Capítulo XI: Dragões são a última moda.

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Então.... — Viktor murmurou na manhã seguinte quando ela se sentou com ele e Draco na mesa da Sonserina para o café da manhã.— Você e seu amigo discutiram.

— Sim — Aurora bebeu um gole de seu suco, calmamente.

— E tiveram um duelo.

— Praticamente sim.

— Por minha causa?

— Que loucura, né?

Ele então deu uma garfada em seu prato, enquanto lentamente tentava assimilar as informações em sua cabeça. Por fim, ele olhou para Aurora com uma expressão confusa e arrependida.

— Eu deverria pedir desculpa? — perguntou, parecendo genuinamente chateado.

Aurora deu um olhada por cima dos ombros. Ron estava conversando animadamente com Harry e Kevin. Seu irmão estava rindo, de verdade, e Aurora percebeu que finalmente Harry parecia ter voltado ao normal.

— Na realidade — ela sorriu para a cena, antes de voltar a direcionar sua atenção para Viktor.— Acho que eu deveria era te agradecer.

Nem tudo estava bem. A primeira tarefa iria ser na terça-feira, mas ninguém sabia qual seria a tarefa, nem o que estaria envolvido nela. E ela sabia que Harry estava cheio de pânico, embora ele fingisse que não, então a amizade reatada dele e de Ron significava que um novo peso estava saindo dos ombros do garoto.

Viktor deu mais uma garfada em seu café da manhã. Draco se inclinou para pegar algo que estava do lado de Nott à frente deles.

— Por que vocês estavam brigados? — Viktor sutilmente perguntou a ela.

Aurora soltou uma zombaria.

— Ron não acreditava que Harry não tinha posto seu nome no cálice — ela explicou casualmente, antes de parar e encarar Viktor. Lembrou que nunca havia tido essa conversa com o rapaz — Você não acredita que ele tenha posto o nome, não é?

Víktor deu de ombros.

— Não sou amigo dele, não posso julga-lo. Se vocês que são amigos dele dizem que ele não colocou, nada menos que justo em acreditar nisso.

Foi nesse momento, com uma intensa onda de gratidão, que Aurora teve certeza de que Viktor Krum era seu amigo. Veja, ele realmente não era tão ruim quanto ela achava que ele era. Mas não se engane, Aurora não tinha interesse romântico nele. Na realidade, ela nunca teve interesse em ninguém, e em uma lista de prioridades, namorar não estava nem no último item.

O fato era que Aurora não prestava atenção nessas coisas porque, para ela, não era algo necessário. E para falar a verdade, ela não conseguia se imaginar casada ou namorando no futuro.

Draco cutucou Viktor com o cotovelo. Draco parecia ter voltado à sua ascensão dentro da Sonserina, o castigo de silêncio da casa só havia durado cerca de uma semana. Mas, observe, a Sonserina não conseguia ficar sem falar com ele. A todo instante algum aluno vinha pedir instruções a Draco pelas coisas mais bestas e idiotas. Os primeiranistas pediam para ele ajudá-los a chegarem nas aulas, e os mais velhos arrumavam qualquer desculpa para conversar com ele.

— Isso me leva a lembrar, Vi — ele sorriu para o amigo.— Por que você não vem conosco para Hogsmead?

Viktor piscou, confuso.

— Hogsss-meafe?

— Hogsmead — corrigiu Aurora.— É um vilarejo Bruxo que temos autorização para ir algumas vezes no mês.

Víktor parou para pensar. Sua testa se franziu quando ele colocou a mão no queixo. Ele parecia estar pensativo sobre algo, algo que não era o convite de Draco.

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