Uma História (muito) diferente.

capítulo 24: A chegada de Draco.

Foi com uma felicidade imensa que ela acordou no dia seguinte, quando Draco iria vir para o Largo Grimmauld.

Ela decidiu por conta própria que ele iria ficar em seu quarto, e Sirius e Remus concordaram imediatamente, resmungando algo sobre não quererem que ele dormisse no quarto de Harry. Quando Harry perguntou o porquê Draco não poderia dormir no quarto dele, seus pais começaram a gaguejar tanto que Aurora nunca havia visto alguém tão nervoso antes.

Harry, que amanheceu tão calado que Aurora quase acreditou que todo o mau humor dos últimos dias foi coisa da sua cabeça. Mas não era, e ela fala isso porque, no momento em que eu estou escrevendo isso ( quebra de quarta parede), os dois irmão estão discutindo aos gritos.

— Pela última vez, será que nós não podemos apenas superar isso?! Rony não ficou tão irritado desse jeito! Cresça, Harry, cresça! — ela gritou, com raiva. Estavam em uma sala do primeiro andar que acabaram se trombando por acidente, e quando menos esperaram, já estavam brigando.

— Eu superei! Só estou irritado com o fato de que você achou que me deixaria feliz se eu não tivesse sabido de nada do que estavam aprontando! — retrucou Harry, lívido.

— Seu Babaca! Eu estava preocupada com você! Já passou pela sua cabeça, hein? JÁ PASSOU PELA SUA CABEÇA QUE EU ACHAVA QUE VOCÊ JÁ TINHA MUITO COM O QUE LIDAR??

— E JÁ PASSOU PELA SUA CABEÇA QUE EU ESTAVA SOFRENDO RISCO DE VIDA E PRECISAVA SABER TUDO SOBRE VOLDEMORT???? — retorquiu ele, arfante, Aurora fechou os punhos.— E VOCÊ NEM MESMO ME CONTOU SOBRE MOODY!

— EU ESTAVA EXAUSTA, HARRY!

— exausta ao ponto de não alertar o irmão sobre alguém que poderia mata-lo? — ele riu, com sarcasmo.— Eu não te entendo.

Aurora arregalou os olhos e sentiu uma vontade descomunal de apenas pegar um daqueles vasos de porcelana que estava perto do seu alcance e jogar no chão, observar enquanto tudo se partia em cacos, talvez isso aliviasse a raiva que ela estava sentindo agora.

Seus punhos tremeram quando ela olhou para seu irmão mais uma vez — Eu estava preocupada — repetiu novamente, mas sua voz agora era totalmente mordaz.— Preocupada! Me desculpa se achei que você não conseguiria dar contar de tanta coisa acontecendo ao mesmo tempo! Porque eu não consegui!

— EU JÁ RESOLVI MUITO MAIS DO QUE VOCÊ JAMAIS CONSEGUIRIA! QUEM SALVOU A PEDRA FILOSOFAL? QUEM SE LIVROU DE RIDDLE? QUEM SALVOU O DRACO? QUEM FOI QUE TEVE DE PASSAR POR DRAGÕES E ESFINGES E OUTRAS COISAS REPUGNANTES NO ANO PASSADO? QUEM VIU ELE VOLTAR? QUEM TEVE DE ESCAPAR DELE? EU!

— EU TAMBÉM ESTAVA LÁ — berrou ela, tentando se agarrar a um fio de racionalidade.— Eu também quase morri tentando salvar Draco!

— Você foi mordida por um basilisco? — Harry apontou para ele mesmo.— Não, não foi!

Aurora ficou parada ali, com o queixo meio caído. Cada pensamento amargurado e cheio de rancor que Aurora tivera no último mês queria sair dela, ser despejado. Ela estava sentindo que queria transbordar. Mas mesmo assim, era Harry ali. Eles não deveriam estar brigando.

— Harry, eu queria lhe dizer... Eu realmente queria — começou Aurora.

— NÃO PODE TER QUERIDO TANTO ASSIM, PODE, OU TERIA ME CONTADO AO MENOS O MOTIVO DE VOCÊ SUMIR QUASE TODO FINAL DE SEMANA....

— Eu queria...

— SUPONHO QUE VOCÊ SE DIVERTIU BASTANTE, NÉ? OUVI DIZER QUE FEZ NOVOS AMIGOS...

— Harry, sinceramente...

— EU NÃO ACREDITO QUE...

— Harry, eu realmente sinto muito! — disse Aurora desesperada, seus olhos agora cintilantes de lágrimas.— Você tem absoluta razão, Harry... Se fosse comigo eu ficaria furiosa! — ela ainda estava tremendo, a raiva sendo substituída pelo pânico.— Entendo o seu lado, por favor entenda o meu...