Capítulo IV: O professor Moody.

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Aurora sabia que uma onda de pânico enorme havia crescido em si desde o final do episódio aterrorizante da copa do mundo. A insegurança que a dominava estava sendo capaz de deixa-la acordada durante a noite, segurando a varinha fortemente em sua mão enquanto estava deitada na cama. Um olho aberto e o outro fechado, tentando absorver toda a quietude ao seu redor.

Aurora tinha noção, é claro, que as proteções ao redor da casa Lupin eram capazes de não deixar ninguém indesejado entrar na propriedade. Mas ela estava ficando paranoica. Ela supõe que, abençoado seja, ela havia herdado o único gene que todos os Black compartilhavam em comum: A loucura. Porque certamente ela estava enlouquecendo.

Então sua rotina do dia se baseava em: passar a manhã treinando feitiços; passar a tarde trancada no quarto tentando compreender os cadernos que o garoto fantasma a confidenciou; tentar dormir à noite, embora ela passasse muito mais tempo observando a floresta pela janela, tentando discernir se haviam pessoas à espreita.

Os cadernos do bruxo fantasma eram algo que também vinham tirando seu sono. Veja, eram dois cadernos com grandes números de páginas. Um deles estava escrito numa linguagem que Aurora desconhecia, e mesmo pesquisando não conseguiu identificar qual era o idioma; o outro era cheio de símbolos esquisitos, que absolutamente não faziam sentido para a garota.

Então, quando o fim das férias finalmente chegou, ela não podia dizer se estava animada ou não pelo novo ano letivo.

Sirius os avisou que estaria acontecendo algo chamado Torneio tribruxo esse ano em Hogwarts. Ele avisou-os para tomarem cuidado e, absolutamente, não tentarem entrar no torneio. O que Aurora e Harry concordaram imediatamente. Embora Aurora crê-se que de uma forma ou outra seu irmão ainda acabaria envolvido.

Eles foram aparatados por Sirius até a estação de kings Cross. Aurora conseguiu identificar a família Weasley já entrando dentro do trem, mas não saíram para o expresso imediatamente pois Sirius ainda estava falando com eles.

— Vocês vão tomar cuidado, não vão? — perguntou ele, inclinando-se na direção de Aurora para tirar do ombro da garota uma poeira que não existia. Afinal, Sirius era assim, quando estava angustiado ou não queria se separar dos filhos, ele arrumava tudo e qualquer desculpa para toca-los. A garota já estava tão acostumada com isso que nem falou nada.

— Nós vamos — respondeu Harry com uma expressão que não parecia muito confiante. Se o seu irmão tivesse o mesmo raciocínio que a garota, provavelmente já sabia que iria ser envolvido no Torneio sem seu consentimento.

Os dois irmãos se despediram de Sirius e correram para dentro do trem. Ao adentrarem o expresso, colocaram as cabeças para fora da janela e começaram a acenar para o homem.

— Mandaremos cartas! Para você e Moony! — gritou Aurora. Sirius pareceu vacilar. E a garota de repente teve a percepção de que Sirius passaria a maior parte do ano sozinho. Sem os filhos e nem o marido por perto. Pensar nisso fez ela ficar triste.

Quando o expresso fez a curva e a estação desapareceu de vez. Harry e Aurora pegaram seus malões e começaram a procurar o vagão em que seus amigos estavam. Passaram por um vagão cheio de primeiranistas, outro cheio de sextanistas, e até mesmo um vagão onde um casal se beijava descontroladamente, e nem haviam fechado a porta da cabine.

Eles encontraram o vagão com seus amigos logo perto do final. E antes de abrirem a porta, ouviram a voz de Alissa conversar.

— Foi assustador — sua voz era um pouco tensa.— Digo, nós sabíamos que Voldemort iria voltar à ativa.... Mas tudo foi muito...

A porta foi aberta e os garotos pularam levemente em seus assentos, antes de se acalmarem gradativamente. Os dois irmãos já chegaram cumprimentando e guardando seus malões na parte de cima do compartimento. Ao se sentarem, perguntaram sobre o que eles estavam falando, e Alissa explicou-os que estavam informando Kevin sobre o que havia acontecido na copa de quadribol.

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