ao sonserino ao lado de Harry.

Harry e Draco andavam com os braços enlaçados pelas ruas do pequeno vilarejo. Seus amigos insistiram que eles deveriam sair sozinhos um pouco, então os dois garotos começaram a caminhar enquanto observavam casais trocando saudações ao redor deles.

Draco então puxou-o pela mão e o levou até aos arredores da casa dos gritos. A mesma árvore onde, da última vez, Harry acabou entrando numa briga feroz com Jason Walker. O sonserino continuou segurando a mão de Harry enquanto se aproximava cada vez mais do garoto.

— Harry, preciso lhe contar uma coisa.

Harry olhou-o. Draco estava com as bochechas vermelhas, parecia bastante envergonhado.

— Sim?

— Sabia que você é tão... — ele mordeu o lábio inferior.— Divertido, irresistível e tão, tão atraente?

Harry parecia confuso com a declaração, mas acenou com a cabeça.

— Sim, eu sou todas essas coisas....

Draco levantou as sobrancelhas, suas bochechas escureceram cada vez mais enquanto ele continuava se aproximando. Agora, os dois garotos estavam a um triz de distância.

— O que estou tentando dizer. O que quero contar.... — ele olhou para Harry com expressão de emoção.— Harry, podemos ser mais que amigos?

A mão de Harry escovou gentilmente uma das mechas platinadas para trás da orelha do sonserino.

— É o que mais desejo — respondeu ele.

O olhar de Draco encarou-o nos olhos, então desceu para seus lábios. O garoto se inclinou em direção a Harry e o grifinório franziu os lábios. Esperando pelo contato que nunca veio.

Os dois estavam quase encostando os lábios quando Draco de repente pousou uma mão em seu ombro e começou a sacudi-lo impiedosamente.

— Prongs! — disse Draco numa voz Incrivelmente feminina.— Sirius está nos chamando!






Harry abriu os olhos, vendo que estava deitado em sua cama, com Aurora sacudindo-o enquanto gritava loucamente.

Definitivamente não Draco.

Ele gemeu insatisfeito enquanto se sentava, observando sua irmã com um olhar mortífero. Aurora soltou uma expressão divertida, enquanto se levantava da cama e o observava com aquele sorriso arrogante e convencido que o garoto tanto odiava.

— Acordei você de um sonho tão bom assim, é? — perguntou ela, risonha.— Será que devo perguntar a Draco se ele tem alguma ideia do que o harryzinho estava sonhando?

— Aurora — o garoto advertiu com irritação.

Aurora calou-se, assumindo um olhar distante. Harry coçou os olhos e fez força para se levantar, rumando até o outro lado de seu quarto para chegar até o banheiro de anexo. Deixou a porta aberta enquanto molhava o rosto e escovava os dentes. Sua irmã estava avaliando uma de suas revistas de quadribol que ela pegara do chão. O quarto de Harry era o mais bagunçado da casa, tinha várias coisas espalhadas por todos os cantos.

Ela ergueu o olhar da revista para fita-lo quando ele terminara de escovar os dentes.

— Desculpe por ter te acordado, tá? É só que Sirius realmente está nos chamando.

Uma História (muito) diferente.Onde histórias criam vida. Descubra agora