Capitulo XVI: O gambito da Rainha.

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“ Tive um sonho esquisito ontem à noite. Eu estava bastante animado com os novos livros que iria ganhar da Sra. Esposito, então adormeci cedo. Porém sonhei com um lugar esquisito, me parecia uma casa enorme, daquele tipo de casa senhorial. Mas mais bonita, mais moderna. Uma mulher, parecia a empregada, entrou pela porta dos fundos. Ela gritou, cheia de agonia, e quando me virei para trás, vi um casal morto sentado no sofá. Um outro homem, parecia mais jovem, também estava morto. Por algum motivo, ele me pareceu familiar.

Depois a mulher começou a falar sozinha  por alguma coisa fixa na parede e começou a gritar e a berrar que os Riddle estavam mortos. É uma pena, realmente. Morrer deve ser muito ruim, mas não tão ruim assim. Não sei, um dia todos nós vamos morrer mesmo, quando o dia chegar saberei se é ruim mesmo, ou se é rápido e indolor.

01/05/1889”

Depois de uma aula extremamente complicada de aritmancia, Aurora teve período livre, enquanto seus outros amigos grifinórios iriam para a aula de Trato de criaturas mágicas. Ela trombou com Alissa e Kevin no meio do corredor, e os três começaram a andar juntos.

— Sabe o que eu e Rabbit descobrimos? — Alissa atiçou a curiosidade da grifinória. Os corvinais estavam indo na direção da sala de transfiguração, havia um grande grupo de alunos com uniforme azul seguindo na mesma direção que os três — Você sabia que Crouch tinha um filho?

Aurora olhou para a amiga, e fisgou a isca da garota. Ela estava curiosa — Não — respondeu, sincera.— Por que isso seria importante? — sim, por que Crouch ter um filho seria importante? O que isso teria de relação com o nome do homem no mapa do maroto?

— Porque o filho de Crouch era um comensal da morte — Kevin explicou a ela. E de repente Aurora ficou perplexa. Ela lembrou-se do comentário de Draco durante a noite do ataque na copa de quadribol: “ Se a família interfere tanto assim em nosso código moral, em qual nível isso nos deixaria, Crouch?”

— Nós descobrimos isso porque lemos um livro sobre a primeira guerra. E lá está registrado o nome de todos os comensais presos. O filho de Crouch foi preso por envolvimento no caso dos Longbottom, e curiosamente ele também se chama Bartô Crouch, igual seu pai — Alissa continuou explicando. A garota olhou para Aurora, e sua expressão mostrava que a informação era de extrema importância, embora Aurora não soubesse bem o porquê.

Kevin percebeu que a grifinória parecia perdida na discussão. Era nesses momentos que Aurora percebia como ela não servia para estar na Corvinal. Seus amigos estavam esperando alguma reação dela, algo provavelmente importante foi tirado dessa informação, e ela simplesmente não conseguiu entender o que eles queriam dizer.

Suspirando, Alissa olhou para ela — Acho que nunca lhe disse. Obviamente, na época não parecia algo importante. Mas acabei escondendo o fato de que o nome que vi no mapa do maroto era Bartô Crouch jr, não só Bartô Crouch — Aurora finalmente entendeu.

— Então.... Você quer dizer que... — ela parou, as engrenagens de seu cérebro trabalhando incansavelmente.— Todo esse tempo, não deveríamos estar desconfiando do Crouch...

— E sim do filho dele — concordou Kevin.

Eles ficaram em silêncio. Bem, merda. Então faria muito mais sentido que o filho de Bartô estivesse infiltrado na escola, já que ela era um comensal da morte. Mas o que Moody tinha a ver com isso?

Eles desviaram por um outro mar de alunos da Lufa-lufa que passaram por eles, a sala de transfiguração já estava bem próxima. Alissa olhou para ela, a corvina parecia estar raciocinando algo. Claro, ela era ótima em enigmas, e não surpreende que tenha descoberto tanta coisa em tão pouco tempo.

Uma História (muito) diferente.Onde histórias criam vida. Descubra agora