Todos no Grande salão observaram, silenciosos, quando dois papagaios trouxeram para dentro da escola um pequeno pacote embrulhado com papel presente de estampa de palmeiras. A menina Lupin estava sentada na mesa da Sonserina, e todos os alunos se viraram para encara-la, Aurora parecia não saber onde esconder a cara. Então apenas pegou o pacote e expulsou os papagaios, enquanto os pássaros gritavam em português numa voz esganiçada: " Ela é má, assim como Alan disse!"
— Eu vou mata-lo — ela murmurou baixinho, corando com a repentina atenção que havia atraído para si.
Só bastou um olhar de Draco para que os alunos da Sonserina parassem de bisbilhotar.
— Por que ele insiste em não enviar cartas por corujas? — Maya perguntou, enquanto penteava seus longos cabelos loiros.
— Para me envergonhar, provavelmente — Aurora soltou um barulho infeliz.
Draco pareceu que iria rir ou algo assim, mas pareceu ter desistido na mesma hora. Em vez disso, ele pegou o pacote e guardou-o no bolso. Maya esticou o pescoço na direção da mesa da Corvinal, onde Kevin e Alissa os encaravam. Com um acenar de cabeça, Maya indicou a porta do Grande salão, claramente dizendo que iriam se encontrar lá fora.
O trio se levantou da mesa da Sonserina e saiu do Grande salão ao lado da dupla de corvinais.
— Papagaios foram uma boa ideia - Kevin disse prestativamente quando se aproximou.— Semana passada ele enviou com uma arara. E araras não falam. Pelo menos eu acho.
— Silêncio, rabbit — Aurora disse a ele.
Eles se sentaram num dos bancos do saguão de entrada. Maya apressadamente tirou o pacote do bolso de Draco, e num movimento rápido, começou a rasgar o papel presente.
— Ele mesmo embrulhou, que atencioso — Alissa brincou, olhando para Aurora que ainda parecia humilhada.
A grifinória gemeu, aborrecida — E nem pra embrulhar como uma pessoa normal — ela disse, vendo como o papel estava embrulhado de jeito errado, e Maya parecia estar sofrendo para abrir. Parecia até que Alan fazia essas coisas de propósito.
Kevin resolveu ajudar a amiga, tirando o pacote da mão da garota e começando a desembrulhar tudo. Ele finalmente conseguiu, e abriu a tampa da caixa cor de rosa. Havia uma carta lá dentro, e uma rosa branca que parecia meio murcha. E junto disso, havia um saquinho com alguma coisa dentro. Kevin pegou a carta para ler em voz alta.
Cara mia Wolfstar.
Eu estive treinando os papagaios para que eles cantassem um coral quando fossem entregar sua carta. Mas não sei se deu certo, eles pareciam não prestar atenção nas aulas.
Sim, eu sou um completo vagabundo quando a escola entra em férias, como descobriu?
Parece que o castelobruxo que mantém o resto da minha sanidade intacta. E Elena precisou voltar para casa dela à trabalho. Então eu costumo passar o tempo falando com coisas que sei que não vão me responder.
Por exemplo, esses dias eu estava no jardim, e de repente me deparei com um pombo. E ocorreu um diálogo mais ou menos assim:
— Pru — disse o pombo.
— Desculpe amigo, eu não falo pombês.
— Pru?
O pombo me fez uma pergunta, ou a solidão já estava me fazendo ficar maluco?
— Tudo bem, quer conversar?
— Pruu. Pruuu.
— Creio que sim. Como está a vida? Os filhotes já voaram?
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Uma História (muito) diferente.
FanfictionLivro 4: O quarto ano tem sido o pior para Harry. Um torneio revivido. Um ataque durante a copa de quadribol. O jeito como ele é péssimo tentando conquistar Draco. Tudo está fazendo ele ficar fora dos nervos. Enquanto isso, Aurora Lupin tem enloquec...